Bão, vamos pensar um pouquinho sobre a famosa variação do torque, imaginando o funcionamento de um motor ...
Pra gravar na pedra: a corrente sempre leva o mesmo tempo pra chegar ao máximo, não importa a velocidade do motor.
Imagine, como gráfico da corrente, uma rampa, sempre com a mesma inclinação, subindo, quando o enrolamento é energizado, descendo, quando é desenergizado e um platô representando a corrente máxima:
Pra simplificar, vamos imaginar um motor alimentado sob tensão nominal, parado e neste caso é fácil deduzir que a corrente tb será a nominal e o torque tb, não é ? Só vemos o platô ...
Resolvemos colocar o motor pra rodar, mas bem devagar, uns poucos passos por segundo ...
No momento em que alimentamos um enrolamento a corrente começa a crescer e leva algum tempo até chegar ao máximo ... mas esse tempo, comparado com o intervalo entre os passos, ainda é muito pequeno, não observamos alterações no torque, se o medíssemos ainda seria o nominal. A rampa da corrente, na energização e desenergização, é praticamente desprezível, comparada com a longa duração do platô:
Vamos acelerando o motor ... e na medida em que o tempo para a corrente chegar ao máximo torna-se comparável ao intervalo entre passos, a redução do torque torna-se aparente ... a rampa é perfeitamente visível, o platô bem curto ... Pq o torque se reduziu ?
Pq estamos chegando a um ponto onde a corrente mal tem tempo de chegar ao máximo e já ocorre outro passo e portanto a corrente média está caindo ... aumentando ainda mais a frequência dos passos, chegamos ao ponto em que a corrente máxima sequer é alcançada __/\__ ... e portanto o torque já se mostra muito reduzido e relação ao nominal ...
Aumentamos ainda mais a velocidade do motor e chegamos ao ponto onde o a corrente média é tão baixa que o torque é insuficiente para manter o motor rodando ... é a velocidade de stall ... o motor perde o sincronismo e para ...
Tá claro que a corrente - e consequentemente o torque - é inversamente proporcional à velocidade ?