Olá Ivan,
Sou óptico (dentre outras coisas) especializado em instrumentos (telescopios, microscopios, etc) e estou montando uma estação de PVD (physical vapour deposition) que é o processo de sublimação de alumínio no vácuo para a produção de espelhos para telescópios e recobrimento anti-reflexivo em lentes.
A pressão de trabalho na câmara e da ordem de 5 x10 a -6 Torr ou menor.
O processo em termos teóricos é simples, mas transforma-lo em um processo com qualidade total (para óptica) é algo extremamente complexo.
De quebra, você precisa de duas bombas (uma mecanica rotativa) e outra para alto vácuo, difusora a óleo, criogênica ou turbo-molecular.
Válvulas, tubulação, câmara, tudo em inox 304 preferivelmente.
Passadores de condutores vedados, juntas de Viton (juntas não podem soltar gases no vácuo), graxa Apiezon, um transformador (maquina de solda) de 80 a 150 A, uma fonte de alta tensão (13.000 V de transformador de neon) para a limpeza por ionização, aquecimento da cãmara (IR ou camisa d'agua quente) e eventualmente um crio trap, ou seja um sistema com Ni liquido ou água gelada para condensar as eventuais particulas de oleo da bomba difusora que escapam para a câmara (isso nem sempre é necessário).
Caso o substrato do refletor seja plástico, o processo escolhido deverá ser em atmosfera controlada, conhecido por Sputtering, que é a deposição da camada reflexiva não através da evaporação térmica, mas aceleração ionica usando um sistema Magnetron. Nesse caso o gas da cãmara será inerte ou não dependendo do material usado. Plasticos não servem para evaporação a vácuo porque simplesmente eles não permitem a formação do vácuo, vez que desprendem moleculas quando a pressão cai.
Sputtering exige componentes eletrõnicos de alta tensão e frequencia, bastante sofisticados e indisponíveis no Brasil.