Em linhas gerais, o torque num motor é proprocional ao produto N x I, onde N é quantidade de espiras do enrolamento (uma fase, por exemplo) e I é a corrente que circula no enrolamento.
Asssumindo como referência um motor de passo unipolar de 8 fios (pode ser ligado como bipolar), onde cada fase possui N espiras, resistência R, tensão E, corrente I e gera um torque T, teremos:
Potência Dissipada = E x I = R x I2 e R = E / I.
Ligação Bipolar Série:
Ao ligar dois enrolamentos em série, Ntotal = 2 N, porém a potência total dissipada nos enrolamentos (P = 2 x R x I2), pode causar sobreaquecimento e perda de isolamento ou curto no enrolamento, portanto, deve estar limitada à potência de um enrolamento apenas. Ao ligar dois enrolamento em série, N dobra e R dobra, mas como a potência deve ser mantida a mesma de um enrolamento (fase), I deve se reduzir a x1/Raiz(2), com isso o torque (N x I) aumenta para (2 x 1) x 0,707 = 1,414.
Ligação Bipolar Paralela:
Ao ligar dois enrolamentos em paralelo Ntotal = N, porém a potência total dissipada nos enrolamentos (P = 2 x R x I2), que pode causar sobreaquecimento e causar perda de isolamento ou curto no enrolamento, deve estar limitada. Ao ligar dois enrolamento em paralelo, N se mantem e R cai metade, mas como a potência deve ser mantida a mesma, I (corrente total dos enrolamentos em paralelo) pode aumentar em xRaiz(2) em relação a corrente de uma fase apenas, com isso o torque (N x I) aumenta para 1 x (2 x 0,707) = 1,414.