Como devo raciocinar para entender o funcionamento de um tacomentro?
Ólá Souza ! Vamos lá, a coisa é simples:
Um tacômetro é um frequêncímetro, ou seja, contabiliza quantas vezes um evento ocorre em uma unidade de tempo (frequência do evento), revoluções de um eixo em um minuto (RPM), em nosso caso.
Os blocos funcionais básicos são: base de tempo, janela de amostragem, contador, memória, decodificador, mostrador.
Os pulsos vindos do eixo são encaminhados à etapa de contagem através da janela de amostragem, comandada pela base de tempo. A janela é aberta durante um minuto, período durante o qual os contadores totalizam os pulsos originados eixo. Findo o período de um minuto a janela é fechada, o resultado da contagem é memorizado e através do decodificador enviado ao mostrador, que fica congelado, em função da memória exibe esse valor até a próxima atualização. O contador é então zerado, a janela é novamente aberta e o ciclo se repete.
Esta é a essência do funcionamento de um tacômetro e todas as variantes são calcadas neste princípio, não importando se a implementação é feita com base em lógica discreta ou microcontroladores.
Os aspectos que costumam ser fonte de alguma confusão são a resolução e períodos de amostragem diferentes de um minuto.
De modo geral um período de amostragem de um minuto é um tanto desconfortável, é tedioso esperar tanto pela próxima leitura e em alguns casos isto é simplesmente inadequado. Há duas abordagens básicas para contornar este problema. A primeira é simplesmente fazer com que o número de pulsos por revolução seja maior. Se tivermos dez pulsos por revolução, poderemos estreitar a janela de amostragem na mesma proporção, ou seja, seis segundos a o invés de sessenta segundos. Com cem pulsos por revolução podemos ter uma janela de seis décimos de segundo, uma melhoria bastante expressiva.
Uma outra maneira de lidar com esse problema é processar o período entre pulsos sucessivos, ao invés da frequência, o que é particularmente interessante quando a frequência é muito baixa, obrigando à utilização de janelas largas.
A resolução do instrumento é determinada pelo número de estágios de contagem, pela largura da janela e pelo número de dígitos do mostrador. Evidentemente podemos ter um contador de muitos dígitos e um mostrador com poucos ou vice-versa, a aplicação vai ditar a melhor opção, mas via de regra o número de dígitos corresponde ao de estágios de contagem ou é pouco menor.
É importante não confundir resolução com precisão. A exatidão do instrumento depende essencialmente da base de tempo e não está vinculada de modo algum ao número de dígitos do mostrador.
Eis aí um resumo resumidíssimo da coisa, o que me vem à mente de imediato. Diga lá se está suficientemente claro. Coloque suas dúvidas que a gente vai desdobrando o assunto e tentando esclarecer o que estiver ainda obscuro.
Diga qual a aplicação que pretende e com isso talvez possamos indicar algum projetinho adequado às suas necessidades.