Eu morro de vontade de adaptar uma retífica no torno, mas não faço por pena do barramento. Sempre que uso algum enjambro com a dremel cubro o barramento com plástico, e depois dou uma limpada.
Jorge,
aqui tem um esquema de lubrificação do South Bend. Veja que mesmo na caixa Norton e nas engrenagens traseira é recomendado óleo, e não graxa. Sobre a graxa de lítio, a principal vantagem que vejo é que ela é imune a aplicação em excesso (churning). Como disse o Marco, o correto é aplicar pouco - mas muita gente peca pelo excesso. Assim, melhor essa que em excesso não tem problema.
Sobre a lubrificação do barramento, apenas dando uma introdução no que tanto discutem por aí (puro preciosismo, na minha opinião).
Os fabricantes normalmente recomendam "óleo para barramento". Estes óleos contêm aditivos anti-gotejantes e promotores de adesão - ou seja, independentemente da viscosidade eles "grudam" mais. Isso garante que ele fique onde se deseja, evitando o contato metal-metal e "stiction" ("stick-slip", faz força pra começar a andar e depois vai embora). Só que nem sempre estes óleos estão disponíveis, então tem gente que usa um óleo mais grosso, pra tentar segurar melhor.
Quanto mais adesivo ou mais grosso, menos ele foge. Porém, mais segura sujeira.
Assim, tem gente que não usa nem um nem outro, dando preferência a óleos mais finos aplicados mais regularmente, que vão "lavando" resíduos que ficaram.
Há ainda a discussão sobre óleo de motor. Os óleos de motor possuem aditivos detergentes e dispersantes, que mantêm as partículas em suspensão, para que sejam removidas pelo filtro. Com isso, eles segurariam as partículas, criando um meio abrasivo.
Mas o que importa é nunca deixar faltar óleo, e evitar que o óleo acumule sujeira.
Coloquei também uma tabela SAE / ISO, que às vezes é útil.