Olá Paulo.

Se a peça que pretende produzir possui embutimento (repuxo), além de corte e dobra, a ferramenta de estampagem torna-se um pouco mais complexa, pois é necessário que tenha um prensa chapa, ou seja, uma almofada de pressão com molas, para que a chapa permaneça plana ao redor do local onde será embutida.
Dependendo da relação diâmetro (ou distância entre laterais) e profundidade da parte embutida, serão necessários vários estágios para essa operação, com ferramentas diferentes, sem a primeira para repuxo menos profundo e diâmetro maior que o final, a segunda diâmetro menor e profundidade maior e assim sucessivamente até aquela que repuxa o diâmetro (ou medidas laterais) finais e profundidade correta. A quantidade de estágios é calculável.
Sim, as áreas de atrito e ação de corte, dobra ou repuxo da ferramenta, deverão ser confeccionadas em aço ferramenta com tratamento térmico. Normalmente utiliza-se os aços para trabalho a frio: VND ou VC 131(designação Villares, porque é a que mais uso), ou seus equivalentes.
Caso a produção seja limitada a algumas dezenas ou centenas de peças, o aço carbono SAE 1060 ou 1070 dão conta do trabalho.
Sim, poderá utilizar vários pistões de carga menor, desde que o ponto de apoio na ferramenta seja comum e balanceado. As áreas dos pistões se somam para o cálculo da carga final, como se fosse um único pistão.
Sim, a estrutura da prensa, preferivelmente em perfis de aço. Mas as seções devem ser calculadas, tanto à tração, quanto à compressão e flexão, conforme os seus elementos assim como parafusos, pinos e outros componentes de fixação, também ao cisalhamento.
Pequenas ferramentas de repuxo cilíndrico são relativamente fáceis de serem feitas, mas lembre-se, há tolerâncias de partes envolvidas, que são críticas e das quais dependerão a qualidade do produto.
Sugiro consultar o livro "Estampado em el frio de la chapa" de Mario Rossi ou o "Ferramentas de corte dobra e repuxo - Estampos" de  Sergio da Cruz.

Olá Paulo,

Estamos no mesmo barco... Custos altos de ferramental...
Alguns conselhos de quem tem 37 anos de cavacos, papel e tela de computador. Esqueça a fundição de alumínio em coquilha. Eu já apanhei muito com fundição de alumínio. Na maioria das vezes, o que você consegue é um "Sonrizal" que borbulha por todo lado quando mergulhado na água. Ainda estou pra ver uma fundição decente de liga leve que não seja por injeção a pressão ou centrifugado.
A injeção em plástico, se for terceirizada pode ser uma tormento também. Ou você paga o alto custo de um bom prestador de serviços de injeção ou corre o risco de ter seu molde frequentemente danificado, até que ele se torne imprestável para uso. Fora outros problemas inerentes ao processo, já que as variáveis envolvidas são muitas.
Eu ficaria com a estampagem. Mas se a peça puder ser fabricada em plástico e considerando a espessura de 2mm que mencionou, são seria viável o processo de conformação por vacuum forming ou mesmo modelação por prensagem a quente, a partir de uma chapa de ABS?