Sandro,

Amigos,
Encontrei um site interessante (www.piminmo.com), creio que Dinamarquês, onde há um projeto bem simples de uma controladora simples (sem chopper) tipo STEP DIR utilizando apenas 3 PICs 12C508 e 12 transistores MOSFET. Estou iniciando a montagem desta placa (inclusive já baixei o código .hex para gravar nos PICs , etc.) porém recentemente descobri um desenho com alteração do projeto. No original o pino do port do PIC está ligado direto ao GATE do MOSFET que por sua vez chaveia o (GND) das bobinas do motor unipolar sem diodos de "roda livre". Ocorre que na alteração são colocados diodos "roda livre" e um resistor de 100 ohms entre o pino do  PIC e o GATE do transistor. Alguém pode dar opinião se estes componentes são necessários?
Desde já agradeço qualquer orientação dos mais experientes e para os menos deixo a dica deste projetinho simples.
Abraços!!

Este circuito é bem simples e de baixo desempenho, pois não mede e nem permite controlar a corrente do motor, além disso, os diodos da maneira em que estão ligados vão limitar a tensão no corte dos transistores a +Vcc, o que reduz consideravelmente a taxa de decaimento da corrente, limitando o torque. Além disso, aparentemente usa a mesma tensão para alimentar a lógica e o motor, o que pressupõe uma tensão baixa para o motor.

Em resumo, é um driver para baixas velocidades e torque limitado.
 
Quanto ao resistores ligados aos gates, servem para limitar a corrente na saída do PIC. Dependendo do FET, ou melhor, da capacitância de gate e da tensão Vgs de saturação, o PIC não conseguirá acionar adequadamente os FETs. Nesse aspecto, a escolha dos FETs deve ser feita com cuidado (baixa capacitância de gate e baixa tensão de saturação de gate).

a) O controle de corrente do motor é feito em outra placa, tipo R-Evolution utilizando o LM317T a exemplo da que uso com uma velha PHASE DRIVE que fiz, obtendo um resultado satisfatório para minhas necessidades. Você acha que este artifício também ajudará na performance desta placa?

Sim, um controle linear é melhor que nenhum controle de corrente. Mas o seu diagrama me parece estar errado, pois a tensão Vcc que alimenta os motores é a mesma que alimenta o PIC. Se houver controle de corrente externo, a tensão Vcc é oriunda do LM317, desse modo, esta tensão vai variar imprevisivelmente, o que danificaria o PIC.

b) Vou utilizar motores pequenos (5Kgf de torque, unipolares, 1.6A por fase) e pelo que vi no projeto inicial desta placa foi utilizada com sucesso sem o uso de diodos (creio que por serem transistores MOSFET), no meu caso devo usar o IRLZ 44. O que você acha de usar sem os diodos?

Esse circuito deve funcionar sem diodos, o que auxilia no amortecimento da corrente no corte dos MOSFETs.

O IRLZ44 suporta 60V de tensão (de avalanche) dreno-supridouro, isto que dizer que não deve exagerar com uma corrente e tensão muito altas no motor, o que poderia gerar uma força contra-eletromotriz (a tensão nos terminais do motor quando o MOSFET corta) elevada e queimar o MOSFET por sobretensão. Não sei lhe dizer qual seria "o máximo", pois vai depender da tensão de alimentação do LM317, da corrente ajustada no LM317, da frequência de acionamento do motor (velocidade), da indutância e da resistência do motor. Dando um "chute", tente usar tensões da ordem de 12 a 24 V (< 0.5 * 60V), mas a corrente e a indutância "pesam" nesse caso.

Prezados Gil e João,

Fico muito grato pelas orientações e dicas, serão de grande valia.
Assim que conseguir concluir a placa e testá-la, retorno aqui no nosso fórum para informar os resultados que obtive, caso possa interessar a outros colegas.

No que puder ser útil, fico a disposição de vocês.

Abraços, Sandro.