Autor Tópico: Audiófilos ou não ...  (Lida 43454 vezes)

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Offline Rudolf Waller

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Re: Audiófilos ou não ...
« Resposta #60 Online: 13 de Março de 2008, 07:42 »
Grande Ramede,
   Rudolf, eu tinha uma loja que aluguei porque vou me mudar, sobrou bastante coisa de alto falantes selenium , tweeters etc no estoque, aceito troca, vale-refeição, cartão telefônico etc...  hheehhe
Se eu soubesse disso uns meses atrás :)

Atualmente a banda tem 2 caixas com os falantes e divisores que postei lá em cima. Falta só aumentar a furação para acomodar o novo woofer de 12" (antes era de 10") :)

Vou dar uma boa fuçada na parte eletrônica, pois acho que agora poderá fornecer mais potência às caixas (antes tenho que checar se isso é verdade mesmo).

De qualquer maneira, valeu pela oferta :) Quem sabe algum colega aproveite a promoção?

Abraços,
Rudolf

Offline Rudolf Waller

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Re: Audiófilos ou não ...
« Resposta #61 Online: 13 de Março de 2008, 07:57 »
Salve Sir Jorge,
Creio que ele estava se referindo à faixa dinâmica. Isso é verdade em parte, válido nos casos onde não é usado algum tipo de compressor com base na curva RIAA, ou coisa parecida.
Era o caso. Ele era o baterista de uma banda, e o único que manejava o ferro de solda :) Até hoje ele gosta da arte, em particular montar amplificadores e distorcedores (para guitarra) valvulados :)
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Eu posso ser um careta, mas sempre preferi casar as especificações RMS de amps e falantes ...
Traduza isos, por favor: O "ideal" seria ambos terem a mesma potência (em RMS)? No caso da caixa, essa potência seria soma das potências dos falantes? E quanto ao divisor (passivo) de freqüência, vale a mesma regra? Resumindo: Como você sugeriria que fosse a relação das potências de todos estes os componentes?
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e tenho a declarar que nunca explodi nada,
A banda queimou 2 falantes de 10" graças à energia do contrabaixo. Claro que a culpa foi minha, pois fui eu quem montou as caixas e comprou o amplificador. Eles só tocaram :) E olhe que meu irmão me alertou que isso provavelmente ocorreria :) Mea culpa...
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Há uma maneira de lidar com isso, um bom VU ...
Taí... Mais um item que futuramente vou colocar no amplificador :) O bom e velho galvanômetro ou o um bargraph? E como se ajusta o cidadão?
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há tb umas coisas que funcionam como disjuntores e desligam os falantes quando o limite é ultrapassado ... coisa que poucas vezes vi, antigamente só equipamentos bem caros dispunham de coisas assim, atualmente não sei ...
Pensei em fazer um "atrasador" de falantes, que só liga as caixas após uns poucos segundos de energização.

Estes dias reparei que quando desliguei o Quasar, o falante deu um pulo bem forte (sem som audível). Talvez este circuito deva desligar os falantes na desenergização também...

Abraços,
Rudolf

Offline C N C N o w !

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Re: Audiófilos ou não ...
« Resposta #62 Online: 13 de Março de 2008, 09:26 »
Até hoje ele gosta da arte, em particular montar amplificadores e distorcedores (para guitarra) valvulados :)

Acho que vou gostar desse seu irmão ...  ;D

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O "ideal" seria ambos terem a mesma potência (em RMS)?

Isso. Traduzindo: A fonte deve suportar a carga e a carga deve suportar a fonte ...

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No caso da caixa, essa potência seria soma das potências dos falantes?

Sim, é mais ou menos isso ...

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E quanto ao divisor (passivo) de freqüência, vale a mesma regra?

Vale ! De modo geral o divisor é o elo forte, é mais raro que pife, mas acontece ...

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Como você sugeriria que fosse a relação das potências de todos estes os componentes?

Não tem receita de bolo, pelo menos não conheço uma ... vai depender das características dos alto-falantes, da caixa, do divisor, etc ... O grosso da potência vai pro woofer, menos pro mid-range, menos pro tweeter, mas isto falando genericamente ... não sei se há uma relação aproximadamente fixa ... o que se busca é a decantada resposta plana, pelo menos nos sistemas para audiófilos ... e quando vc espia as curvas dos alto-falantes a coisa varia uma barbaridade ...

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Taí... Mais um item que futuramente vou colocar no amplificador :) O bom e velho galvanômetro ou o um bargraph? E como se ajusta o cidadão?

Dá pra ajustar com uma fonte ... a escala é logaritmica ...

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Pensei em fazer um "atrasador" de falantes, que só liga as caixas após uns poucos segundos de energização.

É uma boa providência ... os que já vi usavam relés que comutavam uma carga resistiva pra carregar os capacitores de saída para os alto-falantes ...
« Última modificação: 13 de Março de 2008, 09:28 por C N C N o w ! »

Offline Rudolf Waller

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Re: Audiófilos ou não ...
« Resposta #63 Online: 13 de Março de 2008, 12:10 »
Salve Sir Jorge,
Acho que vou gostar desse seu irmão ...  ;D
O bicho é meio eclético :) Durante o curso de veterinária (que concluiu), trabalhou em manutenção de computadores. Anos depois casou e está trabalhando com a esposa. Ela fica com os projetos e ele com atendimento a clientes (Audi & cia). Com isso acabou manjando muito de Autocad (diz ela que ele entende mais do que ela). Paixão antiga, continua fazendo os amplificadores (sempre valvulados) e, ano passado, fez um curso de marcenaria para fazer adivinha o que? Caixas acústicas :) Em outra paixão, também fez um curso recente de fotografia.

A casa dele (em Pinhais, perto de Curitiba) parece uma torre de Babel: trocentos cachorros, uma boa oficina de marcenaria, quarto escuro para revelação fotográfica, escritório com PCs, Macs & cia, ...

E um fuguraça :D
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o que se busca é a decantada resposta plana, pelo menos nos sistemas para audiófilos ... e quando vc espia as curvas dos alto-falantes a coisa varia uma barbaridade ...
Sem contar a influência da caixa acústica nessa bagunça toda :)
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Taí... Mais um item que futuramente vou colocar no amplificador :) O bom e velho galvanômetro ou o um bargraph? E como se ajusta o cidadão?

Dá pra ajustar com uma fonte ... a escala é logaritmica ...
Ok, mas como saber aonde começa a faixa vermelha, em termos de sinal? Imagino que seja cada amplificador tem o seu ajuste...
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Pensei em fazer um "atrasador" de falantes, que só liga as caixas após uns poucos segundos de energização.
É uma boa providência ... os que já vi usavam relés que comutavam uma carga resistiva pra carregar os capacitores de saída para os alto-falantes ...
Boa :)

Abraços,
Rudolf

Offline Blackmore

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Re: Audiófilos ou não ...
« Resposta #64 Online: 13 de Março de 2008, 17:17 »
C N C N o w !

pergunto-lhe ... o ideal para um bom sistema de som seria que em todas as caixas fosse possível colocar divisores de frequência, mas quando se vai procurar algo no mercado além de ser relativamente chato do cara lhe passar informações que lhe stisfaçam a ignorância existem apenas para grandes potências (100W para cima) e para o meu caso isso é inviável, então ... tu sabe me dizer como calcular e alguma dica de como fazer divisores, mesmo que para 2 vias, para pequenas potências? claro ... coisa de 10 ou 15 W RMS ...  ???  ???

abraço!

Rudolf Waller

bixo .. o ampli do baixo .. o falante não está pequeno demais não? fiz um a algum tempo que o pqno só ficou legal quando foi colocado um falantinho de 15" nele!   :o  :o
claro .. ele tinha soh 400W !!!  ;D  ;D e o camarada ia utilizar com 2 caixas, 1 de 0x12 e essa de 1x15 !!

abraço!

Fábio Camargo

...não sei se posso fazer isso, então pela ignorância vai ai...

canário!!! muita coisa mesmo!! ai ai .. lá se vão mais algumas horas das minhas madrugadas lendo!!
valeo mesmo!!!   :)

abraço!

Offline fcamargo

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Re: Audiófilos ou não ...
« Resposta #65 Online: 13 de Março de 2008, 17:36 »
desculpe. mas vc's pareciam tão empolgados.. só quis dar um empurrão..

Offline Rudolf Waller

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Re: Audiófilos ou não ...
« Resposta #66 Online: 16 de Março de 2008, 09:14 »
Grande Blackmore,
bixo .. o ampli do baixo .. o falante não está pequeno demais não? fiz um a algum tempo que o pqno só ficou legal quando foi colocado um falantinho de 15" nele!   :o  :o
claro .. ele tinha soh 400W !!!  ;D  ;D e o camarada ia utilizar com 2 caixas, 1 de 0x12 e essa de 1x15 !!
Fala isso, não :) Este de 12" custou os olhos da cara :) Estou pensando em colocar um compressor no sistema. Deve sair MUITO AMAIS BARATO que trocar os 2 woofers :)

Abraços,
Rudolf

Offline Rudolf Waller

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Re: Audiófilos ou não ...
« Resposta #67 Online: 16 de Março de 2008, 09:18 »
Grande Fábio,
desculpe. mas vc's pareciam tão empolgados.. só quis dar um empurrão..
??? Não entendi seu comentário... Todo mundo gostou dos seus links :)

Perdi alguma coisa?

Abraços,
Rudolf

Offline Cavalcante

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Re: Caixa acústica
« Resposta #68 Online: 16 de Março de 2008, 11:15 »
Oi pessoal,

Como funciona a relação de potência entre o woofer, o mid-range, o tweeter, o divisor de freqüência e o amplificador num sistema de som de uma banda (de rock)?

Valeu!

Abraços,
Rudolf


Salve, Homem de Lata!
Vamos do começo, hehe, que o buraco é bem mais embaixo.
O som é gerado em alto-falantes por meio do deslocamento de uma massa de ar devida ao deslocamento modulado de um cone ou diafragma, dependendo da construção do alto-falante. Lembra-se de uma relação de ondulatória que diz que o comprimento de onda é inversamente proporcional à frequência? Isso está relacionado diretamente à área móvel efetiva de um alto-falante e sua resposta em frequência inferior, ou seja, alto-falantes de 3" não tocam graves, assim como pessoas de 1,60 m não enterram em basquete.

Em tese, bem em tese, a resposta em frequência superior não seria afetada, e um alto-falante de 15" chegaria até os 20 kHz. Mas tem um problema: o cone é maior e, portanto, sua massa é maior, os componentes mecânicos de suspensão são mais robustos e sua inércia é maior ainda. Daí vem que cones grandes e pesados não conseguem se mover a velocidades suficientes para modulação em frequências mais altas. Isso dá o limite superior da resposta em frequência de um falante.

Então, tem-se a necessidade de 2, 3 ou até 4 vias para cobrir todo o espectro de áudio, especialmente quando se quer vazar os tímpanos da galera, como em um show de rock. Alto-falantes são das máquinas mais ineficientes do universo, e essa ineficiência aumenta inversamente com a frequência, devido ao problema da maior massa a ser deslocada. Só para se ter uma idéia, quando falo em rendimento baixo, caixas acústicas de EXCELENTE qualidade, que falem aí na região dos médio-agudos/agudos, têm sensibilidade máxima na casa dos 110 dB-SPL @ 1W, 1 m. Já fantásticos sub-woofers, que respondam aí até os 120 Hz, têm sensibilidade na casa dos 95 dB-SPL @ 1 W, 1 m. Para se ter uma resposta plana em todo o espectro, o sistema deveria prover a mesma potência acústica na saída em todas as freqüências. Pegando os dois exemplos aí, para se conseguir nos sub-graves os mesmos 110 dB-SPL que se tem nos agudos, precisaríamos de 10^15 W!!!! Danou-se...

O que fazemos então? Vamos de baixo pra cima. Primeiro especificamos o SPL (nível de pressão sonora, na língua de Shakespeare) máximo necessário, a uma determinada distância. Com isso, dimensionamos o SPL inicial necessário, no pior caso, que é o das baixas freqüências. Aí vamos à prateleira e caçamos uma caixa acústica, ou um conjunto delas, que atenda a essa necessidade. Em função do rendimento dessa caixa, dimensionamos o amplificador dos graves. E assim por diante. Grosso modo, os resultados disso em termos de relação de potência para agudos, médios e graves, em sistemas de alta pressão sonora são grande, absurda e descomunal, respectivamente.

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Re: Caixa acústica
« Resposta #69 Online: 16 de Março de 2008, 11:25 »
Hum ... a arquitetura do som de uma banda não costuma ser essa ... o comum é ter amplificadores e caixas dedicados a cada instrumento ...

O que vc tá querendo fazer ?

Salve Jorge, salve Jorge!

Jorge, vc tem duas situações distintas nesse caso: palco e platéia. No palco, vc tem a monitoração, ou retorno. No mundo ideal, e o do$ grande$ e$petáculo$ se aproxima bastante disso, vc tem para cada músico uma via de monitoração distinta, com uma mistura de todos os sons do resto da banda e o som deste músico em destaque. Essa monitoração pode ser tanto por caixas acústicas quanto por fones-de-ouvido. Para guitarristas, principalmente, mas também para contra-baixistas, você tem ainda o amplificador do próprio instrumento, e não raro a captação do som deste instrumento não é feito diretamente do cabo, mas sim através de um microfone, posicionado em frente à caixa acústica do amplificador deste instrumento. Porquê? Porque amplificadores para guitarra em geral são "sujos", ou seja, distorcem peculiarmente o sinal, uns menos, outros mais. E cada amplificador tem um timbre característico. Por isso dizemos que um guitarrista não toca só guitarra. Toca guitarra E amplificador. Vários músicos têm vários sets de guitarra/amplificador diferentes no palco, e os usam para tirar um ou outro som. Além desta monitoração individual, temos ainda uma monitoração lateral (side-fill) que tem uma mixagem muito parecida com a que vai para a platéia, com toda a banda.

Na platéia, tem-se um sistema só de caixas acústicas, logo toda a banda tem de ser mixada e mandada para esse sistema, com em geral dois canais, eventualmente 3 (esquerdo, central e direito).

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Re: Audiófilos ou não ...
« Resposta #70 Online: 16 de Março de 2008, 12:30 »
É mesmo??? Achei que cada caixa fosse utilizado só um tipo de falante, e amplificadores separados para cada faixa de freqüência, cuja entrada vem de um crossover (posso estar enganado com este nome, pois estou buscando lá num cantinho meio perdido da memória).

É exatamente isso, Rudolf. Uma caixa acústica única, com dois alto-falantes, por exemplo, pode e deve ser entendida como duas caixas acústicas. O sinal deve ser dividido, alinhado (dependendo da ordem dos filtros e do posicionamento relativo dos componentes na vertical, vc tem defasagens nos sinais nos vários canais de saída) e atenuado conforme o caso. Isso pode ser feito de modo passivo, com um divisor de frequências (crossover) dentro da caixa, nada mais que um conjunto de filtros passa-baixa, passa-banda e passa-alta, passivos, e um amplificador só para toda a banda de áudio.

Ou pode ser feito de maneira ativa, com um crossover com filtros ativos antes da amplificação, e tantos canais de amplificação quantos forem as bandas de saída utilizadas. Mas, que vantagem Maria leva?

Bom, devido a características eletro-mecânicas dos componentes e a resposta não muito linear do ouvido na região dos graves, a necessidade de potência elétrica é inversamente proporcional à frequência, numa relação exponencial. Se utilizarmos um amplificador só pra toda a banda de áudio, teremos de usar atenuadores passivos (resistores) nas saídas de média e alta. Ou seja, estamos jogando energia no lixo nessas frequências. Usando um amplificador para cada banda, temos um amplificador parrudo, um bombado e um raquítico, em sistemas de 3 vias.

O outro lado é que o sistema fica caro, pesado e complexo, mas não tem almoço de graça...

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De qualquer maneira, lá em casa ficaria proibitivo fazer algo assim :)

Será? Sistemas de home-theather utilizam amplificação multi-vias, com um subwoofer para os graves, aproveitando-se de uma característica das baixas frequências, que é a ausência de direcionalidade (horrível, mas é isso).

Citar
Alterei um amplificador da Gradiente (com pré embutido) para um mixer de 8 entradas, sendo que só estou usando o estágio de pré dele. O circuito do mixer inverte o sinal para geral o segundo canal para que as saídas do amplificador (Quasar) trabalhem em ponte. As 2 saídas do amplificador (desconsidero o terra) vão para uma caixa acústica com divisor de freqüência de 3 saídas: uma para o woofer, outra para o driver (mid-range) e a outra para o tweeter. (*) Atualmente temos 2 caixas idênticas que, por diversos motivos, nunca foram ligadas juntas (em paralelo, no caso). Creio que daqui a 1 semana isso já será possível  8)

Como toda banda de rock que se preze, os meninos estão achando que o volume tá meio baixo (mesmo com todos os volumes dos componentes no máximo). Neste volume máximo, em alguns momentos existe uma saturação do sinal, gerando o ruído típico. Baixando uns 20% da entrada no mixer (principalmente no caso do contrabaixo) o som volta a ficar limpo.

Aqui está a raiz de todos os males. Os vários instrumentos e microfones têm características de impedância e amplitude absolutamente incompatíveis entre si. Então a primeira coisa a se fazer é um estágio de pré-pré-amplificação, que nivele estes sinais a um patamar adequado (é interessante adotar o patamar de 0,7 V, padronizado como nível de linha, e nos próximos estágios utilizar ganho unitário). É pra isso que serve o controle de ganho em mesas de som. Não por acaso, é o primeiro que aparece de cima pra baixo.

Outro problema é quanto ao contra-baixo. Grave é o diabo. Grandes movimentos, grandes problemas. Vamos começar da caixa acústica. Você fala em características do alto-falante, mas não diz o principal: em que caixa acústica ele está montado? Quando digo em que, pergunto sobre topologia (selada, ventilada - se ventilada, qual comprimento/diâmetro do duto - passa-banda, etc.). Pelos componentes, deve ser uma daquelas de 3 vias plana, com o alto-falante montado em compartimento separado dos outros componentes.

Alto-falante e caixa acústica são um par casado. Um feito pro outro. Pegue uma ótima caixa acústica e coloque um outro falante qualquer, ainda que o melhor do mundo, e terá um péssimo resultado. Comece seus esforços, de um lado, pelo ganho nas cousas aí, depois em tirar leite da pedra chamada falante. No site da Selenium você tem alguma literatura que pode lhe ajudar nisso, e também alguns projetos sugeridos para os alto-falantes dela. Não se preocupe com os outros componentes. A resposta é a mesma, soltos ou em gabinetes.

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Como saber qual o elo mais fraco da corrente (em termos de potência)? Posso colocar um amplificador mais potente naquela caixa?


Difícil falar em elo mais fraco.
Vamos olhar o negócio do ponto de vista do amplificador. Grosso modo, o que limita a corrente na saída do amplificador é a impedância da carga. Afora o óbvio de se utilizar uma associação de alto-falantes na saída que desrespeite essa regra, temos um outro fenômeno: acima dos limites de projeto, a impedância de um alto-falante cai progressivamente com a potência aplicada, ou com uma caixa mal projetada.

Do lado do falante, temos o problema da excursão do cone, ou diafragma. Um alto-falante é basicamente um motor elétrico linear. Se a bobina sai do campo de ação do ímã, a energia que seria dissipada em movimento acaba por ser dissipada em calor, e tome Joule. Voltamos ao problema da caixa mal projetada e/ou da potência excessiva.

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Re: Caixa acústica
« Resposta #71 Online: 16 de Março de 2008, 15:55 »
Vou comentar os comentários do comentarista ;D ;D ;D ;D
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... observado o deslocamento do cone
Como é isso, exatamente? Quero dizer, o cone pode se deslocar até quanto?

Lá em casa isso só valeria para o woofer, pois os outros 2 não temos acesso visual ao cone.
Rudolf, cada alto-falante tem um parâmetro dos mais essenciais, que é a excursão máxima da bobina e, por consequência, do cone (Xmáx). No 12PW5 (vide especificações em http://www.selenium.com.br/site2004/catalogo/pdf/wooferpw5_12pw5_12pw5-slf_new.pdf), esse deslocamento máximo é de 3,7 mm (é amplitude, e não pico) para 10% de THD. O limite de deslocamento é de 19 mm (de novo amplitude). Acima disso há dano do alto-falante.
Regra número um da caixa acústica bem dimensionada: o deslocamento do cone não pode ser notado visualmente. Se você vê o cone se mover, tem coisa errada.

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Eu costuma aferir a potência com carga resistiva
Só prá checar: 8 (ou 4) Ohms?
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sob sinal de 1 kHz, o que não é coisa muito difícil de fazer ... levava a amplitude até o limiar da distorção subjetivamente julgada suportável (clipping já perfeitamente perceptível na tela) e aí media a potência ...
Boa :)
Você vê necessidade de medir em outras freqüências também?

Jorge, é esse mesmo o método que se usa. Pega-se uma carga resistiva, num tanque de areia pra dissipar calor e soca-se potência no bicho, até que se chegue a um limiar de distorção aceitável (coisa de 0,1% de THD é considerado aceitável para amplificadores na maioria das aplicações, já pra amplificadores high-end, no máximo 0,01%). Só que a medição deve ser feita no mínimo em intervalos de oitava. Com muito preciosismo, 1/3 de oitava. Isso porque dependendo da classe do amplificador ele tem boa resposta em toda a banda, ou péssima resposta em uma faixa da banda de áudio (caso dos classe H, que a até pouco tempo não eram lá essas coisas fora dos graves. Hoje a coisa melhorou um pouco, mas ainda são preferidos os velhos e bons classe AB para a faixa geral de áudio).

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Como estou usando os canais em ponte, o amplificador pode fornecer no máximo 200Wrms? É isso mesmo?
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É, seria isso mesmo, mas na prática só encontrei um Marantz que chegou lá ...
Saudade do Marantz "quadristéreo" do meu pai... Pouquíssimos Watts, e mal conseguíamos chegar em 1/3 do volume, senão a sala explodia :) Tinha a opção de ligar os canais em ponte. Deveria ficar o bicho!!!
Eram bons mesmo. Mas vai ver as caixas que seu pai tinha também... É nelas que morava o segredo!
Quanto à potência máxima, é isso. E não é. Na configuração em ponte a impedância mínima dobra em relação à impedância original. Se os canais tinham impedância mínima original de 4 ohms, o arranjo em ponte deve ser ligado a uma impedância de no mínimo 8 ohms. E, quando a impedância dobra, podemos dizer grosso modo que a potência máxima cai de 30%. Então ao invés de 2 amplificadores de 100W somados, vc tem um de 70+70 = 140W.

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Re: Caixa acústica
« Resposta #72 Online: 16 de Março de 2008, 17:16 »
Pessoal, desculpem os picados, mas é que vcs escreveram um monte de coisas, e estou lendo aos poucos. Aí muita coisa pode se perder ou mesmo já ter sido dita pelos outros. Novamente, desculpas. Dito isso, rumbora no rumo da venta!

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... observado o deslocamento do cone ... Como é isso, exatamente? Quero dizer, o cone pode se deslocar até quanto?

De exato aqui, nada. Manda o feeling e o sempre elusivo bom senso ... um começo é sentir qual a excursão máxima do cone, pressionando com três dedos posicionados sobre a aranha vc vai ter noção de até onde o cone pode ir. Ou vai bater ou vc vai sentir um ponto onde força necessária para o deslocamento aumenta muito ... a coisa funfa como mola que atinge o limite de deformação elástica e entra na região de deformação plástica ... exige este discurso pra explicar, mas costuma ficar evidente na hora de fazer ...

Claro que esta não é a única restrição, há tb o aquecimento da bobina móvel mas não conheço meio prático de avaliar. Apesar de alguns acidentes de percurso que devo confessar, me parece que operando o alto-falante dentro dos limites mecânicos, a dissipação na bobina não será excedida na grande maioria dos casos. Talvez aquele recurso de mensurar a temperatura por meio da resistência seja aplicável tb aqui ... difícil medir resistência tão baixa, já sei, mas ... e se fabricar aí uma ponte de Wheatstone ? Afinal estamos aqui pra complicar, né não ?  ;D


Mestre Jorge, sinto-me honrado com a raríssima oportunidade de lhe dar o troco (não leve a mal, e muito menos tenha a pachorra de retirar o convite para a próxima orgia, mas não pude resistir ;D ;D ;D ;D ;D ;D ;D ;D ;D ;D. O amigo pode até ir, a piada, JAMAIS!): não, não há espaço para chutes aqui!!!!

Como dito duas ou três mensagens atrás, o alto-falante pode ser entendido como um motor elétrico axial. Vamos ver se conseguimos destrinchar um pouco isso aqui.

Temos um indutor imerso em um campo magnético e conectado a um sistema massa-mola (cone e sua suspensão). Injetando-se uma corrente na bobina, há geração de campo magnético e por conseqüência o deslocamento do conjunto, consoante à polaridade e intensidade do campo. Simultaneamente, tem-se a indução de uma força contra-eletromotriz, que dá conta da componente indutiva da bobina. Se tudo estiver bem, parcela fixa e determinada da energia é dissipada pela componente resistiva da bobina. Essa parcela gera o aquecimento normal e esperado do condutor que compõe a bobina e é característica de projeto. Por isso não é relevante preocupar-se com a temperatura da bobina, exatamente como você pensa. Se tudo está dentro dos parâmetros de deslocamento máximo e potência máxima, a temperatura será aceitável, não interessa qual seja.

Temos dois casos em que se corre o risco de danos ao alto falante: quando a bobina sai do campo magnético do ímã, ou quando a potência elétrica despejada no alto-falante é maior que a de projeto. No segundo caso, é óbvio que, por efeito Joule, a componente resistiva dá conta de destruir a bobina. No primeiro caso, o que ocorre?

À medida em que parcela do corpo da bobina sai do alcance do campo magnético do ímã, parcela proporcional da força contra-eletromotriz deixa de ser induzida à bobina, sobrando mais potência, que tem de ser dissipada. E é. Por efeito Joule, de novo.

Os parâmetros de deslocamento máximo (Xmáx) e deslocamento limite (Xlim) da bobina são dados que DEVEM acompanhar alto-falantes. Eles são limites de operação do alto-falante tão ou mais significativos que a potência máxima admissível. O que pouca gente não fala, é que os valores são de amplitude e não de pico, o que faz com que muita gente torre alto-falante pensando que está tudo bem.

Já em drivers e tweeters de diafragma, esse parâmetro não tem lá muito sentido fora da bancada do projetista. Devido aos métodos construtivos utilizados nesses dispositivos, a excursão máxima é limitada mecanicamente (abra um driver e observe-o bem, vai entender o que estou dizendo) e os danos se dão basicamente por potência excessiva, falta de centragem do diafragma, ou utilização de freqüências abaixo da freqüência de corte do componente.

E, por falar em freqüência de corte, vamos dar uma passada d’olhos nisso: bom, a impedância do falante é a soma complexa de reatância indutiva e resistência, certo? A reatância deveria variar com a freqüência na forma X=2*pi*f*L, certo? Errado, para alto-falantes. Pode-se observar que, fora de limites característicos a cada alto-falante, a impedância deste assintota ao infinito. E dentro dos limites, fica quietinho, em torno da impedância nominal. Essa é a curva de impedância x freqüência de um alto-falante, tão ou mais importante que a curva de resposta em freqüência. Esse fenômeno se dá devido à influência das componentes mecânicas do alto-falante, e é pano pra manga de gigantes, depois podemos nos aprofundar um pouco nisso, se quiserem. A freqüência de corte está relacionada com o limite inferior desta banda útil do componente e pode até ser admitida como o próprio limite, mas esse está um pouco abaixo disso.

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Re: Caixa acústica
« Resposta #73 Online: 16 de Março de 2008, 18:18 »
Mestre Jorge, sinto-me honrado com a raríssima oportunidade de lhe dar o troco

Imagine ! As oportunidades pra me dar troco são abundantes,  falo demais pro meu tamanho ... E isso é tão fácil que não honra nínguém ...  ;D ;D ;D

Mas acho que vc vai ter que caprichar mais, falou muito e falou bem, mas não vi o troco ...  :P

Vou fazer só um comentário sobre isto:

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Os parâmetros de deslocamento máximo (Xmáx) e deslocamento limite (Xlim) da bobina são dados que DEVEM acompanhar alto-falantes.

Perfeitamente, devem. E a potência deve ser expressa em watts rms e não PMPO. E devemos ajudar as velhinhas a atravessar a rua.  ;D ;D ;D

Óia, tô adorando todos os seus comentários, tá me lembrando de minha longíngua pós-aborrecência, quando me interessava bastante pelo assunto, durante aqueles fugazes instantes quando não pensava só em sexo, drogas e rock-and-roll  ;D

Mas me deixa reinvidicar algo que interessa ao Rudolf, interessa a mim e acho que interesssa tb à torcida do Corinthians: dicas práticas sobre como avaliar o sistema nas condições que a maioria de nós enfrenta, documentação escassa ou inexistente, raras vezes honesta e longe de completa ... com tudo na mão, até eu que sou mais bobinho consigo algo decente, mesmo tendo que ralar muito ...

Sugestão de dica: como determinar o deslocamento máximo com métodos e instrumentos ao alcance do comum dos mortais ?
« Última modificação: 16 de Março de 2008, 18:23 por C N C N o w ! »

Offline Cavalcante

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Re: Caixa acústica
« Resposta #74 Online: 16 de Março de 2008, 18:39 »
Mestre Jorge, sinto-me honrado com a raríssima oportunidade de lhe dar o troco

Imagine ! As oportunidades pra me dar troco são abundantes,  falo demais pro meu tamanho ... E isso é tão fácil que não honra nínguém ...  ;D ;D ;D
Até parece ;)

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Mas acho que vc vai ter que caprichar mais, falou muito e falou bem, mas não vi o troco ...  :P
É, pegar vc não é fácil, hehehe
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Os parâmetros de deslocamento máximo (Xmáx) e deslocamento limite (Xlim) da bobina são dados que DEVEM acompanhar alto-falantes.

Perfeitamente, devem. E a potência deve ser expressa em watts rms e não PMPO. E devemos ajudar as velhinhas a atravessar a rua.  ;D ;D ;D

Na verdade, a menos que se pegue um alto-falante OEM ou se aproveite um antigo, todos os fabricantes nacionais já há mais de década fornecem todos os parâmetros Thiele-small de seus falantes. Já é prática de mercado e, por incrível que pareça, mesmo as fabriquinhas mais boquetas têm equipamentos e instalações para medir seus falantes. Se a repetitividade é confiável, são outros quinhentos. Mas via de regra é bastante aceitável, ainda mais no falante do Rudolf.

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Óia, tô adorando todos os seus comentários, tá me lembrando de minha longíngua pós-aborrecência, quando me interessava bastante pelo assunto, durante aqueles fugazes instantes quando não pensava só em sexo, drogas e rock-and-roll  ;D

Mas me deixa reinvidicar algo que interessa ao Rudolf, interessa a mim e acho que interesssa tb à torcida do Corinthians: dicas práticas sobre como avaliar o sistema nas condições que a maioria de nós enfrenta, documentação escassa ou inexistente, raras vezes honesta e longe de completa ... com tudo na mão, até eu que sou mais bobinho consigo algo decente, mesmo tendo que ralar muito ...

Pra isso, infelizmente só tem dois jeitos, como em qualquer outra coisa nesse nosso mundinho. Ou se faz as contas na unha ou se erra muito pra finalmente acertar...

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Sugestão de dica: como determinar o deslocamento máximo com métodos e instrumentos ao alcance do comum dos mortais ?

Isso já é mais fácil. Larga o falante na bancada e põe um galvanômetro de ponteiro central nos terminais dele. Movimente o cone para cima, em velocidade constante, observando a deflexão do ponteiro. O ponto onde a mudança de deflexão deixa de ser linear é o Xmax. O ponto onde a deflexão para é o Xlim. Maneiras de se medir o deslocamento ficam por conta do freguês ;)

 

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