Olá Bambam;
Estou acompanhado as suas indagações, e sei das suas aspirações sobre os para-choques.
Existe mercado pra tudo, desde clips de papel, passando por ferraris até jatos executivos.
O maior problema na injeção de peças grandes é o investimento inicial e custeio, com difícil amortização, sendo necessário uma grande produção para justificar tamanho investimento, o aporte financeiro para essa atividade é de grande monta, além disso o mercado de auto peças é dominado por grupos multinacionais; nem a Metal Leve (maior fabricante nacional à época) suportou a pressão e mesmo lucrativa acabou vendida por causa da expectativa a médio prazo.
Sem querer ser o advogado do diabo (esse lugar por aqui já tem dono, eh eh eh), mas esse caminho é uma canoa furada.
Desculpe-me, mas para vc sentir o aço, compre uma injetora pequena (tinha uma à venda aqui no forum) e comece com peças pequenas, em pouco tempo tenho certeza que vc muda de idéia.
Existe uma luz no fim do túnel, peças novas termo-formadas e recuperação de parachoques danificados com resinas e fibra de vidro exigem um investimento irrisório perto do do que seria necessário para injetar. Mesmo assim não é nada fácil, até para aqueles que estão no mercado a 20, 30 anos (tem que matar um leão todo dia). Tenho alguns clientes nesse ramo (plasticos, moldes e borracha) e acompanho a dificuldade deles (é duro até de receber dos caras), vendem o almoço pra pagar a janta.
É muito bom vc ter toda essa vontade de empreender, tenho certeza que vc encontrará seu nicho de mercado, a maior armadilha pra quem começa é conciliar o sonho com a realidade, montar qualquer negócio é como comer sopa quente, tem que ir pelas beiradas e bem devagarinho. aqueles que entram com tudo acabam queimados logo de cara.
Além disso na grande maioria dos casos, aqueles que tem competência levam em média uma década pra pegar rosca; a grande maioria fica pelo caminho logo nos primeiros meses e geralmente perde tudo, inclusive o sonho.
Abraços...