Existe mais de um aspecto que deve ser levado em conta neste assunto:
Em um driver unipolar, este “DIODO PARASITA” existente nos transistores MOSFET nunca conduzem, não tem nenhuma função de fato, todavia existem circuitos com diodos externos colocados anti-paralelo com as bobinas do motor, neste caso estes diodos tem como função recircular a corrente armazenada na bobina, ou seja quando o transistor conduz, a bobina armazena uma determinada corrente e em teoria uma tensão equivalente a da fonte de alimentação, quando este transistor para de conduzir, esta tensão e corrente é recirculada pelo diodo externo literalmente curtocircuitando a bobina,
Neste caso como comentado ocorrerá uma redução na velocidade de acionamento pelo fato da bobina não descarregar instantaneamente, por outro lado haverá um ganho de torque.
Não devemos confundir esta configuração com circuitos de proteção do transistor, na pratica, devido o chaveamento da bobina do transistor, a tensão acumulada é muito maior que a da fonte de alimentação, o comportamento de um driver de motor de passo é semelhante a de um conversor DC-DC tipo BOOST, que eleva a tensão, na ausência de um sistema de recirculação de corrente esta tensão tende para o infinito com uma corrente muito baixa, neste caso esta tensão pode exceder a tensão de ruptura do transistor, para protege-la é comum utilizar um diodo externo anti-paralelo em serie com um capacitor supressor ou um zener ou um varistor, mantendo a tensão um pouco abaixo da tensão de ruptura do transistor.
Já no driver bipolar a situação é completamente diferente, este “DIODO PARASITA” existente nos transistores MOSFET tem função0 de recirculação de corrente e é recomendável a utilização de diodos externo em paralelo com os mesmo, pois as correntes recirculadas são equivalente as correntes de condução, o processo de recirculação de corrente em um driver bipolar é relativamente complexo como pode ser visto na figura abaixo:
Espero ter ajudado no entendimento da questão, que não é muito simples.
Celio