Olá Ivan;
Vou detalhar um pouco a minha experiência (pode servir a algum colega).
Geralmente eu fundia na sexta-feira após as 18 horas, uma média de 400 a 600 peças por sessão. Meu forno era semi-enterrado no solo.
A matéria prima; era sucata coletada em ferro-velho (geralmente pistão e caixa de cambio de gordini); a borra era separada e vendida para um cara de São Paulo quando havia em quantidade. O combustível era óleo queimado adquirido em posto de gasolina.
A coquilha; uma das partes ficava fixa num poste de madeira, numa posição ergonômica, a outra (a do cabo, ficava mergulhada num balde com água ao lado) não havia pré aquecimento porque logo na primeira já esquentava.
Em processos contínuos o maior problema é evitar que o molde esquente (daí o balde com água). quanto mais rápido houver a solidificação no molde melhor.
O processo; encaixava a coquilha, com uma caneca retirava o alumínio do forno vertia no molde, abria e enfiava a metade no balde, com um alicate retirava a lança (que ficava levemente presa) na metade do poste; fechava a coquilha e recomeçava novo ciclo.
Depois os canais eram quebrados, as peças rebarbadas e escovadas; posterior era furado o encaixe conforme o gradil do cliente.
Foi a quase 30 anos atrás; hoje lamento ter me desfeito desse equipamento; mas a época foi até bem justificado; meu sócio não queria mais continuar, tomava todo o meu fim de semana e houve uma redução nos pedidos, vendemos tudo por uma boa oferta de um cliente de Porto Ferreira.
Abraços...