Me explique melhor qual a relção que voce está propondo, seria uma coroa com 127D e um sem fim de uma entrada? Teríamos uma redução de 127:1 nas engrenagens, com um motor de 400 passos/volta, e uma redução final de 50800 passos do motor / volta da placa. Com dois passos a menos por volta, localizados nos dentes 63 e 127, teremos "125 dentes" por volta e portanto, uma redução efetiva de 50000 passos por volta da placa!
Cada passo do motor corresponde a um deslocamento angular de 360/50000 = 0,0072 = 0,432 minutos, ou de um deslocamento de 0,0048 mm numa peça (engrenagem sendo fabricada) de 3 polegadas de diâmetro!
Gil, mencionei 2 coisas diferentes.
1 - Exemplifiquei a confecção de uma engrenagem de 127 dentes e diametral pitch 17 (DP é a contrapartida americana do sistema módulo), na montagem que vc citou como exemplo (motor 200 passos/volta, redução 80:1, passo cheio).
Neste caso, o erro acumulado da divisão número 127 para a divisão 1 (que é vizinha dela - mais fácil de enxergar como dente 127 para o dente 1) é de 2 passos, o que corresponde no diâmetro primitivo desta engrenagem a 7,5 centésimos de mm - que entendo como aceitável para a maioria das aplicações (talvez não para as mais exigentes).
Mas se for usar uma redução mais comum de menor relação (40:1), o erro fica acima do aceitável sem distribuição (1,5 décimo de mm). Ilustrando melhor, a engrenagem assim confeccionada tem o dente 127 "mais fino" do que o valor correto em 0,15mm - isto é alto para aplicações profissionais.
Ou seja, sem distribuição de erro creio que este divisor pode não atender a finalidades mais exigentes, especialmente considerando que um provável uso seria aproveitar a mecânica de um divisor convencional, com redução 40:1 ou 60:1.
2 - Um rascunho de idéia para distribuição de erro, que consiste conceitualmente desta conta boba:
p : período da correção
par1: o seu "parâmetro 1", ou número de divisões desejadas
par2: o seu "parâmetro 2", ou redução total do sistema, que é (passos/volta) x (relação da redução).
p=round (1/((par2/par1)-(round (par2/par1)))
No exemplo citado em 1 (confeccionar uma engrenagem 127D com o mesmo divisor que vc exemplificou, de redução total 16000: motor 200 passos/volta e redução 80:1), isto seria
p= round (1/(125,984 - round (125,984)))
p=round (1/(125,984 - 126))
p=round (1/-0.016)
p=round (-62.500)
p=-63
ao fazer cada avanço, confirma se o passo atual é múltiplo de p. Se for, "come" um passo para p<0 e acrescenta um passo para p>0.
Neste caso, comeria um passo na divisão no. 63 e 126 (o que chamei de dentes 63 e 126), completando a circunferência com os erros distribuídos, e nenhum dente com erro superior a 1 passo (ou seja, todos os erros menores que 3,25 centésimos medidos no diâmetro primitivo da engrenagem).
Uma outra vantagem é que dependendo da forma de usinar, pode ser mais interessante fazer várias voltas. Supunhetemos que vou fazer uma engrenagem na plaina, e não quero ter que ficar regulando avanço manualmente no carro superior para cada dente. Assim, ao começar a engrenagem, faço o avanço e vou dando um passe em cada dente. Ao concluir a volta inteira, faço novo avanço e começo outra volta. Com o erro distribuído desta forma, não há problema. Sem distribuição do erro, não posso entrar em uma volta subsequente. Verdade que dá pra voltar, mas é mais fácil se perder.