Rafael,

Como se trata de uma fresadora, há algumas maneiras de fazer a coisa.

Uma delas é o que se chama "Rigid Tapping" (rosqueamento "duro") usando um comando G84 que apenas sincroniza um movimento vertical com a rotação do motor da ferramenta.
Para isso se coloca um sensor (contador) de rotação no eixo-árvore e o programa de controle faz o resto.
Normalmente requer uma faixa de rpm baixa - na casa dos 400 rpm e claro torque suficiente para acionamento do macho-máquina.

A outra necessidade é que o motor de acionamento da ferramenta posso ser revertido para extrair o macho.

A outra maneira (um pouco mais complicada e mais custosa) se chama "syncronous Tapping" (rosqueamento sincronizado) e consiste em usar um servo motor como motor de acionamento de ferramenta, e fazer com que os movimentos verticais sejam sincronizados com o fuso.
A diferença é que com este método pode-se "indexar" a rosca isto é - o sistemas "sabe" onde a rosca começou, e tem condições de repetir sem erro pois os movimentos são interpolações de posição emtre o eixo Z e a rotação do fuso....

Assim teriamos um controle de malha aberta na primeira opção e um controle de malha fechada na segunda. Seria isso?

Isso

Gostaria de relatar um projeto que fiz que talvez possa ajudar. Cujo funcionamento é bastante similar ao de uma máquina de fazer roscas. Foi uma máquina de bobinar transformadores e indutores.

Usei um servo motor DC provido de encoder no spindle e um motor de passo para controlar o guia do fio. Usei um divisor eletrônico (por hardware, na verdade um divisor binário de 16 bits) para sincronizar os dois motores. Também usei um algoritmo de interpolação linear para ajustar a posição do guia com o passo do enrolamento (que é função da bitola do fio, ou se o enrolamento era cerrado ou mais aberto, permitindo até enrolamentos do tipo "ninho de abelha", ....). O meu algoritmo permitia que o PRESET do contador fosse carregado em tempo real, para garantir o sincronismo e a posição exata do guia do fio para qualquer bitola de fio e passo escolhido. Consegui uma precisão muito boa, pois usei um encoder de 200 passos/volta e um sistema tensionador eletrônico de fio. E até hoje essa máquina funciona, após mais de 10 anos.

Jorge,

A máquina, como vcs verão, não é uma rainha de concurso de beleza, mas funciona. De qq modo postarei fotos brevemente, a máquina encontra-se numa fábrica no RJ, mas vou providenciar.

Algumas informações: a placa de controle do tipo ISA, que eu mesmo desenvolvi e montei, possui vários CIs famosos em sua época (Intel 8255, 8254) sendo acessada por um software escrito em C + assembler. A máquina também possui um sistema automático de colocação de filme de acetato entre camadas, pois enrola trafos especiais para alta tensão.

Mas e ai CNC Now . . .

Desculpas, Jorge.

Supondo qualquer uma das opções, o software de controle, tem que ter a capacidade de controlar o motor do cabeçote (correto?). Esse controle seria tanto para a velocidade como para a aquisição de sinal (encoder ou um sensor de rotação)? Então tenho que ter também uma placa (interface/hardware) para esse spindle??

Spiga,

Não seria mais fácil voce dizer o que quer?