Minha preocupação é a "bitola" dos cabos, tando os da máquina de solda, quanto os condutores da instalção elétrica de minha oficina, que já estão lá e são de 4mm², para resumir.
Perfeitamente, é com isso mesmo que tem que se preocupar.
Bom, o problema é a corrente que medi durante o curto, que chega facilmente a 50A, e minha oficina, com cabos de 4mm², segundo as tabelas para corrente, são dimensionados para 26A, com dois condutores com carga.
Não sei que tabelas consultou mas sugiro esta, consoante com a NBR5410, a norma que rege as instalações de baixa tensão:
http://www.prysmian.com.br/export/sites/prysmian-ptBR/energy/pdfs/Dimensionamento.pdfVc vai verificar que considerando o método B1 (eletroduto embutido em alvenaria) e dois condutores carregados a corrente admissível seria 32A (não sei se seria este seu caso, mas menciono aqui por ser o mais comum) podendo ser bem maior em outros casos. Isto está correto para fator de trabalho de 100%, que raramente é o caso quando se trata de solda elétrica.
Considerando que a ocorrência de curto-circuito é esporádica e breve e um ciclo de trabalho da ordem de 25% é bem mais realista que 100% e ainda exagerado na maioria dos casos, eu diria que sua instalação está adequada, no que se refere à bitola dos condutores, considerando a corrente máxima de curto-circuito de 50A.
Se eu ligar um trafo em uma das fases, com o mesmo nº de espiras, no primário e no secundário, eu atraso a fase em 180º? Será que assim conseguiria "alinhar" as duas fases e resolver o problema de defasagem e os trafos funcionariam da mesma forma que estão funcionando ligado em série na mesma fase?
Podemos discutir isto com mais detalhes, mas o que importa realmente é o seguinte:
O Ivan sugeriu, muito acertadamente, que converta sua máquina para trabalhar em 220V. O motivo para isto é a consequente redução na corrente primária e a tb consequente redução das exigências quanto a bitola dos condutores.
Para isto basta ligar os
primários em série, se forem para 110V ou em paralelo, se forem para 220V.
Os
secundários são ligados em paralelo, se a intenção for obter corrente mais elevada ou em série, para obter maior tensão mais elevada.
Evidentemente os secundários devem ser conectados de modo a estarem com as relações de fase corretas entre si e vc pode verificar isto fazendo o seguinte:
Para conectar em série: conecte uma extremidade de um secundário a outra extremidade do outro secundário. Meça a tensão nas extremidades livres. A tensão deverá ser a soma das tensões de cada secundário, caso contrário refaça as conexões de modo que isto aconteça. No final a coisa deve ficar assim:
o---/\/\/\---+---/\/\/\---o
* *
O asterisco representa o início do enrolamento. Observe que o início de um vai conectado ao fim do outro.
Para conexão em paralelo: faça o mesmo que descrito acima, desta vez a tensão deve ser nula, a coisa fica assim:
+---/\/\/\---+
| * |
o---+ +---o
| |
+---/\/\/\---+
*
Observe que o início e o fim de um enrolamento secundário está conectado respectivamente ao início e fim do outro.