Essa característica não é uma condição intrínseca do motor de passo,
É uma condição íntreseca dos motores de passo sim.
mas do divisor como um todo,
Se vc diz, eu tenho que acreditar e vou fazer um esforço pra entender, mas a princípio entendo isto não é intrínseco a nenhum conjunto mecânico ...
Digamos que o motor de passo possua 200 passos por volta estando acoplado no sem fim que se relaciona na coroa numa razão de 40; assim teríamos a fração mínima possível por volta do divisor de: 1/(200 X 40), ou seja 1:8000 ; fatorando 8000 em seus MDC teremos um universo finito de divisões possíveis;
Sim, um número finito, mas bastante grande ... tão grande quanto se queira ou se precise, de modo que atenda a necessidade ...
uma divisão de um primo ou seus múltiplos não contemplado nesse universo, só podem ser feitas por aproximação no âmbito do divisor, nada impede um fator de correção no software para não haver um acumulo dessa aproximação a cada movimento do divisor.
Exato, é assim que é feito.
Digamos que nesse divisor queira-se fazer 49 divisões; teriamos "~163.27" passos do motor por divisão, nesse caso teria que se optar por 163 ou 164 passos, essa aproximação não é significativa em uma divisão, mas dependendo do serviço executado ela represente um inconveniente.
Inconveniente apenas teórico na maioria esmagadora dos casos ...
Discordo frontalmente, ...
Vc tem o direito sagrado de discordar frontalmente, lateralmente ou na posição que preferir ... he, he, he ...
Não vá se aborrecer, hein ? Brincadeirinha ...
no exemplo que citei antes (volto a repetir, no âmbito do divisor, sem correção por software) eu terei na melhor as hipóteses uma defasagem de ~13,23 passos por volta, ou seja ~0,0017 divisões por volta; parece pouco à primeira vista pois representa pouco mais de 30 segundos de grau.
Há um equívoco aqui, vc tá considerando que o erro é acumulado, o que não é verdade, o erro máximo por volta será de +/- 1 passo, mas só pra efeito de argumentação, deixemos como está.
Não parece pouco,
é pouco em muitos casos ... lembre-se de que estamos falando de um divisor relativamente modesto, a operação a meio passo, coisa corriqueira, já reduziria o erro de arredondamento para a metade, só pra mencionar algo imediatamente factível.
Como exemplo; num ø 200 mm em apenas uma volta significa um erro muito significativo por volta de 1 milímetro; numa engranagem de mediana qualidade 0,1 mm por volta já é uma enormidade.
Pois é, se vc diz, eu acredito, mas tenho que lembrar que tal erro é de cerca de 0,5%, o que não é nenhum absurdo em muitos casos ... ademais, o fato de um divisor ser puramente mecânico não garante qualidade melhor na prática, pode ser que sim, pode ser que não.
Coisa importante a considerar é a adequação da ferramenta à tarefa, o que vale para qualquer caso. Onde se faz necessário trabalhar com tolerâncias mais apertadas, o divisor terá de ser de melhor qualidade, não importa se puramente mecânico ou com uma etapa eletrônica.
Quem já pilotou um divisor sabe o estrago causado no ultimo dente com o erro de apenas 1 furo no disco C de 49 furos (1:1960).
Claro, mas este é um erro operacional e dos mais grosseiros, pode acontecer em qualquer caso, não é algo ajude a discernir as virtudes e limitações de um ou outro tipo, né ?
Considero tb que um divisor motorizado teria o atrativo de proporcionar uma usinagem com diversas voltas no eixo.
O divisor motorizado apresenta muitas vantagens, algumas a gente nem percebe antes de usar ... um dos atrativos, para quem pretende construir um, é que dispensa os discos divisores, de confecção trabalhosa e crítica. Além disso é uma solução mais flexível, permite qualquer divisão de imediato, dispensando a confecção de discos adicionais.
Sobre "me engana que eu gosto", quimeras ou egos, não sei qual a função deles num divisor, num argumento técnico, ou num dialogo de idéias; suponho que tenham outra finalidade, talvez um leitor mais atento perceba qual a sutileza implícita.
Não se irrite meu caríssimo amigo, foi apenas uma tirada de humor, ainda que de mal jeito ...
Já tô indo ajoelhar no milho ... dinovo ... ai, ai, ai ...
Tenho certeza que o Fábio compreendeu a dificuldade que enunciei, já li em outro post sobre o ceticismo dele com um divisor acionado por motor de passo.
O que vc não ouviu foi uma conversa que tivemos aqui na masmorra sobre essas quesões ... e talvez não tenha visto tb minha resposta, aqui mesmo no fórum, às preocupações dele ... muito semelhantes às suas aliás ... quer me parecer que o ceticismo dele está substancialmente reduzido ...
Para concluir; um divisor é uma pequena maravilha, montado com um motor de passo será uma ótima ferramenta, mas será limitado a certas divisões caso não haja um software que contemple as sua especificidades.
He, he, he ... o eletrônico é que é limitado ?
Na verdade, o eletrônico é muito mais flexível que o mecânico ... considere a questão dos discos ...
Óia, existe uma coisa chamada algoritmo de Bresenhan, que é utilizado em uma infinidade de aplicações, para tratar erros de quantização, é utilizado em praticamente todos os programas controladores de máquinas CNC, uma implementação competente de um divisor como discutimos implica na utilização deste algoritmo. O troço é utilizado até em relógios, quando a frequência do oscilador não permite divisão inteira. A rigor o erro acumulado ao longo das interações é zero. Z-E-R-O !
Claro que sempre haverá erros, das mais diversas naturezas, mas é possível reduzir o erro de arredondamento - que é o que preocupa - tanto quanto se queira, é possível adequar o divisor a qualquer necessidade, sem muito esforço, quase sempre de maneira mais simples do que com as soluções tradicionais.
Não é necessário estudar o algoritmo pra entender o que venho dizendo, mas fica aí a referência pra quem quiser ir mais fundo um pouquinho.