A saída do inversor para o motor é em frequência relativamente alta (Khz), além disso, de um modo geral o sinal é rico em harmônicas de alta frequência. Em meu trabalho, em motores de potência mais alta (> 5HP), é conhecido o faiscamento entre o enrolamento do motor e carcaça devido às tensões de alta frequência, o que algumas vezes leva a perda de isolamento e posterior curto circuito do motor. Esse faiscamento quando não danifica, provoca ruídos de amplo espectro de frequência. Alguém lembra dos antigos transmissores de rádio à centelhas?

De um modo geral, as conexões entre inversor e motor devem ser as mais curtas possíveis e o ideal é que esses cabos não estejam na mesma calha (ou duto) dos outros cabos, mais sensíveis a interferência. A interferência no motor de passo pode ocorrer não diretamente sobre o motor, o que requer um sinal interferente de potência mais alta, porém, pode estar ocorrendo algum retorno ao circuito eletrônico (driver), que é mais susceptível a ruídos.
A interferência também pode ocorrer através da alimentação pela rede elétrica do inversor e outros circuito eletrônicos mais sensíveis (ex.: driver de motor de passo, computadores, ...), principalmente se a alimentação for tirada no mesmo ponto (caixa de conexões).
Avaliar a instalação de filtros de modo comum (ferites), entre o inversor e motor ou na alimentação do inversor (ver imagem do trecho do manual da Fuji Electric, fabricante de inversores).

Um osciloscópio dotado de uma bobina (captadora), pode auxiliar na avaliação de sinais induzidos (próximos a cabos do motor, cabo da rede, no motor, etc).