Legal essa história de todos se apresentarem, fica mais informal e a gente passa a saber a quem recorrer em algumas especialidades.

Bom. Trabalho com CNC desde 1985 (tinha 18anos) e estas máquinas uniram duas paixões: Mecânica e eletrônica. Na época cursava Engenharia Mecânica na UFRGS mas tinha feito profissionalizante em Elétro-eletrônica. A literatura de CNC e computador era toda em inglês e não haviam profissionais para nada. Minha primeira matriz nasceu em 1988 com o auxilio do mágico Autocad, que rodava em tela de fósforo verde.
Trabalho no meio de máquinas ferramentas desde 1981 (14 anos) pois meu pai tinha uma fábrica (onde comecei) e uma empresa de representação. Na era Collor a indústria brasileira foi por água abaixo e acabamos fechando as duas empresas.
Trabalhei em muitos projetos especiais de máquinas operatrizes como fresadora de 5 eixos, um centro de usinagem de alta produção com 17 eixos CNC, máquina para fazer o cilindro que gira (40 mil rpm) nas centrífugas de urânio (tecnologia totalmente nacional), máquina para fazer o cilindro raiado do lançador de foguetes da marinha (aço inox com 1800mm de comprimento com parede de 2,5mm, raiado), máquinas para fabricação de cilindros para gás veicular e muitas máquinas para usinagem.
Atualmente trabalho na Copé & Cia Ltda (www.cope.ind.br) em um projeto de torno para alta produção.

Esbarrei um dia com o Fábio no Clube do Hardware e encontrei gente tão apaixonada (ou mais) quanto eu.
Aprendi, e continuo aprendendo com este povo todo e meu maior problema é abrir mão de conceitos industriais da fabricação de máquinas e aceitar que as coisas funcionam de maneira mais simples, como são colocadas aqui no fórum (simples do ponto de vista de que não é preciso milhares de dólares para controlar uma máquina e nem um depto de engenharia responsável por tudo, ou que um simples motor de impressora pode ser controlado com precisão).

Minha criatura vai ser feita um dia. Quero voltar a programar e ver umas pecinhas saírem da tela do computador e virarem sólidos.

Estou aí pra o que der e vier. As vezes viajo e sumo por uma semana do fórum mas geralmente faço 4 ou 5 incursãos por dia pra dar uma relachada.

Abraço a todos e desculpem pelo livro que escrevi.

Mac;
Na verdade não são foguetes. Eram os cilindros para o lançador de "mísseis", que são colocados nas laterais dos navios da marinha.

E confesso que deu problema, dos grandes. um velho conhecido chamado interpretação de desenho.

As raias do cilindro (as hélices ) foram desenhadas como se fosse um corte transversal, porém não havia indicação do corte. Resultado: o foguete, se fosse lançado, giraria para o lado contrário o que deixaria o giroscópio totalmente maluco. hehehehe. Sorte alguem ter visto isso antes do lançamento senão teríamos mais acidente feio.