Os motores a corda via de regra são acoplados a um controlador de velocidade mecânico, comumente um freio centrífugo ou aerodinâmico (vane regulator, ignoro a designação em português).
Seria um "regulador de pás". Existe um medidor de vazão que utiliza o mesmo princípio, uma superfície ou placa sofrendo a força de arraste do ar, que normalmente varia com o quadrado da velocidade.
Com o concurso do regulador mecânico a eletrônica é simplificada e o dimensionamento do motor fica menos crítico, qualquer um capaz de acionar o mecanismo servirá e, muito importante, tudo pode ser feito dispensando instrumentação mais especializada, um multímetro de poucos reais basta para a construção e ajustes, poderão ser efetuados quase que "de ouvido".
A idéia de aproveitar o regulador mecânico é muito boa, mas é necessário considerar que no caso da mola helicoidal ("sistema de corda"), a sua rotação ao desenrolar é baixíssima e transforma-se em alta rotação no regulador mecânico, p. ex. o "regulador de pás". Onde, ocorrendo a resistência de arraste com o ar, mantém a rotação sob contole, e consequentemente a velocidade da carta.
Comparativamente à mola helicoidal ("mecanismo de corda"), o motor DC possui rotação mais elevada (operando com baixa corrente de consumo). Assim, o mesmo deverá ser acoplado, através de engrenagens com menor redução, ao regulador mecânico (centrífugo, de pás, ...). Para manter a velocidade do motor sob controle e consequentemente a velocidade da carta.
O problema do regulador mecânico é a sua precisão, bem como depender de lubrificação e manutenção para manter o desempenho esperado. A rotação do motor depende da tensão da bateria e da carga mecânica aplicada ao seu eixo (movimentação do regulador mecânico + movimentação da carta + atritos). Usar apenas o regulador mecânico junto com o motor DC, talvez nenhuma, ou pouca, eletrônica de controle de rotação seja necessária.
Um controle de velocidade apenas eletrônico (microcontrolado) seria outra opção, um microcontrolador PIC não consome quase nada (microamperes), é barato, requer um circuito muito simples e faria um controle de velocidade de ótimo desempenho, com muito menor dependência de manutenção, influência da tensão da bateria, etc.
Usar o regulador mecânico e o PIC conjuntamente também é uma opção, em termos de requerer um sistema de controle menos requisitado, apesar de consumir um pouco mais de energia elétrica para acionar o regulador mecânico além da carta do registrador (penso em manter o consumo bem baixo). Além disso, a eletrônica necessária será a mesma de um controlador somente eletrônico.