Hummm, agora você me apertou. Se tivesse que chutar, e não é o mais indicado, ACHO que poderia manter a temperatura limite QUASE indefinidamente. O QUASE fica por conta da vida útil, que imagino que diminuirá, mas deve ser bem mais que semanas.
Alguém poderia esclarecer esta questão, por favor?
Bom, como muitos aqui sabem, meu forte é termodinâmica, então vou dar minha palavra:
Se a temperatura de trabalho é ate 130ºC o motor pode trabalhar o tempo que for abaixo disso, é mais fácil causar danos trabalhando 50 segundos em 135ºC do que 50 dias em 100ºC por exemplo.
Pode ter acontecido picos de corrente, má ventilação, um g-code que usa muito tal motor, etc...
Creio que a temperatura máxima é baseada no ponto de fusão do verniz (com um certo coeficiente de segurança) sendo assim se atingir temperaturas maiores que 130ºC o verniz derrete e bobina entra em curto. Tenho quase certeza que 130º é a temperatura de fusão, pois boa parte dos derivados de petróleo como polímeros, tintas e vernizes tem um ponto de fusão entre 110º e 200ºC. Sendo assim é aconselhável trabalhar um pouco abaixo disso mas no caso uns 105ºC já esta seguro o suficiente.
Outra questão é a medição da temperatura, na carenagem do motor pode esta 80ºC, porem no interior da bobina chega-se á temperaturas maiores, mas não ACHO que isso é grande preocupação pois um delta T de 50ºC (130º do nucleo - 80º da carcaça) é difícil de acontecer em um motor de passo levando em consideração a corrente e o material da carcaça.
Outro fator possível, mas que não acho que seja, é a questão da Dissipação VS Geração de calor bem próximos: Se a geração de calor for maior, porem bem próxima da capacidade de dissipação o motor vai aquecendo lentamente, mas muito lentamente mesmo e pode atingir os 130ºC com muito tempo de uso, mas neste caso a temperatura da carcaça do motor vai estar bem próxima do núcleo, quase a mesma.
A temperatura influencia na vida util dos equipamentos eletronicos (em especial em micro chips) devido ao fator a dilatação e contração da variação da temperatura, por ter "trilhas" MUITO pequenas e fragueis dentro do chips a dilatação e contração cria uma fadiga em um ponto (principalmente em nós e curvas com angulus pequenos) e posteriormente uma ruptura da trilha. Em chips com arquitetura de construção bem pequena como processadores mais recentes de computador com 22nm, este efeito é maximizado.
Para verem isso na pratica, acendam e apagem uma lampada incandescente repetidamente e verá que ela queima em poucos minutos.
Já num motor de passo é quase impossível, pois precisaria de variações grandes de temperatura em um curto espaço de tempo e durante um longo período para romper um fio de bobina por fadiga. A parte mecanica também sofre maior desgaste com altas temperaturas, mas novamente, em um motor de passo é MUITO pequena a diferença e só pode ser sentida em anos praticamente.
O que eu
ACHO que acontece (me corrijam se falei besteira) é o fato do smile usar fonte de corrente, ou seja, independente da resistencia do motor ou tamanho e bitola do fio usado para alimenta-lo a corrente sempre será a mesma previamente setada na configuração, sabemos que a temperatura interfere na resistência da bobina, quanto mais quente, maior é a resistência, assim o driver aumenta a tensão para manter a corrente correta, mas assim esquenta mais ainda a bobina e consequentemente a resistência aumenta, fazendo com que o motor eleva, mais ainda a tensão. Formando um "loop".
Rudolf a alimentação tem uma tensão máxima estabelecida ou é comandada somente pela corrente?