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MECÂNICA => Motores em Geral => Tópico iniciado por: Fred_DASP em 13 de Maio de 2010, 22:10
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Vi um topico perguntando qual a velocidade maxima de um MP
Sempre há aquela coisa de velocidade em vazio... depende da eletronica... terêrê, tarárá... que todos* ja sabem.
A questão aqui é mais curiosidade.
Vi em alguns datasheets, a tensao máxima é de 500 volts dado o isolamento do verniz.
A corrente como sabemos tem q ser constante - mas quem sabe um pouco de sobre-corrente pa dar um gás mais por um periodo curto de tempo.
Frequencia de sinal nao é problema... um gerador interno do processador/fpga/microcontrolador/dsp
Sinal talvez senoidal ou quase / pra aliviar a inercia... (aka micropassos)
Entao baseado nessa eletronica possível mas ainda nao vista (por mim), poderia colocar quantos RPM em um Motor de passo?
É calculável ou só um achismo até que se tenha na prática?
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É calculável ou só um achismo até que se tenha na prática?
É calculável, desde que se disponha de todos os dados necessários, o que nunca acontece ...
Vc já deve ter visto algum comentário sobre velocidade máxima, sua pouca importância ... o que interessa mesmo é a curva de torque ... penso que qualquer esforço no sentido de estudar motores de passo seria melhor empregado na construção de um instrumento assim ... é o que estou fazendo, muito lentamente, mas um dia a coisa funfa ...
Acho que vale comentar tb que os limites não são apenas os elétricos, mas tb mecânicos. Já detonei rolamentos ao acionar motores a velocidades muito elevadas ...
Causo: se a memória não me trai, acionei um par dos omnipresentes 23LM-C004 a 50kHz ... não estou certo do modo, meio passo ou passo cheio, a velocidade de rotação seria de 7.500 rpm no primeiro caso, 15.000 rpm no segundo, que é o mais provável em função da falha dos rolamentos. Creio que a tensão da fonte era de 60 ~ 70V, corrente nominal de 1,2A.
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Apenas como comentário para complementar o dito pelo Jorge, essa estória de velocidade máxima começou meio que sem querer quando algumas pessoas estavam usando uma eletrônica nada eficiente, e passamos a usar acionamentos "chopper" para conseguir uma melhor desempenho...
Consgeuimos naquela época ganhos substanciais em velocidade e no torque disponível "em relação À aquela eletronica nada eficiente", devido à vantagem da alimentação em tensões mais altas, mas a consequencia disso é que se criou a ilução que quanto mais rápido, melhor...
Ledo engano - como bem citado, o que importa é a curva de torque do motor e a aplicação.
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Fábio,
quanto mais rápido melhor, não é exatamente uma ilusão, se for possível usar um motor com rotação mais alta e uma redução maior esse motor fará o serviço de um motor mais potente e caro, mas claro dentro de limites razoáveis, como o Jorge experimentou rotações muito altas detonam os rolamentos fácilmente, os rolamentos usados nesses motores não são para alta rotação
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quanto mais rápido melhor, não é exatamente uma ilusão, se for possível usar um motor com rotação mais alta e uma redução maior esse motor fará o serviço de um motor mais potente e caro, mas claro dentro de limites razoáveis...
Gilberto, eu respeito muito suas opiniões e experiência, mas neste caso em especial eu peço que me desculpe, mas isso não é uma regra nem se pode aceitar como completamente correto!
Se fosse assim, todos os problemas estariam resolvidos - bastaria colocar redução em tudo e usar motorização pequena e rápida, mesmo respeitando os tais "limites razoáveis" que cá entre nós não sabemos quais são porque não há mensuração condizente com nenhum tipo de padrão comparativo.
Tenho a sensação que você está afirmando isso devido à sua experiência com sua máquina acionada por cabos de aço, onde tem certas características reunidas que poderiam ser comparadas à certos acionamentos com um ótimo rendimento, mas só isso.
, como o Jorge experimentou rotações muito altas detonam os rolamentos fácilmente, os rolamentos usados nesses motores não são para alta rotação
Muito provavelmente se estragaram não por causa das tolerâncias de fabricação, que são altas diga-se de passagem, mas provavelmente porque não houve vedação suficiente que impedisse a entrada de alguma sujidade e mais provavelmente ainda, devido às altas temperaturas que talvez o motor tenha trabalhado, que isso tenha prejudicado de alguma forma os lubrificantes usados nos mesmos, que podem ter tido sua vida útil diminuida ou mesmo sua composição alterada e dessa forma tenham perdido suas características lubrificantes...
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Muito provavelmente se estragaram não por causa das tolerâncias de fabricação, que são altas diga-se de passagem, mas provavelmente porque não houve vedação suficiente que impedisse a entrada de alguma sujidade e mais provavelmente ainda, devido às altas temperaturas que talvez o motor tenha trabalhado, que isso tenha prejudicado de alguma forma os lubrificantes usados nos mesmos, que podem ter tido sua vida útil diminuida ou mesmo sua composição alterada e dessa forma tenham perdido suas características lubrificantes...
Fábio, a experiência não foi conduzida com rigor, foi mais uma brincadeira e os motores não eram novos, portanto a hipótese de contaminação é bem plausível, reforçada pela rapidez com que o dano ocorreu - cerca de uma hora e pouco - mas é de se esperar que rolamentos / lubrificantes não especificados para altas rotações redundem em danos ...
Não creio que o prob seja atribuível ao aquecimento do motor, modesto nas condições do teste, mas ao aquecimento dos rolamentos - o que pude verificar - creio que devido menos aos rolamentos em si e mais ao lubrificante inadequado.
Talvez eu ainda tenha por aqui esses motores, vou dar uma espiada, quem sabe seja possível uma autópsia ... ;D
De qualquer modo, creio que os rolamentos originais não seriam adequados a essas velocidades, mas isto não deve ser difícil verificar.
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Jorge,
Eu entendí suas colocações à respeito dos testes.
Penso que "talvez" a temperatura tenha seu papel sobre um lubrificante não muito adequado ou que tenha perdido suas propriedades ao longo do tempo de prateleira ou mesmo de uso do motor...
Sobre a qualidade do rolamento? bem, pode ser que o material não teria sido o mais adequado, pois sabemos que há na indústria obsolecência programada...
Tolerâncias construtivas ruins? acho dificil, porque sabemos que a distância entre rotor e corpo externo é muito pequena e é necessário uma boa acuidade do rolamento, do eixo e das usinagens das carcaças para manter as menores distancias possíveis, então é por isso que eu acho que a construção do rolamento não deve ser das mais baratas...
Olha, de acordo com alguns catálogos e manuais de fabricantes de rolamentos que eu tenho aqui, as faixas de velocidades que pequenos rolamentos suportam são bastante mais altas do que a grande média de rotações que experimentamos, mas é claro que isso depende de uma série de fatores - um deles é a montagem das cargas e a distribuição dos esforços descarregados sobre os rolamentos - estas, se não forem bem feitas poderão destruir os rolamentos por melhores que sejam...
Eu tô apostando umas louras geladas e uma morena quente que a coisa é dupla ou pode ser tripla - esforços e lubrificantes e adicional sujidade, apesar das proteções zz, que não são em labirinto
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Eu lembro daquela época dos testes de velocidade - chegamos a coisa de 45 ou 50 KHz de acionamento... que meleca :)
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Não existe milagre, a potência e o rendimento não sai do nada, cada projeto necessita de uma analise criteriosa de qual é o melhor motor para a aplicação. Como bem dito, a analise da "curva de torque x rotação" e o custo benefício, deve ser congruente com a necessidade.
Sobre rolamento detonar em alta velocidade, provavelmente foi devido ao calor gerado pelo atrito de rolamento que expulsou ou deteriorou o lubrificante nas superfícies de contato da pista de rolamento, aliado a outras causas (lubrificação inadequada ou insuficiente, desgaste, sujeira, etc...)
Abraços...
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Não existe milagre, a potência e o rendimento não sai do nada...
Pois é - eu entendí a afirmação do Gilberto, que tem na máquina dele certas características específicas - baixíssima inércia não só das partes móveis, mas também dos acionamentos em sí.
Imagine a inércia de um fuso de esferas recirculantes de 1500mm de comprimento e 20mm diametro! - é por isso que tem motores comeixos empenados e quebrados por aí... e tem gente usando aqueles acoplamentos elásticos de FoFo, que aumentam ainda mais os problemas... :)
Por mais que o rendimento de um fuso de esferas seja alto (na casa dos 92%), há os problemas de acelerações e frenagens que o motor obrigatóriamente precisa vencer!
No caso dele que usou cabos de aço, um motor pequeno foi suficiente porque não tem a inércia de um fuso pesado - só dos carros...
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Olha, de acordo com alguns catálogos e manuais de fabricantes de rolamentos que eu tenho aqui, as faixas de velocidades que pequenos rolamentos suportam são bastante mais altas do que a grande média de rotações que experimentamos...
Tô sabendo ... ;D
Eu tô apostando umas louras geladas e uma morena quente que a coisa é dupla ou pode ser tripla - esforços e lubrificantes e adicional sujidade, apesar das proteções zz, que não são em labirinto
Pois é ... acho que os esforços não são grandes, a sujeira certamente não ajuda, mas eu dedicaria minha atenção ao lubrificante se tivesse que dar um jeito no troço ...
O papo me deu vontade de destruir mais alguns motores ...
Let´s blow something up ! como diria o Adam Savage ... ;D ;D ;D
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Pois é ... acho que os esforços não são grandes...
Olha Jorge, não se engane não!
Os esforços que incidem sobre o eixo e os rolamentos num motor mau montado são de arrepiar cabelo de careca!
Eu não tenho como mensurar, mas imagine que é capaz de quebrar um eixo de aço prata 52100 de 6mm com uma boa facilidade - olhe os casos recentes de alguns motores do Vladimir...
..., a sujeira certamente não ajuda, mas eu dedicaria minha atenção ao lubrificante se tivesse que dar um jeito no troço ...
Tô querendo concordar com você...
Let´s blow something up ! como diria o Adam Savage ... ;D ;D ;D
He, he, he... vai sair cheiro de fumaça na masmorra...
Olha que coisa legal - um dispositivo para lubrificação forçada de pequenos rolamentos...
(http://www.cnccookbook.com/img/OthersProjects/Tools/greasersketch.jpg)
(http://www.cnccookbook.com/img/OthersProjects/Tools/greaser14.jpg)
(http://www.cnccookbook.com/img/OthersProjects/Tools/greaser15.jpg)
Pelo que eu entendí não se deve usar pressão da engraxadeira muito alta, sob a pena de deformar as capas e com isso estragar o rolamento.
Funciona com capas metálicas (ZZ) e não com retentores (RS)
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Fábio;
Legal o dispositivo, gostei. Só tem o inconveniente para rolamentos de altíssima rotação porque o excesso de graxa pode ser mais prejudicial do que a insuficiência, a quantidade de graxa em rolamentos de alto giro, deve ser a mínima necessária.
Abraços...
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Olha Jorge, não se engane não!
Nah, não tô me enganando ... eu me referia ao teste ... ;D
Olha que coisa legal ...
Legal mesmo !
Pelo que eu entendí não se deve usar pressão da engraxadeira muito alta, sob a pena de deformar as capas e com isso estragar o rolamento.
Com certeza, os anéis de vedação são bem fininhos e frágeis, deformam com facilidade ...
Pra constar dos autos: já recuperei grosas desses rolamentos retirando as capas. Os rolamentos eram de copiadoras Xerox, eram contaminados por toner... bons tempos aqueles ...
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Isso me fez lembrar de uma solução que eu fiz para uma retifica de precisão, para agulhas de carburadores, Os rolamentos eram de contato angular e par casado de altissima precisão, cariissimos, mas duravam pouco,era dificil segurar a a graxa devido a alta rotação e sempre entrava uma fagulha de esmeril no mesmo, apesar dos retentores, a solução encontrada foi injetar oleo no meio do mancal por um bomba de pressão , assim os rolamento mantinhão se lubrificados e impediam a entrada de sujeiras, so tinha um porem, o retorno do oleo tinha que ser bem filtrado, usavamos dois filtros , que eram trocados periodicamente
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...pois sabemos que há na indústria obsolecência programada...
E a cada ano ela está mais estudada e estruturada...
Chega a ser impressionante a precisão (Aqui, nada de acuidade ;D) da industria com a vida útil dos materiais usados.
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a industria atualmente devido à concorrencia acirrada prefere a adotar o modelo asiático em geral, isto é fornecer um produto com o menor preço possível, nesse caso precisão, durabilidade e confiabilidade vai para o brejo.
outro grande problema é a tapeação do vendedor, voce tenta comprar um produto de melhor qualidade paga um preço elevado e leva o mesmo produto inferior, e claro os políticos dizem que estamos em um mundo cada vez melhor, com impostos sempre mais baixos
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Uma curiosidade que gostaria de saber e não achei ou eu não soube interpretar, é
qual potencia de motor de passo substituiria um motor monofasico de 1/4 hp / 1700rpm ?
grato
Roberto
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Uma curiosidade que gostaria de saber e não achei ou eu não soube interpretar, é
qual potencia de motor de passo substituiria um motor monofasico de 1/4 hp / 1700rpm ?
1/4 hp = 186 W ...
Falar em substituação neste caso não é lá muito apropriado ... qual é a aplicação que tem em mente ?
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êita q minha pergunta foi longe!!!
a foi respondida e desdobrou-se em outra coisa q nem sei mais oq...
Mas ta divertido. Valeu pela resposta pessoal!
Continua aí...
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Sir Jorge
Acho que talvez a pergunta é meio incoerento, mas para o uso num micro torno eu senti que se usar um monofasiico de 1/4 hp, da a impressão se usar um outro de 200w com escovas não da o mesmo rendimento e qual seria o motor de passo que seria equivalente, pois seria (talvez) mais facil controlar a velocidade e ter mais acuidade ou ter mais certeza de rotação.
Tenho visto motores 15kgf, 32kgf, etc. mas não consegui achar a relaçao com hp ou watts.
Abraço Roberto
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... para o uso num micro torno eu senti que se usar um monofasiico de 1/4 hp, da a impressão se usar um outro de 200w com escovas não da o mesmo rendimento ...
Roberto, as piores crises de urticária que tenho sofrido são provocadas por certas palavrinhas ... a pior delas é precisão, a segunda pior é rendimento ... são termos com que pretendemos dizer tudo e que não dizem nada ... pelo menos não quando desacompanhados dos indispensáveis complementos ...
A que exatamente vc se refere ? Que rendimento é esse ?
... qual seria o motor de passo que seria equivalente ...
A rigor não há equivalente ... o comportamento de motores de passo, de indução e universais é bastante diferente ...
Certamente eu não escolheria um motor de passo para acionar um torno, exceto para alguma aplicação muito especial, diferente da usinagem convencional. As forças de usinagem em um torno variam uma barbaridade e o muito facilmente poderia ocorrer stall (perda de sincronismo e consequente parada do motor).
... seria (talvez) mais facil controlar a velocidade e ter mais acuidade ou ter mais certeza de rotação.
E pq vc tá tão preocupado com isso ? Em um torno a velocidade de rotação da placa não é algo muito crítico ... um motor de indução acionado por um inversor é uma solução que oferece boa relação custo / benefício e é o que tem sido adotado, tanto para aplicações amadoras quanto industriais. É bom lembrar tb que a grande maioria dos tornos não oferece um controle de velocidade muito granular, mas apenas velocidades escalonadas pelas polias e funcionam muito bem assim.
Tenho visto motores 15kgf, 32kgf, etc. mas não consegui achar a relaçao com hp ou watts.
Uma aproximação pode ser feita considerando que os motores de passo são máquinas de potência constante, portanto o torque é inversamente proporcional à velocidade (potência é o produto torque x velocidade).
Mas é mais fácil considerar apenas o torque desenvolvido a uma dada velocidade. Compare as curvas torque/velocidade dos motores de passo vs. os de indução vs. os universais e verá claramente as diferenças.
O link abaixo é um bom ponto de partida:
http://www.electricmotors.machinedesign.com/guiEdits/Content/bdeee11/bdeee11_7.aspx
http://www.electricmotors.machinedesign.com/BDEList.aspx
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Obrigado Jorge
vou estudar.
Roberto