Autor Tópico: Audiófilos ou não ...  (Lida 43503 vezes)

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Re: Caixa acústica
« Resposta #75 Online: 16 de Março de 2008, 18:52 »
... todos os fabricantes nacionais já há mais de década fornecem todos os parâmetros ...

Eu não sabia disso. Já faz bem mais de dez anos que não me meto a bulir com isso ...

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... O ponto onde a mudança de deflexão deixa de ser linear é o Xmax. O ponto onde a deflexão para é o Xlim. Maneiras de se medir o deslocamento ficam por conta do freguês ;)

Hum ! Gostei ! Vou experimentar algo assim ... mas já tô pensando em complicar a coisa, fazer alguma trapizonga pra deflexão do cone e ler a tensão no osciloscópio ... é algo que o Rudolf tá em condições de fazer ...

Como dizia um garnde amigo e sábio amigo: espremendo sai ...  ;D ;D ;D

Se quiser despejar mais algumas dessas para outros parâmetros relevantes, não se acanhe ...

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Re: Caixa acústica
« Resposta #76 Online: 16 de Março de 2008, 19:13 »
Hum ! Gostei ! Vou experimentar algo assim ... mas já tô pensando em complicar a coisa, fazer alguma trapizonga pra deflexão do cone e ler a tensão no osciloscópio ... é algo que o Rudolf tá em condições de fazer ...

Como dizia um garnde amigo e sábio amigo: espremendo sai ...  ;D ;D ;D

Se quiser despejar mais algumas dessas para outros parâmetros relevantes, não se acanhe ...

Eu ia falar em osciloscópío mesmo, mas como vc pediu simples... Da até pra ser mais simples. O importante é medir a tensão x excursão do cone.

Quanto aos outros parâmetros, a curva de impedância por exemplo sai na base do gerador de áudio e osciloscópio. A potência máxima admissível pode ser tirada com um deslocamento acima de Xmáx em uma caixa de teste. A maioria dos parâmetros relevantes para o projeto de uma caixa acústica são mecânicos e geométricos, e alguns saem só por métodos destrutivos, como a massa móvel total.

De todo modo, esses parâmetros só têm alguma funcionalidade na hora do projeto da caixa acústica. E depois de calcular, pode cortar a madeira. Sai tudo direitinho. Vou fuçar aqui alguns textos e softwares que fazem esse trabalho.

No caso do Rudolf, temos um falante do qual conhecemos tudo em uma caixa acústica da qual não conhecemos nada. Vale a máxima, então: se você vir o cone se mover, pare. Ou a caixa está errada ou a potência está em excesso em alguma faixa de frequência.

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Re: Caixa acústica
« Resposta #77 Online: 16 de Março de 2008, 22:25 »
Eu ia falar em osciloscópío mesmo, mas como vc pediu simples... Da até pra ser mais simples. O importante é medir a tensão x excursão do cone.

Nunca medi, mas desconfio que sem um osciloscópio fique difícil discernir o ponto onde ocorra a transição, não ? E mesmo sem algo capaz de fazer o cone excursionar a velocidade constante ... Como fazer isso com instrumentos mais simples ?

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... a curva de impedância por exemplo sai na base do gerador de áudio e osciloscópio.


Sim, isto me é familiar, não exatamente a curva de impedância, mas a curva de resposta, que no fundo é a mesma coisa. Usei um gerador de varredura e um osciloscópio com memória _ analógico ! - coisa chiquérrima na época.

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A potência máxima admissível pode ser tirada com um deslocamento acima de Xmáx em uma caixa de teste.

E como mensurar o deslocamento ?

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... métodos destrutivos, como a massa móvel total.

Não conheço, como é isso ?

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De todo modo, esses parâmetros só têm alguma funcionalidade na hora do projeto da caixa acústica.

Claro.

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Vou fuçar aqui alguns textos e softwares que fazem esse trabalho.

Pois é, eu ia mesmo perguntar sobre softwares, aproveitando a menção do Rudolf, atualmente há calculadores pra tudo ...

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Vale a máxima, então: se você vir o cone se mover, pare.

Isto me causa estranheza ... sempre vi o cone se movimentando ... será que tô entendendo direito ?

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Re: Audiófilos ou não ...
« Resposta #78 Online: 17 de Março de 2008, 06:50 »
Acordei na madrugada com uma idéia pra medir o deslocamento permissível do cone, invertendo o conceito do proposto pelo Cavalcante:

Ao invés de medir a tensão gerada pelo deslocamento, aplica-se uma tensão, ou mais apropriadamente falando, uma corrente e mede-se o deslocamento. Varia-se a corrente e se vai plotando o deslocamento até que se verifique a inflexão da curva. É isso.

Acho que fica bem mais fácil e acho que funfa  ;D
« Última modificação: 17 de Março de 2008, 07:05 por C N C N o w ! »

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Re: Caixa acústica
« Resposta #79 Online: 17 de Março de 2008, 07:02 »
Na configuração em ponte a impedância mínima dobra em relação à impedância original. Se os canais tinham impedância mínima original de 4 ohms, o arranjo em ponte deve ser ligado a uma impedância de no mínimo 8 ohms. E, quando a impedância dobra, podemos dizer grosso modo que a potência máxima cai de 30%. Então ao invés de 2 amplificadores de 100W somados, vc tem um de 70+70 = 140W.

Dá pra justificar isto ? Não tenho dificuldades pra aceitar como indicação prática, já que na minha pouca experiência a coisa ficou ainda aquém, mas extrapolando para aplicações extra áudio, a coisa não é assim e é possível quadruplicar a potência ... e essa obrigatoriedade de dobrar a impedância eu não tô entendendo ... ao dobrarmos a impedância a potência fica limitada ao dobro da original, nada contra, mas se for possível obter mais, por que não ? Claro, sei bem que na prática isso não é lá muito factível, mas tô querendo entender melhor os probs por trás disso ...

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Re: Caixa acústica
« Resposta #80 Online: 17 de Março de 2008, 07:41 »
Jorge, é esse mesmo o método que se usa. Pega-se uma carga resistiva, num tanque de areia pra dissipar calor

Areia é bom, mas óleo pra transformadores é melhor ... o que me lembra que já passou da hora de eu montar uma trapizonga pra ensaiar umas fontes ... tempo, tempo, tempo ...

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e soca-se potência no bicho, até que se chegue a um limiar de distorção aceitável (coisa de 0,1% de THD é considerado aceitável para amplificadores na maioria das aplicações, já pra amplificadores high-end, no máximo 0,01%).

É, e eu conheci "audiófilos" incapazes de perceber 1% ...  ;D ;D ;D

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Só que a medição deve ser feita no mínimo em intervalos de oitava.

Isso pra levantamento da curva de resposta. Falávamos de potência, e eu tinha em mente a nominal, referida, até onde sei, a 1 kHz ... tô errado ? Isso mudou ?

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Hoje a coisa melhorou um pouco, mas ainda são preferidos os velhos e bons classe AB para a faixa geral de áudio).

Hj a moçada usa classe D sem qualquer escrúpulo, nos bons e velhos tempos qualquer coisa diferente de classe A era heresia. Só se admitia classe AB pra aqueles PAs com cornetas pendurados no caminhão do peixeiro ...  ;D ;D ;D

Aliás, eu adoraria conhecer a opinião do pessoal das bandas sobre um classe D ... vou ver se desencavo algum esqueminha pro Rudolf ... tá cheio de tarados por aí com alguns kilowatts instalados em carros ... o troço fica barato e pra banda de rock acho que seria bem aceitável ... CIs dedicados, pouquíssimos componentes, super compactos e leves ... a idéia tem lá seus méritos, se é que já não estão fazendo isso ...


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Re: Caixa acústica
« Resposta #81 Online: 17 de Março de 2008, 08:39 »
Eu ia falar em osciloscópío mesmo, mas como vc pediu simples... Da até pra ser mais simples. O importante é medir a tensão x excursão do cone.

Nunca medi, mas desconfio que sem um osciloscópio fique difícil discernir o ponto onde ocorra a transição, não ? E mesmo sem algo capaz de fazer o cone excursionar a velocidade constante ... Como fazer isso com instrumentos mais simples ?

Sem dúvida com um osciloscópio é muito mais fácil, e se for digital então, melhor ainda!
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... a curva de impedância por exemplo sai na base do gerador de áudio e osciloscópio.


Sim, isto me é familiar, não exatamente a curva de impedância, mas a curva de resposta, que no fundo é a mesma coisa. Usei um gerador de varredura e um osciloscópio com memória _ analógico ! - coisa chiquérrima na época.
Veja que são duas coisas distintas: a curva de impedância reflete uma característica elétrica do bicho. Já a curva de resposta em frequência, uma característica acústica. Além das duas estarem invertidas entre si, tem muitas outras singularidades por aí. Primeira e mais facilmente notável: a curva de resposta é bem mais estreita que a de impedância (pense nisso).

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A potência máxima admissível pode ser tirada com um deslocamento acima de Xmáx em uma caixa de teste.

E como mensurar o deslocamento ?
Que tal um relógio comparador no cone, com "memória" de deslocamento máximo? Gilli, manifeste-se.
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... métodos destrutivos, como a massa móvel total.

Não conheço, como é isso ?
Massa móvel é a massa total do conjunto cone, suspensão e bobina do alto-falante. Só dá pra medí-la fora da carcaça, portanto, destruindo o alto-falante.
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Vale a máxima, então: se você vir o cone se mover, pare.

Isto me causa estranheza ... sempre vi o cone se movimentando ... será que tô entendendo direito ?
[/quote]

Não Mestre, você está entendendo direito. Em geral, o deslocamento máximo fica entre 3 e 4 mm de amplitude, o que nos dá picos entre 1,5 e 2 mm, o que já é pouco, considerando o tamanho do cone. Caixas acústicas em que se pode ver o alto falante (seladas ou ventiladas) dificilmente respondem abaixo dos 40 Hz. Isso no mínimo dá 40 movimentos por segundo. Nosso olho não consegue identificar nada que se mova a mais de 30 movimentos por segundo como descontínuo, e o que você deve conseguir enxergar é uma "nuvem" de cone (nojento) com posição por volta da metade do pico de Xmax ou seja, Xmax/4.

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Re: Audiófilos ou não ...
« Resposta #82 Online: 17 de Março de 2008, 08:44 »
Acordei na madrugada com uma idéia pra medir o deslocamento permissível do cone, invertendo o conceito do proposto pelo Cavalcante:

Ao invés de medir a tensão gerada pelo deslocamento, aplica-se uma tensão, ou mais apropriadamente falando, uma corrente e mede-se o deslocamento. Varia-se a corrente e se vai plotando o deslocamento até que se verifique a inflexão da curva. É isso.

Acho que fica bem mais fácil e acho que funfa  ;D
Pô, tô tirando o sono dos outros... Assim me sinto mal. ;D ;D ;D ;D

Bom, funciona, mas vamos ver o que estamos medindo: ao aplicar uma tensão, ou melhor uma corrente ou, melhor ainda, uma potência e medir o deslocamento, teremos só uma função potência x deslocamento. Como não sabemos qual o valor máximo de deslocamento admissível, essa informação não faz muito sentido, né? Lembre-se que o ponto Xmax é o ponto em que a fem começa a ficar maior que a fcem, em módulo.

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Re: Caixa acústica
« Resposta #83 Online: 17 de Março de 2008, 08:53 »
Dá pra justificar isto ? Não tenho dificuldades pra aceitar como indicação prática, já que na minha pouca experiência a coisa ficou ainda aquém, mas extrapolando para aplicações extra áudio, a coisa não é assim e é possível quadruplicar a potência ... e essa obrigatoriedade de dobrar a impedância eu não tô entendendo ... ao dobrarmos a impedância a potência fica limitada ao dobro da original, nada contra, mas se for possível obter mais, por que não ? Claro, sei bem que na prática isso não é lá muito factível, mas tô querendo entender melhor os probs por trás disso ...

Rapaz, me pegou de calça arriada...  ::)

Num lembro ou num sei, mas prometo que vou caçar. O fato é que a maioria dos amplificadores de uso profissional podem ser usados em ponte. E nessa configuração a impedância mínima dobra, em todos os casos, e eu já torrei amplificador uma ou duas vezes por esquecer disso ou não prestar atenção e simplesmente virar a chave e conectar os falantes...

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Re: Caixa acústica
« Resposta #84 Online: 17 de Março de 2008, 09:16 »
Jorge, é esse mesmo o método que se usa. e soca-se potência no bicho, até que se chegue a um limiar de distorção aceitável (coisa de 0,1% de THD é considerado aceitável para amplificadores na maioria das aplicações, já pra amplificadores high-end, no máximo 0,01%).

É, e eu conheci "audiófilos" incapazes de perceber 1% ...  ;D ;D ;D
Vc precisa conhecer uns que juram de pé junto que cabos para caixas acústicas de ouro são incomparáveis aos de cobre. Ouvem coisas que nem Hermeto Pascoal com seu ouvido zero identificaria (sobre Hermeto, reza a lenda que se vc der um pum, ele diz o tom. E se estiver desafinado, ele diz quantos comas).
Agora o valor baixo de THD tem sua razão de ser. Como se sabe a THD aumenta estupidamente com o ganho. Como áudio é extremamente dinâmico, acabamos por ter picos da ordem de 10, até 20 vezes a potência nominal, em tempos muito curtos. Especificar THDs baixos é uma maneira de garantir que esses picos sejam reproduzidos com qualidade aceitável, e THD da ordem de no máximo 1 dígito. Se vc já especifica a THD em 1%, nos picos teria coisa de 10%, o que é absolutamente inaceitável.
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Só que a medição deve ser feita no mínimo em intervalos de oitava.

Isso pra levantamento da curva de resposta. Falávamos de potência, e eu tinha em mente a nominal, referida, até onde sei, a 1 kHz ... tô errado ? Isso mudou ?

Para fins de especificação é isso mesmo, desde que seja um AB, se for H, temos problemas quanto a isso, inerentes ao próprio H.
Mas para fins de projeto, é de bom tom verificarmos se nosso amplificador responde em toda a banda de modo linear. Já vi muito amplificador "bom" que não tem resposta plana.
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Hoje a coisa melhorou um pouco, mas ainda são preferidos os velhos e bons classe AB para a faixa geral de áudio).

Hj a moçada usa classe D sem qualquer escrúpulo, nos bons e velhos tempos qualquer coisa diferente de classe A era heresia. Só se admitia classe AB pra aqueles PAs com cornetas pendurados no caminhão do peixeiro ...  ;D ;D ;D

Aliás, eu adoraria conhecer a opinião do pessoal das bandas sobre um classe D ... vou ver se desencavo algum esqueminha pro Rudolf ... tá cheio de tarados por aí com alguns kilowatts instalados em carros ... o troço fica barato e pra banda de rock acho que seria bem aceitável ... CIs dedicados, pouquíssimos componentes, super compactos e leves ... a idéia tem lá seus méritos, se é que já não estão fazendo isso ...

Os classe D melhoram muito, mas são muito utilizados em carros porque as potências são beeeem menores que as necessárias no mundo real (veja a foto anexa. São amplificadores para uma "igrejinha" com capacidade para 18 mil pessoas, no Rio. 72 kW de potência total. Uma casa noturna pequena, aí com 200 lugares, dependendo do programa come brincando 10 kW, coisa inviável em 12 V com classe AB. E eu tbm já vi maluco com 5 ou mais kW em Fusca), e a potência disponível é muito limitada, então o rendimento tem de ser máximo, em detrimento da qualidade.
Nos últimos anos estão tomando conta do mercado os amplificadores digitais (já tem até mesmo um fabricante nacional: www.hotsound.com.br com amplificadores digitais em linha). Esses sim são eficientes e estão ficando cada vez melhores e mais acessíveis. Claro que gente que sonha com a volta dos triodos, pentodos e n-odos tem horror a isso, mas azar deles. O importante é conseguir tirar som sem ter de contratar a estiva inteira e muito menos uma hidrelétrica só pra vc.

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Re: Audiófilos ou não ...
« Resposta #85 Online: 17 de Março de 2008, 09:19 »
Pô, tô tirando o sono dos outros... Assim me sinto mal. ;D ;D ;D ;D

Não vc, mas o prob ...  ;D ;D ;D E eu não perco o sono não, é comum que eu acorde com alguma idéia pra abordar um prob que tá me incomodando ... enquanto descanso, carrego pedras ...  :P

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Como não sabemos qual o valor máximo de deslocamento admissível, essa informação não faz muito sentido, né? Lembre-se que o ponto Xmax é o ponto em que a fem começa a ficar maior que a fcem, em módulo.

Pense na coisa como vc lembrou que é, um motor linear ... faz todo sentido sim ... e em termos de instrumentos pra medir a coisa fica muito mais fácil ... basta um multímetro e uma fonte ...

Eu tô sem bunda larga há vários dias, por isso tem sem condições de pesquisar, mandar imagens, etc, mas oportunamente eu mando algo pra explicar melhor a coisa, quem sabe até encontro um tempinho daqui uns dias pra testar na prática ...

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Re: Caixa acústica
« Resposta #86 Online: 17 de Março de 2008, 09:51 »
Vc precisa conhecer uns que juram de pé junto que cabos para caixas acústicas de ouro são incomparáveis aos de cobre.

Preciso não, já conheci alguns ... a área de áudio tá cheia de gente do tipo "me engana que eu gosto" ...


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(sobre Hermeto, reza a lenda que se vc der um pum, ele diz o tom.

Não é lenda, ele tem ouvido absoluto mesmo.

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Os classe D melhoram muito, mas são muito utilizados em carros porque as potências são beeeem menores que as necessárias no mundo real

Ué, a questão dos energúmenos que embarcam kilowatts me parece bem real ... tanto que tô providenciando uma bazuca pra agraciar com um morteiro-supositório os gajos que se reúnem no FDS em um buteco a quarteirões daqui e fazem tanto barulho que não consigo nem pensar ... (tá, eu sei que neste caso o prob é outro, escassez de sinapses, mas a zoeira não ajuda em nada ...)

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Re: Audiófilos ou não ...
« Resposta #87 Online: 17 de Março de 2008, 09:53 »
uma dúvida que tenho quanto a potência dos falantes ...
Já li e reli vários textos e até recomendação de fabricantes de que nunca deve-se utilizar falantes com potência menor que a do amplificador, exemplo .. se eu tiver um ampli de 50W RMS deverei utilizar pelo menos falantes de 50W+fator cagaço20W então falantes de 70W RMS ... dada a sua impedância.
Mas um amigo meu me falou que tem um texto técnico que prova que um Falante de 50W RMS pode ser ligado em uma potência de 100W RMS sem problemas!!!   :o

será algum dos amigos poderia me explicar isso? pois estou estudando uns esquemas para amplificador o qual deverei utilizar em ensaios e pequenas apresentações, mas não quero fazer algo super dimensionado, ou sub dimensionado ... o que devo fazer?

abraço!

É mais ou menos por aí. E o pior, as duas coisas. Explico:
Do ponto de vista da segurança, o correto é ter um amplificador de menor potência que o falante, sem sombra de dúvidas. E isso vale sem qualquer dúvida pras médias e altas frequências.

Mas, do ponto de vista das orelhas, não é bem assim. Alto-falantes mais potentes têm maior massa móvel, e portanto maior compliância, que é uma característica indesejável nas baixas frequências, aumentando o amortecimento. Aumentar a potência disponível em relação a um alto-falante tem, nas baixas frequências, tem efeito bastante similar ao aumento da tensão na fonte em drivers de motores de passo. O grande problema aí é que, se você não tem um operador consciente atrás dos botões o melhor mesmo é diminuir a potência disponível e azar dos ouvidos...

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Re: Caixa acústica
« Resposta #88 Online: 17 de Março de 2008, 10:02 »
Que tal um relógio comparador no cone, com "memória" de deslocamento máximo? Gilli, manifeste-se.

Nah, um relógio comparador, mesmo dos mais sensíveis representa uma carga mecância importante ... tô pensando usar o mesmo recurso que já usei em experiências pra usar um alto-falante como galvo pra laser show, canudinho de refresco ... talvez até com o mesmo esquema de laser pra fazer uma "alavanca ótica" ...

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...o que você deve conseguir enxergar é uma "nuvem" de cone (nojento) com posição por volta da metade do pico de Xmax ou seja, Xmax/4.

Isso mesmo, mas é perfeitamente visível e dá pra avaliar sem probs. Se quiser afrescalhar, um estrobo faz maravilhas aqui ...

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Re: Audiófilos ou não ...
« Resposta #89 Online: 17 de Março de 2008, 10:21 »
Creio que ele estava se referindo à faixa dinâmica. Isso é verdade em parte, válido nos casos onde não é usado algum tipo de compressor com base na curva RIAA, ou coisa parecida. De modo geral toda fonte comercial, incluindo CDs, passaram por algum processo de compressão, menor atualmente, maior antigamente. Bom lembrar que ceifamento é outra coisa, embora possa ocoorrer e ocorra com frequência ... eu tô falando de compressão sem ceifamento, ou seja um mecanismo de ganho automático que majora o ganho para baixas pequenas amplitudes (pianíssimos) e minora para as grandes amplitudes (fortíssimos).
É bem por aí. Lembrando que se estivermos falando de "ao vivo", essa condição de compressão não existe. Agora, quanto à compressão com fins de limitação, ela esculhamba com a dinâmica ao se utilizar níveis de disparos muito baixos em relação ao pico e taxas maiores que 5:1.

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Creio que a duvidosa proposta baseia-se no conceito de fator de demanda, como tantas outras miraculosas soluções e traz as mesmas consequências. Basta imaginar uma gravação não comprimida de uma orquestra sinfônica com alguns fortíssimos prolongados ou mesmo certas peças de rock progressivo e não é difícil deduzir o que vai acontecer com os alto-falantes ...
Não, Mestre Jorge. Não é fator de demanda. O nome disso é "headroom", ou folga mesmo. Os componentes do sistema têm de ser criteriosamente superdimensionados, afins de atender os picos dinâmicos (a famosa PMPO) dos programas de áudio. E, como o alto-falante é o gargalo limitante de potência acústica, que é o que interessa, ele deve ser dimensionado primeiro, já com um headroom em relação às necessidades reais do sistema. E de trás pra frente, todos os demais componentes também devem ser superdimensionados. Veja que em hipótese alguma deve-se aplicar uma potência maior que a nominal nos falantes. Mas tê-la disponível minimiza os efeitos das componentes mecânicos no comportamento dele o que resulta em boas e adequadas baixas frequências, além de melhorar a relação sinal/ruído. Ganho no talo é ruído no talo.

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Eu posso ser um careta, mas sempre preferi casar as especificações RMS de amps e falantes ... e tenho a declarar que nunca explodi nada, ao contrário dos vários de meus amigos avançadinhos e milagreiros ... e parece que um punhado de conhecidos, dentre os quais vários músicos, inclusive alguns eruditos de ouvido apurado e crítico, não desgostavam do que eu fazia ...

Há uma maneira de lidar com isso, um bom VU ... há tb umas coisas que funcionam como disjuntores e desligam os falantes quando o limite é ultrapassado ... coisa que poucas vezes vi, antigamente só equipamentos bem caros dispunham de coisas assim, atualmente não sei ...
Não é de estranhar que não tenha explodido nada e conseguido agradar a todos. Com certeza seus sistemas tinham um bom headroom. Ou seja, estavam como um todo superdimensionados, trabalhando folgadamente. O VU ajuda, mas novamente, ou se opera de modo consciente, inclusive conhecendo as tipicidades do programa musical, ou manda-se tudo pras pica, no primeiro minuto...

 

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