Pessoal, só duas observações:
Tem fusos de rosca trapezoidal produzidas por rolagem que são uma kaka! Um exemplo de aplicação delas é em morsas de bancada. Não se prestam para acionamento e posicionamento em máquinas. Os fusos de acionamento de máquinas devem ter qualidade compatível com a exatidão que se busca na operação. Assim, não adianta usar um fuso com rosca que varia 0,05 mm em 50mm em uma aplicação cuja precisão de posicionamento seja de 0,01mm.
Bons fusos de rosca trapezoidais são produzidos por fresagem ou torneamento seguido de retificação, por isso são caros. Muitos seguem especificação de desvio máximo cumulativo no passo, de 0,02 em 300mm!
Fora esse aspecto, como o Gilii disse, o rendimento mecânico dos fusos de esferas recirculantes é inerentemente alto e ainda maior se for fuso de duas entradas, onde o passo é também maior. Por esse motivo, esse fusos não são auto-rentensíveis, ou seja, se a porca (castanha) for pressionada axialmente, o fuso girará. Assim, em determinadas aplicações eles são inadequados, por exemplo para acionamento do carro transversal de um torno convencional, pois a força de corte faria o carro retornar, forçando o giro contrário do fuso, assim que o manípulo fosse largado, a menos que o carro fosse travado por outro meio.