Oi pessoal,
FINALMENTE!!! Voltei a ativa depois de semanas e semanas sem tempo nem para pensar sobre o driver
Entramos na reta final. Ela tem alguns quilômetros, mas é uma reta final
Em termos de hardware, falta somente colocar mais proteção e segurança. Na minha opinião, uma das questões mas importantes, e a mais ignorada na prática.
Qualquer circuito foi concebido para funcionar normalmente, e isso ocorre em 99,9% dos casos. Um dia ocorre algo não previsto originalmente. Por mais que o circuito seja estável, só nos lembramos destes 0,1% mais tarde. Uma sobre-tensão, um pico na rede elétrica, um motor que puxou um pouco mais de corrente, ... Quem nunca teve um PC pifado que atire o primeiro HD. Uma fonte, um rádio ou TV que parou de funcionar, aquela fumaça tão bonitinha, e tão assustadora que saiu de um aparelho qualquer? Nesta hora não nos lembramos dos anos funcionando perfeitamente, apenas lamentamos a dor de cabeça gerada por estes 0,1%. Posso estar errado, mas acho que esta dor de cabeça poderia ser minimizada se o circuito fosse mais estável, mais robusto. Muitas vezes custa muito caro esta economia de componentes tão baratos. E quem costuma economizar somos nós mesmos! Temos um monte de opções de compra de tudo quanto é tipo de equipamento. Poucos de nós compra pela marca (geralmente bem mais cara), e sim pelo preço ou custo/benefício (por que será que são mais baratos?). Na hora que pifa é que percebemos o quão caro ficou nossa economia na hora da compra. Agora que estamos com a faca e o queijo na mão (além da vontade de fazer uma boquinha), é chegada a hora de colocar algumas proteções no driver.
Para começar, todas entradas e saídas que interligam o driver ao computador TEM QUE SER opto-acopladas. Opto-acopladores são muito mais baratos do que qualquer placa queimada num computador, ou mesmo o próprio driver. Quem já teve esta experiência amarga sabe do que estou falando... Na minha opinião, isso não é uma questão de escolha, é uma questão de obrigação.
Como o sinal de passo tem uma duração muito pequena, foi utilizado o 6N136. Já nos outros sinais estou procurando um opto duplo. Enquanto não acho foram utilizados o bom e velho 4N25 mesmo.
Aproveitei e comecei a fazer a placa de interface, também conhecida como Break-out board, ou Bob para os íntimos
Trocando idéias com Sir Jorge e Mestre Fabio Gilii, fechamos a configuração da Bob como tendo:
- Possibilidade de ligação de 4 drivers, ou seja, 4 eixos;
- Sinal de enable;
- Sinal de fim de curso;
- Botão de emergência;
- 3 relês de uso geral;
- Conector Centronics para a paralela.
Gostei dos primeiros testes: os tempos de subida e descida no sinal de passo ficaram em 1us e o de direção também está funcionando bem (não me recordo dos tempos dele). Legal!
Depois disso foi cabelo arrancado até não poder mais... Com 12V o motor girava legal com 1A, e com 35V girava uns 5s bem, depois a corrente despencava para uns 0,2A. Tentei de tudo para ver o que poderia estar acontecendo. Mesmo parado tinha este efeito: Depois de um pequeno tempo a corrente caía com 35V e voltava ao normal se colocava 12V. Fui dormir (ou tentar) com este pepino para ser descascado no dia seguinte.
Resolvi pressionar a placa para baixo. A corrente voltava ao normal. Soltava e caía de novo. Solda fria, meu caro Watson!
Bipei todas as ligações e, como não soldo muito bem, achei uns 3 fios soltos!!! Em cada achado tirava o rojão da gaveta e, após a comprovação que não tinha nada a ver com este problema, colocava-o de volta na gaveta. E este tira e guarda do rojão se passou por horas. Fiquei bobo por ter achado tanto problema em potencial, mas nada de achar o dito cujo que causava tanta estranheza na corrente.
Até que resolvi pensar um pouco (ok, confesso que doeu um pouco no começo) e comecei a verificar a causa desta atitude da corrente, ao invés de checar as ligações pela quarta vez. Era no circuito da fonte interna de 17V. Seguindo o sinal, achei um pequeno pedaço de fio ligando 2 pontos, gerando um retorno errado da tensão desta fonte, pois é regulada pelo DSP. O DSP achava que tinha muita tensão e desligava o oscilador da fonte. Já com 12V este retorno não chegava a ser tão alto, fazendo com que funcionasse quase normal.
Horas e horas preciosas perdidas procurando um pedaço de fio que nem 1 mm tem. Por outro lado, achei diversos problemas que um dia iriam aparecer. O melhor mesmo foi verificar que o motor girava redondo (dãããã... tem outro jeito???), sem perder nenhum passo, com o driver agora isolado do computador. Fiquei um tempão que nem bobo, ouvindo o barulho dele.
Por falar nisso, tenho em casa um equipamento mecânico que amplifica o barulho do motor, mais conhecido como MESA! Fixo o motor numa morsinha que, por sua vez, está fixa na mesa. O conjunto todo vibra com o motor em movimento. Não é só audível, é tátil também, já que a mão também percebe a vibração da mesa. Fica muito fácil saber se o driver perde passo, pois é inconfundível o som que faz. Já o motor somente apoiado na mesa não dá nem prá ouvir direito a saúde dele, muito menos passos perdidos.
Vivendo e aprendendo...
Abraços,
Rudolf