Quais características são bem vindas num torno?

Rigidez, barramento retificado e temperado, gama de velocidades grande, possibilidade de fazer roscas em mm e polegadas, acessórios como contra ponta rotativa, lunetas, placa de 3 e 4 castanhas, etc...

O que é caixa norton?

É uma caixa de engrenagens que podem ser selecionadas através de alavancas convenientemenmte localizadas e que facilitam a seleção de roscas e avanços do torno

O que é cava?

Há alguns tornos que tem a possibilidade de se retirar uma parte do barramento que fica bem em baixo da placa, o que aumenta a possibilidade de pegar peças de grande diametro...

O que permite o torno a fazer roscas?

O torno precisa ter uma caixa de engrenagens localizada no lado esquerdo do cabeçote - e esta caixa se chama "grade", e na parte frontal do barramento, e, baixo co carro longitudinal precisa ter um fuso que estará conectado a aquela "grade".
Entre a grade e o fuso pode ou não ter a caixa Norton - há tornos com a caixa e sem a caixa...

No caso de tornos sem caixa Norton, a mudança de avanços e passos de rosca se faz através de combinações de engrenagens - e  o torno deve ter um jogo de engrenagens que normalmente varia entre 8 e 27 engrenagens, dependendo do torno...

No caso de tornos com caixa Norton, há ainda um jogo de engrenagens para trocar entre passos em mm e polegada, e este jogo é diminuto - algo como 3 ou 4 engrenagens apenas, mas quem faz o resto das combinações é a caixa Norton que está instalada do lado esquerdo logo abaixo do cabeçote, e normalmente tem 2 ou 3 alavancas que fazem as combinações de trocas...

Que detalhes cuidar na hora da escolha?

Se estamos falando de um torno usado, a avaliação é complicada porque é muito difícil avaliar a máquina só de olhar...

Há diversos detalhes que influenciam no funcionamento correto do equipamento, e só mesmo a prática para reconhecer estas características e analisar se vale a pena ou não...

O que estraga num torno?

Normalmente o barramento se desgasta mais na área próxima do cabeçote, o que faz com que as peças torneadas não fiquem paralelas (podem ficar levemente cônicas ou irregulares), om fusos de movimentação se desgastam, deixando muitas folgas que de certa forma podem ser nocivas mas mais importante, os movimentos longitudinal e transversal dos carros deve ser justo mas livre isto é - devem se mover com certa facilidade e sem folgas pelo trajeto todo - se estiverem macios nua faixa e duros mais para os extremos, é sinal de desgaste nos guias e/ou nos fusos...

A placa também é importante - normalmente as placas de tornos usados estão sempre bem desgastadas, e muitas vezes não garantem mais uma boa centragem e fixação das peças a serem trabalhadas...

Dependendo do estado geral da placa, há como recuperar as castanhas, retificando as faces de contato levemente - se os desgastes forem excessivos, sai mais barato trocar a placa por uma nova...

Isso é só um pouco do que eu acho importante comentar, mas com certeza há muito mais detalhes...

Havoc, eu comprei um chinês novo, a questão de duas semanas, pois pretendo usar para coisas pequenas, e até por questão de espaço físico. Tenho também um torno Scintilla Lesto de 1960, que comprei usado. A conclusão que cheguei pelo fato de ter os dois (o novo e o usado) é a seguinte...: Comprar equipamento usado sem ter conhecimento de causa é uma loteria. Você pode ter sorte ou, como eu, vir a descobrir depois que meu torno é um torno para madeira modificado (eu não sabia até então que barramento tubular é para madeira, pois o grau de vibração é muito alto para metal). Para comprar o novo, li muito a respeito (de uma olhada em www.mini-lathe.com) e cheguei a conclusão que usado, pelo menos nessa área, não mais.

Já desocupei o Lugar e vendi meu Torninho.

É isso aí Christian, eu também não troco meu imor por outra marca. Gosto de nardini mas imor é melhor. Olha que o meu já passou dos 20 anos de idade, mas continua firme. Limpar o barramento e lubrificar sempre é a dica para a máquina ir longe.

Abraço - karlo