Oi pessoal,
Continuação da novela "Corra que o driver vem aí" ...
O que tentei fazer para conectar ou não o diodo é colocar uma chave eletrônica, vulgo transistor, em série com um diodo, que faria com que a corrente continuasse a circular pela bobina (sob certas condições), mesmo que o transistor do PWM estivesse desligado. Isso faria com que a corrente fluisse mais homogênea pela bobina.
Isso também seria possível se o diodo estivesse continuamente conectado só que, ao mudar de fase, ele causaria um efeito de freio muito grande, tendo como conseqüência a diminuição da velocidade máxima do motor.
Idéia na cabeça e ferro de solda na mão, comecei por testar um circuito sugerido pelo mestre Arnaldo. Usava para esta finalidade 2 PNPs em configuração Darlington. Como não tinha nenhum dos 2 em casa, resolvi substituí-los por um TIP-125. Para começar coloquei em 2 fases da mesma bobina.
O resultado foi que, tendo ou não este transistor (devidamente polarizado), era como ele simplesmente estivesse continuamente saturado, mesmo se a base e o emissor estivessem jampeados. Putz... Por esta eu não esperava
Já era começo da noite de sábado. Enquanto tentava entender o que poderia estar ocorrendo, resolvi aumentar a capacitância da fonte linear. Tirei todos os capacitores das fotes de PC que não estavam funcionando e os coloque em paralelo na nova fonte. Agora, sim! Quero ver o ripple aparecer de novo
E nada da solução do transistor aparecer
Eram 2:15 da manhã e acordei com uma idéia de como polarizar um fet (o mesmo IRF640 do PWM). A questão não era só polarizar, mas se ele funcionaria como uma chave.
Nem pensei muito: levantei e fui checar se, com o gate ligado no source, ele se comportaria como uma chave aberta naquela posição do driver (que era o problema do TIP-125). E não é que funcionou?
Olhei o relógio e já eram 3:30 da manhã. Melhor dormir e acordar cedo para por a idéia toda em prática.
E quem disse que consegui dormir??? As idéias e conseqüências desta solução não me deixavam em paz! Só às 5:30 quando consegui dormir! :shock:
Assim que levantei, comecei a rascunhar como poderia ser a polarização do fet. Só no começo da noite de domingo consegui colocar meio circuito para funcionar. Somente 2 fases de uma bobina foram ligadas, e mesmo assim na mais típica ligação aranha, com os componentes flutuando num mar de fios... Só de olhar já poderia dar curto
Bão, o resultado final do teste? Simplesmente FANTÁSTICO!
Existe um resistor (0,1R) em série com a bobina para que se possa ver no osciloscópio como a corrente se comportando na bobina. Normalmente (num chopper) temos a corrente que fica "pulsando" na bobina, de acordo com o transistor do PWM. Creio que isso deve ser a causa do ruído típico do chopper e o aquecimento excessivo do motor.
No nosso driver fica uma corrente quase constante, só intercalada por pulsos de duração muito rápida (e de freqüência acima de 1MHz) quando o PWM chaveia (deixa estar que o snubber dará um jeito nisso). Ruído no motor? Um leve ssssss bem baixinho. Depois de muito tempo o motor estava levemente morno e os fets, gelados
O que mais gostei foi da diferença do torque (como era de se esperar). dava alguns pulsos no step para alimentar uma das outras 2 fases que não tinham este circuito, girava na mão o eixo do motor e comparava o torque com as fases do circuito extra. É muita diferença!
Bão, e quanto à velocidade, etc, etc... Ainda não posso falar nada sobre isso. Só montei 2 circuitos, um para cada fase, para comprovar a idéia. Semana que vem faço uma montagem decente no driver e então poderei falar alguma coisa sobre isso.
Abraços,
Rudolf