Minilathe,

Pensei em fazer uma proteção sanfonada à princípio, mas por experiência própria, notei que a durabilidade é relativamente curta pois o desenho não favorece a limpeza, e ficam cavacos que destroem as proteções...

Pretendo fazer proteções telescópicas como as originais, só que mais largas...

Alguém sabe como posso fazer uma proteção para o barramento ...

Gil, essa é uma das coisas mais aporrinhantes que conheço na área de CNC ... um pé no saco, sempre ...

Óia, essa é uma daquelas coisas que é difícil e caro fazer de modo que seja durável e eficaz, acho que no mais das vezes, particularmente quando se trata de uma máquina pequena, sem compromisso com produção industrial, o menos ruim é tratar a proteção como algo descartável, a ser substituída de tempos em tempos e indo por aí, dá pra fazer de papel, não folhas de caderno, evidentemente, mas há alguns tipos bastante resistentes, impermeáveis inclusive.

Infelizmente não me lembro da especificação de um tipo que usei há alguns anos, mas a coisa surpreendeu pela durabilidade e era utilizada em ambiente industrial, regime de trabalho 24 / 7 e resistiu mais de dois anos.

Há tb a opção dos tecidos emborrachados, do tipo que se usa em diafragmas, são muito resistentes a abrasão e inclusive ao ataque de solventes, ácidos, álcalis, etc ... não são muito difíceis de achar nem de trabalha e nem muito caros, acho que vale a pena uma visita a uma loja de borrachas e um bom papo. Há tb adesivos muito bons para a coisa e, o que é menos viável, a possibilidade de soldar. No que se refere a este material e tb aos papéis, acabei optando por colar as peças, ao invés de dobrar, isto melhorou uma barbaridade a coisa, eliminando a principal fragilidade, o vinco, a dobra.

Uma outra possibilidade a considerar, que acho muito adequada a muitos casos, são os raspadores, que vc pode facilmente confeccionar em couro, por exemplo, são particularmente eficazes no caso de guias rabo de andorinha, que já são intrinsecamente bem resistentes aos cavacos.

Claro que tudo depende da aplicação, etc etc etc , mas o mundo gira, a Lusitana roda, e acabamos sempre adotando algo assim, ou, adotando nada, o que tb é muito comum e viável em algumas situações.

Gil,

Como foi dito pelos colegas, essa é uma aporrinhação.

Existe um material que era, ou ainda é utilizado em encadernação, ( de um lado liso, e do outro uma trama, ou tecido), que eu penso que serviria a este propósito. Embora eu não saiba o nome desse material, estou fazendo este comentário caso alguém aqui o conheça e possa indicar o nome e mais detalhes.

Caros,

Estão todos de parabéns, muito legal, estou gostando das sugestões...     

A máquina é pequena e acho que se usar a proteção sanfonada, esta deveria ser fina (1 mm no maximo) pra poder dobrar com facilidade (deu trabalho fazer o "origami") e leve. Folha de metal, nem pensar, acho que se for grossa não dobra, se for fina deve partir por fadiga. Gostei da idéia do Jorge, mas pode deixar que não vou usar papel de caderno, como em meu protótipo.... 
 

que tal vc uzar uma fina chapa de aço correndo dentro de uma canaleta feita tira da mesma dobrada em u

Outra opção que gostei (Gilli, Luciano) são as canaletas em U, deslizando uma por baixo da outra, de maneira telescópica. Fáceis de montar e não precisa dobrar nada.

Também há soluções de colocar um tecido ou manta de borracha por cima do barramento (Rubens, Blackmore). Alguém também já me sugeriu usar um tecido de malha elástico, e de trama fechada, e prender nas extremidades, também achei simples e conveniente.

Mas ainda não me decidi.... Se ainda tiverem mais alguma idéia, me avisem 

gostei do origami queria aprender esta dobradura para tentar tratar o papel com um material emborrachante ou dobrar couro fino

Para fazer a proteção sanfonada, ninguém me ensinou, tive de quebrar a cabeça (já meio calejada)... 
Talvez hajam métodos mais fáceis, mas cheguei onde queria. Olhei várias fotos de foles e vi também pessoalmente alguns foles de máquinas ferramenta. Usei os seguintes passos:

(1) Cortei um pedaço de papel com uma largura = largura final do fole + 2 x altura do fole. O comprimento escolhi o maior possível (25 cm), pois posso cortar depois. Usei o seguinte critério para o cálculo do fole: o fole esticado (usando uma abertura máxima de 45 graus nos ângulos do fole, pra poder fechar o fole na volta), mede N x 0,7 x H, onde N é o número de dobras e H é altura da dobra. O fole dobrado mede mais ou menos N x 2e, onde e= espessura do papel, mas essa medida não é crítica, pois o fole não ficará todo dobrado, mas sempre meio aberto. Tracei duas retas no sentido longitudinal, pra guiar as dobras laterais, onde o fole será dobrado depois.
 
(2) Fiz as dobras transversais do fole, usei um papel quadriculado prá facilitar e guiar as dobras e conseguir dobras mais precisas e regulares, acho que um gabarito facilitaria. Dobrei a cada 0,5 cm, como uma sanfona. Com o papel todo dobrado (ficará como uma tira), apertei contra a mesa para marcar os vincos das dobras.

(3) Desdobrei o papel (que agora está todo marcado nos vincos) e fiz duas dobras no sentido longitudinal, usando os traços feitos no passo (1).

(4) Agora a parte mais trabalhosa e que exige o "jeitinho", fui dobrando nos vincos tranversais encadeando as dobras das partes verticais do fole. Explicando: faça uma dobra tranversal e encadeie uma dobra no sentido vertical de cada lado do fole, depois mais uma dobra longitudinal e duas verticais,.... No início dá um certo trabalho, mas vi que existe uma "manha" e até que vai ficando apresentável, mas como niguém me ensinou, queimei a mufa e fiz 4 protótipos até fazer algo de meu agrado...

No final, lembrei de uma tia que tocava acordeom... 

Espero ter passado o que consegui, se ficarem dúvidas, me avisem...

Pessoal,

Olhaí o que eu acabei de achar na Net, um site ensinando a fazer foles para aparelhos óticos. Por que não achei isso antes??? Percebi que há o detalhe da dobra em 90 graus na diagonal. Acho que minha próxima "sanfona" ficará mais apresentável 

http://zeca.astronomos.com.br/pratica/fole.htm

Achei dois tipos (1 e 2 nas fotos) de dobradura para foles, que poderiam ser utilizados. Um deles, fecha (tipo 2) e o outro abre (tipo 1) ao esticar o fole. O que fecha ao esticar o fole parace mais adequado para fazer proteções de máquinas e pela sua forma, parece resistir melhor a esforços. Já vi isso (tipo 2) em máquinas fresadoras e alguns sites.

Ainda não sei se vou usar isso, essa proteção parece pequena e compacta quando recolhida, para a fresadora MF-70. Apesar de algums desvantagens que os colegas bem expuseram aqui.

Fábio,

Bem colocado, ainda não tinha visto sob esse aspecto.

A MF-70 é realmente pequena e estou usando boa parte do curso disponível (estou extendendo um pouco o curso normal), portanto, gostaria de proteger as guias (de alumínio), o fuso e a porca é de plástico, que ficam mais expostos. Acho que a vantagem de fazer esse tipo de proteção simples é que eu poderia trocá-la quando danificar.