Kyonak,
Normalmente as máquinas de usinagem tradicionais tem seus movimentos baseados em um sistema muito eficiente chamado "rabo de andorinha", que tem por características uma excelente robustez e muito pouca folga por serem normalmente ajustáveis, mas em compensação oferecem muito atrito no deslizamento, e que em certos casos é até positivo, mas não no caso de acionarmos estes mesmos movimentos através de motores de passo.
Por causa deste atrito bastante alto, deve-se tentar minimizar as perdas ao máximo, e uma das alternativas que se usa é trocar o fuso normal da máquina por fusos com esferas recirculantes, inclusive porque com isso se diminui drasticamente os problemas de "backlash" das roscas originais.
Para que haja algum compromisso entre velocidade e resolução, normalmente se colocam reduções entre o motor e o fuso, pois além da vantagem de aumentar a resolução, ganha-se alguma coisa em torque, pois os esforços de usinagem são relativamente altos numa máquina dessas.
Se a fresador for uma máquina ferramenteira, normalmente se espera que esta máquina opere "leve" ou seja - em operações delicadas e com baixíssimas cargas em seus eixos, então acredito que pode-se pensar em uma motorização em torno de uns 8 a 12 Nm pelo menos (para fazer bem feito).
Para uma fresadora de desbaste, não aconselho a automação com motores de passo, pois a relação custo-benefício não é vantajosa - aí é melhor pensar em acionamento por servos, pois seriam mais bem empregados e os resulpados bem mais confiáveis...
Em nenhum destes casos se pensa em usar um motor de 18 kgf/cm (1,75 Nm), pois o torque é muito pequeno para isso.