Rafael,
Mas o dito cujo do vendedor insistiu que sem a potencia dele não seria possivel calcular o orçamento
Muito dificil calcular este tipo de coisa...e revendo o que escreví, acho que posso ter me enganado, mas o que segue é fato!
Um motor de passo desses que usamos poderia chegar aos 100Watt de potencia máxima, e esta potência já é uma barbaridade para o tamanho dele (em volume ou peso de cobre)...
Então imagine - se 1CV = 750Watts (ou mais), 100 W serão 1/8 de CV...
Acho que se disser que a potencia seria de 1/10 ou 1/12 de CV está mais que bom...
Como "conheço" esta força que estará sendo aplicada no momento de corte? Seria todo o peso sobre o conjudo "mesa + eixos + peça "?
O caminho é mais ou menos ao contrário - eu não determino a força de corte e sim "se" o equipamento poderá vencer uma determinada força (imaginária), ou mesmo determinaria a potência necessária (ou consumida) para vencer um determinado esforço..
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Vou tentar explicar como eu penso na hora da determinação de certos valores dos motores e acionamentos...(é o meu jeito de encarar o problema - não posso dizer que é ortodoxo, mas funciona)
Na minha forma de ver, se eu conhecer o "Momento Torsor" em um eixo, se ele for igual ao "Torque de detenção" do motor então "teoricamente" afirmo que o conjunto ficará estático!
Em outras palavras, se o torque que o motor gera é igual ao esforço que preciso fazer para girar este conjunto, então tudo estará em equilibrio...
O problema é que a "Força de Corte Desejada" é muito difícil de se determinar - pelo menos não de forma simples.
Então o que eu faço - crio um modêlo onde simulo uma forca de corte, e em cima disso calculo o momento torsor no eixo.
Se o momento torsor for menor que o torque do meu motor, ele poderá acionar este eixo - claro - tenho que descontar uma série de detalhes que não calculo, como atritos, perdas elétricas e mecânicas, inércias, gravidade, etc...
O que faço então?
Tomo como referência o torque do motor (que é uma grandeza que conheço), e calculo qual a carga estática poderei ter na porca deste movimento...
Sendo otimista, uso 60% desse valor.
Sendo pessimista, entre 25 e 30%...
Meu fuso é um fuso de esfera recirculante usado. Qual a eficiencia? Chegaria aos 85%?
Só no fuso, sim - por aí...
Como determino a velocidade que meu motor irá ter? Da pra utilizar uma estimativa?
Este também é um assunto delicado...
Na verdade eu penso que já que os motores de passo vão perdendo torque à medida que se acelera, tenho que encontrar um equilíbrio entre força disponível, passo de rosca e velocidades de corte e máxima que desejo trabalhar...
Uma vez que eu calculei o quanto de força meu conjunto motor/fuso poderá me fornecer, eu experimento alguns valores de velocidades (máxima e de corte) em relação ao passo do fuso que tenho (ou pretendo), e tento encontrar um valor de RPM que esteja dentro da melhor faixa de torque do motor.
Onde utilizo o torque (0,59Nm) ?
Nos cálculos de momento torsor e outros...
Esta é a potência necessaria para meus motores trabalharem a uma força de 200 N (20 Kg me corrija se estiver falando abobrinha)?
Hmmm - na verdade revendo as contas, acho que me enganei - esses 14W são a potencia necessária para fazer girar o fuso a 560 RPM...
Acho que a potencia necessária para vencer esses 200N de força de corte serão necessários uns 22W...
(medidos no eixo do motor, e não na porca!!!)
Desculpe o engano