Ola Rubens; obrigado!
Atualmente fabricar a própria ferramenta esta ficando cada vez mais raro, a grande maioria das tornearias compra insertos ou ferramentas de pastilha soldada pronta.
Eu sou da velha guarda, quando tenho tempo ainda fabrico as próprias ferramentas, sobre ferramenta existem dois parâmetros fundamentais que influenciam o corte independente do perfil da ferramenta.
Um é ângulo de saida e o outro o ângulo de incidência frontal. Se esses dois ângulos que formam o gume forem bem feitos a ferramenta corta muito bem.
Existem muitas tabelas, formulas e coisas afins, parametros tecnicos que servem apenas para confundir os iniciantes, na pratica diária de uma oficina todo esse entulho de normas são ignorados, fica apenas a pratica; afiar bem uma ferramenta é como andar de bicicleta, depois que vc pega o jeito nunca mais esquece.
À grosso modo, para Bits torneando aço deixe o quebra cavaco bem curto (uns 4 mm, para alumínio e cobre deixe o maior possível) , incidência +- 7 graus, saída até uns 30 graus; para bronze ou latão o ângulo de saída pode ser zero; alumínio e cobre até 45 graus. Cabe lembrar que o gume deve formar um ângulo com a face da peça para cortar melhor (+- 30 graus), um pequeno raio (0,3 mm) na ponta da ferramenta melhora o acabamento, mais bicudo corta melhor.
Quanto às ferramentas de pastilhas nem compensa mais fazer, é muito mais barato comprar prontas, para afiar basta manter os ângulos existentes.
Qualquer ferramenta depois de pronta, para afiar, basta esmerilhar apenas o ângulo de incidência; para bits use o rebolo branco e para pastilha rebolo verde diamantado.
Bedames precisam de um ângulo de folga nas laterais e ferramenta para roscar deve levar em conta o ângulo de inclinação do filete (pulo do gato) para aplicar a incidência.
Abraços...