Brenk,
Este é um assunto interessante, mas ao mesmo tempo difícil de discursar por causa da complexidade que o envolve...
O que quero dizer é que por exemplo, quando se desenha uma peça, o projetista deve levar em consideração o papel que ela desempenhará na mecânica - se atuará isolada ou em conjunto com alguma outra montagem...
Isso diz a ele por exemplo quais serão as necessidades de usinagem - se de todas as faces, ou só daquelas que entrarão em contato com outras...
Serão estas necessidades e ligações que dirão por exemplo quais as tolerâncias que se deve usar, pois afinal, são as cotas e seus grupos de tolerâncias que irão apontar os diversos graus de acuidade que tais peças deverão ser fabricadas...
São estas tolerâncias que irão ditar o custo final do serviço por exemplo, pois uma coisa é fazer um faceamento pura e simplesmente, e outra coisa é fazer a mesma peça só que com tolerâncias de planicidade, paralelismo, esquadro e acabamento superficial altos, pois isso influencia a preparação de máquina e ferramental específico, bem como fixações e em especial as táticas de fabricação que deverão ser adotadas...
Te dou um exemplo simples de como são as coisas...
Lembra-se a muito tempo atrás que eu fiz uma máquina com buchas, e muitos daqui tentaram (e se não me engano vocvê também) e não gostaram dos resultados, dizendo que no geral não funcionava bem ?
Posso estar errado, mas muito provavelmente o insucesso foi decorrente das técnicas usadas para fabricação das peças - e vou mais longe - o conceito construtivo (e a geometria) das peças influenciam em demasia no sucesso ou fracasso desse tipo de montagem...
Lembre-se do sequinte:
Antes de existir eixos e guias lineares com rolamentos, se usavam buchas e rabos de andorinha - e funcionavam perfeitamente...