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Deus existe?
Todos nós, em algum momento da vida, nos deparamos com esta pergunta, uma questão que toca o que há de mais sensível na própria existência humana, que é seu sentido e sua autonomia. Uma dúvida que coloca o homem diante de um “problema” sublime, para o qual até mesmo a negação exige profunda reflexão. Deus existe?
A preocupação que acompanha a humanidade desde a sua pré-história tornou-se, a partir da Grécia Antiga, uma inquietação que levou os filósofos a refletirem de forma dedicada. Provar a existência de Deus passou a ser, então, uma tarefa da razão, que buscou em argumentos sólidos essa resposta tão difícil e, ao mesmo tempo, tão desejada.
E se Deus não existir?
O ateísmo sempre foi uma corrente filosófica importante e uma opção legítima. O exercício da razão crítica mostraria que não há conciliação possível entre fé e razão, apesar dos esforços de filósofos e teólogos…
Os termos “ateu”, “ateísta” e “ateísmo” foram empregados de forma imprecisa e indiscriminada no decorrer da história, ocasionando assim inúmeras ambigüidades e lamentáveis equívocos, além de interpretações comprometedoras do conceito. Sócrates, por exemplo, foi acusado de ser ateu por ter questionado a representação de divindade vigente. Entretanto, Sócrates acreditava numa divindade, ou melhor, possuía uma representação do divino, só que divergente da figura do divino da religião oficial. A história da humanidade é a da busca por divindades que legitimem a existência do homem.