Concordo de que o "cara" não pensa muito em socar a marreta em tudo o que vê pela frente sem antes tentar concertar.....é um estrago enorme, mas no país onde ele mora as maquinas são bem mais baratas do que as nossas aqui então de certa forma dá para fazer alguns estragos sem doer muito no bolso, mas eu mesmo não teria coragem para fazer isso.
Discordo, por inúmeros motivos:
- Ele gastou tempo e dinheiro pra fazer essas bobagens. Por exemplo, a serra custou o equivalente a R$1000, e os tornos ele dirigiu 5 horas pra buscar.
- Uma pessoa que gosta de oficina e não tem nenhum torno e nenhuma fresadora, não destrói essas máquinas assim sem ter uma funcionando antes, a menos que seja muito estúpido. Ele continua não tendo nenhum torno e nenhuma fresadora.
- Algumas dessas máquinas (especialmente os tornos Reed) tinham valor histórico, esse tipo de gesto mostra um completo descaso pelo trabalho que deu fazer uma máquina daquelas, por tudo o que já passou por ela e pelo que ela poderia fazer. Inteiras, elas poderiam ter destino mais digno. Desmembradas, vão pra fornalha.
E ele até queria consertar (pra isso que ele gastou tempo e dinheiro), mas mesmo reparos simples parecem estar além do que ele está disposto/consegue fazer. O talento que ele tem é pra estragar coisas.
Recomendo fortemente que você ignore tudo o que vem de lá.
Note que nas fotos o queimador dele está na bancada. O meu maçarico tbm funciona em sua capacidade máxima sem ventilação forçada a céu aberto, daquele jeito. É pra isso que a Jackwal projetou ele. Mas empurrar a mistura em uma câmara obstruída é uma coisa muito diferente. Sem ventilação adicional, a quantidade de gás que posso liberar sem apagar é suficiente para derreter parafina. Além disso, considero importante que vc além de insuflar ar, possa controlar o fluxo de forma independente do gás. Isso permite conseguir uma queima muito mais estável, isso sem falar em atmosfera redutora e oxidante. Nas fotos não dá pra ver, mas tem um dimmer na extensão em que o soprador está ligado (motor universal). A propósito, comprei em uma sucata, tá cheio dessas coisas por aí. E dá pra adaptar outras coisas, como motor de aspirador de pó invertido.
Um queimador que dependa de efeito venturi pra puxar a quantidade adequada de ar está muito mais sujeito a problemas, ainda mais com o projeto vindo dessa excelente fonte.
Quanto ao tamanho da câmara, o tamanho adequado é o menor possível que permita vc enfiar o cadinho/panela com a quantidade que vc quer com uns 30mm de folga em cada lado. Quanto maior, mais energia necessária para chegar à temperatura. Pessoalmente, acho que o diâmetro tá legal, e a altura (500mm interno, é isso?) está um pouco grande. Mas a minha dúvida mesmo é se aquele queimador dá conta desse volume.
Uma dica que vi em todos os lugares é a de usar tijolo refratário quebrado pra fazer o revestimento. O coeficiente de dilatação dele é muito menor do que da argamassa (mesmo com cimento refratário), então a chance de trincar é muito menor. Quanto à manta isolante, se vc fizer paredes de uns 30mm ou mais, acho complicação desnecessária (e prato cheio pra imprevisto?).
Um livro com boas orientações que usei como referência é "Building a Gas Fired Crucible Furnace", do Gingery. Encontrável eletronicamente por aí...