Não duvido e não posso dizer não houve magnetização.
Sim, porque houve.
Apesar de gerar um resultado, o método me pareceu meio ortodoxo, pra não dizer "nas coxas"...
Antes de pisar na barata, é necessário calcular a altura exata à qual o pé deve ser levantado (naturalmente, considerando a massa da perna, a gravidade local e algumas outras coisas), ao mesmo tempo garantindo a explosão das tripas e evitando o gasto desnecessário de energia.
Perdoe a brincadeira, não quero fazer pouco do formalismo e do rigor, mas acho que numa finalidade fundo-de-quintal dessas e eum uma primeira "cheirada" no assunto não há problema em ser pouco ortodoxo.
(1) Atentar para o sentido do enrolamento e da corrente elétrica, acredito que o objetivo é restaurar o campo, mantendo a orientação original e não invertê-lo, pois existe o risco de reduzir o campo existente ao invés de aumentar.
Do ponto de vista do estator, a inversão do campo do rotor não é problema - se fosse, eu não poderia ter ivertido o rotor e remontado.
Do ponto de vista do próprio rotor (perdoem o animismo), entendo que seu eu saturar no outro sentido ele será remagnetizado no outro sentido.
Podendo escolher, claro que prefiro tentar reforçar o mesmo, ao invés de inverter. Mas os testes que eu imaginei para verificar a polaridade envolviam encostar um imã, e queria evitar possibilidade de contaminação com limalhas. Além do que eu ia precisar fazer e anotar umas 3 vezes para relembrar e aplicar a regra da mão direita à situação, além de algum servicinho para arbitrar pólos ao imã de teste (quem é norte, quem é sul?
). Assim, achei que não valia à pena para este simples teste. Mas é algo perfeitamente realizável.
(2) A intensidade de campo é função da corrente e da quatidade de espiras. No "instante do curto", a corrente é função da indutância, da resistência do fio e da tensão, basicamente. Quando voce enrola "trocentas espiras", esse processo não possui muito controle e os resultados podem ser inesperados.
Eu só fiz porque tinha alguma referência de grandezas das quais partir: 8 metros de fio 23 AWG, 240VAC, 0,5 Ohm - mérito do Sr. Jim Cox, autor do livro citado. Obviamente, o comprimento do fio e a ordem de grandeza do diâmetro dos motores aos quais a coisa se aplica levam a um número de espiras aproximado.
Para haver um pico de corrente, o ideal é um sistema de descarga capacitiva e tensões de centenas a alguns milhares de volts.
Sem dúvida, e meu carro ideal é uma Maserati.
Mas um "curto" ás vezes também funciona. Mas, se enrolar muitas espiras a indutância aumenta e a corrente não aumenta tão rápido (o campo impulsivo pode ser menor), se enrolar de menos, o campo também será menor.
Daí a importância de ter algum ponto de partida.
(3) Deveria haver algum controle de qualidade, que no seu caso, foi a tensão em vazio, gerada pelo motor a uma certa rotação. Pode "dar pro gasto", mas imagino que as características originais do motor não sejam as mesmas, no que diz respeito a uniformidade e simetria do campo magnético no rotor.
No fundo, medindo (ainda que apenas de forma comparativa) a tensão em vazio e o torque (não despreze a precisão do meu sistema indicador/polegar opositor
), e havendo verificado outras características (não sobreaqueceu, não perdeu passos), não estou verificando o que interessa?
É claro que a coisa toda foi feita de uma forma grosseira - mas que funciona, e para fazer a segunda vez de que preciso (o outro motor desmagnetizado) tá valendo fazer exatamente da mesma forma.
Se fosse aperfeiçoar, os pontos seriam:
- Arrumar uma montagem menos agressiva, sem forçar as instalações (provavelmente recorrendo a capacitores, ou então usando instalação dedicada o mais apropriada possível para isso)
- Elaborar um procedimento para medir o torque do motor em condições controladas
- Montar um procedimento para identificar os pólos do motor, garantindo que a montagem respeite a polaridade.
- Refazer o teste procurando a menor corrente suficiente para saturar o rotor, buscando não queimar os diodos e minimizando a energia envolvida.
- Repetir o processo para motores de diferentes tamanhos e características, variando as variáveis conforme tempo disponível.
- Plotar as curvas e fazer a ajustagem, sintetizando o método em algumas formuletas.
O problema é que isso tomaria meses das minhas horas vagas, e eu tinha pouco mais de uma hora.