CBA,

Quanto tempo os eletrodos ficaram em contato com as chapas?

Talvez ao invés de falta de pressão, tenha ficado pouco tempo...

Claro - teria que experimentar aumentar a pressão também.

Sempre que eu vejo peças soldadas com ponto, vejo que a chapa fica marcada pelo formato da ponta do eletrodo, o que me faz pensar que a pressão não é tão grande assim, mas mais deve ser a temperatura que sobem bem, o que faz com que as chapas fiquem caldeadas...

Existe um circuito elétrico formado pelo enrolamento secundário do transformador, a fiação, os eletrodos e as peças a serem unidas. Excetuando-se as peças, a resistência deve ser mínima, de modo que o aquecimento se concentre nas peças, ou entre os pontos de contato dos eletrodos. A resistência elétrica é inversamente proporcional à área de passagem da corrente elétrica e diretamente proporcional à resistividade do material e ao seu comprimento. A resistividade aumenta com a temperatura. O aquecimento no local da solda aumenta com a resistência das peças e com o quadrado da corrente (P=R.I²). Daí, podemos concluir:

(1) Usar materiais de baixa resistividade (bons condutores de eletricidade) na fiação e nos eletrodos, cobre é o melhor, não use eletrodos de ferro ou outro material (alumínio), com o risco de aquecê-los também e parte da energia elétrica não ser usada no local da solda. Deve-se minizar as perdas, exceto no ponto da solda.

(2)  Manter a fiação o mais curta possível, com conexões bem amplas e firmes. Verificar se não há aquecimentos pontuais nas conexões.

(3) Os eletrodos devem ser robustos e cônicos, para que a resistência seja mínima, exceto no local da solda (nas pontas). Nessa região a resistência aumenta devido a menor área de passagem e devido a resistividade do material ser maior (diferente do cobre, geralmente), então haverá um aquecimento concentrado nesse ponto.

(4) Se necessário, resfriar o corpo dos eletrodos, para retirar calor da região da solda na etapa de resfriamento. Como os eletrodos são cônicos, o calor vai fluir da ponta para o corpo do eletrodo. Sendo o calor retirado através da água que passa por um furo no interior do eletrodo. Ou por condução e conveccção do ar na região de maior superfície do eletrodo.

Existe um circuito elétrico formado pelo enrolamento secundário do transformador, a fiação .......

Com certeza as perdas devem estar acima do aceitável. Vou revisar as conexões e fazer novos testes. Vou trocar os eletrodos de aço para cobre e melhorar as conexões do cabo com as ponteiras.

Assim que terminar os novos testes, informarei os resultados.

Obrigado pela aula 

Tenho uma máquina de solda a ponto em minha oficina.

Por coincidência, hoje, tive que soldar um dispositivo feito com uma lata de leite Ninho. Como é uma lata muito fina, tive um pouco de dificuldade no início para acertar a solda.

Minha máquina é 220 V. e possui dois estado para solda um fraco e outro mais forte.

Experimentei o mais forte e a lata furou nos dois pedaços sem soldar.

Experimentei o mais fraco, e novamente a lata, de tão fina, furou novamente.

O objetivo é não fazer o material a ser soldado furar e sim aquecer até ficar vermelho e amassar um pouco o material onde o eletrodo apertou.

Como poderia soldar essa lata de leite Ninho se a máquina, nas duas posições estava furando a lata? Simplesmente liguei-a em 110 V. e a solda ficou 150%.

Se quiserem poderei fazer um vídeo para verem como tudo aconteceu.

Minha máquina não tem Temporizador, alias, não é necessário. Ela só tem uma alavanca que serve de alicate para apertar a peça e um gatilho para iniciar a solda e, soltando, finaliza a dita cuja solda.

Às vezes o material fica soldado nos bicos do eletrodo, mas nada que uma simples torção não resolva.

Abraços


Edson

Valeu Edson,

Estou precisando fazer uma solda em uma lata bem fina. Por isso, optei por comprar um MOT de 220V com a intenção de reduzir a voltagem para 127V caso o soldador fique muito forte. Sua experiência mostrou que é possível. Esta semana, devo retomar a montagem e finalizar o soldador com as devidas correções.

Charles 

A energia, ou o aporte de calor, cedido à solda depende do produto: potência x tempo. A lata estava furando devido ao excesso de potência cedida ao ponto de solda, furando as chapas. Ao variar a tensão ou a corrente a potência varia, mas se usar um temporizador também é possível variar o aporte térmico. Teria de ser um temporizador que permitisse aplicar a corrente durante algo em torno de uma fração de segundo (0,1s) a alguns segundos. Não dá para reduzir muito a temporização, pois uma senóide (a rede é de 60Hz) dura 16,7 ms. O problema da tensão mais baixa é que se a corrente permanecer muito tempo o aquecimento também pode ser excessivo. O ideal é ter controle sobre todas as variáveis do processo da soldagem (pressão, tempo, potência).

Acho que uma temporização ajustável da aplicação da corrente em conjunto com um dimmer permitiriam melhor controle de qualidade da solda, sem encarecer.

Oi, pessoal.
Na verdade, eu comecei a fazer essa solda a ponto do site antes de ver esse tópico do forum. Então, juntei as informações aqui postadas e terminei a maquininha. Só que não ficou boa. Não consigo soldar nada. Parece que a potência do transformador é pouca. Comprei ele usado e a etiqueta fala a tensão (120VCA) e outras coisas; menos a potência. Mas, acredito que seja por volta dos 1000W. E ainda, tbém nunca soldei com uma máquina dessa.
Tô pensando em trocar os tarugos (onde estão presos os eletrodos) de latão por cobre. E/ou fazer outro secundário com um cabo mais grosso (#3), atualmente é o cabo #4.
Se alguém quiser sugerir algo, agradeço.
Abraços.
Jorge

Solda a Ponto

jorge na solda ponto o mais importante é a corrente e por sujestão de somente uma volta de fio e nao tres e acresente em paralelo outros fios ate completar o espaço da janela do transformador nao compre fio use oque ja tem , detalhe encurte o maximo possivel estes fios