Se que poderia usar a plava de arraste e e procedendo como você citou no poste anterior, mas se tenho uma peça de alumínio jogada em um canto pedindo para entrar no "jogo", por que não usaria ela? Só que estou preferindo usar uma "bolacha" zerada no relógio do que uma com concavidade ou torta.
E está certíssimo, só me arrepiou a história de alinhar pelos parafusos de trás. A melhor forma é fazer esse esqueminha do mesmo ponto com uma peça faceada (sem essa história de alinhar), como você já tem.
Essa parte não entendi com o uma peça torta pode ser usada para conferir o alinhamento?
Anexo um desenho grosseiro e exagerado para exemplificar. Se você estiver indicando o mesmo ponto de um lado e de outro, não importa o que acontece no resto da peça (claro que quanto mais uniforme melhor, e não pode ter buracos ou outras características que façam o relógio saltar e perder a medida). Até uma placa de 3 castanhas pode ser usada, desde que vá movendo um pouco o carro e girando um pouco a placa, repetidamente, para o relógio não bater em nenhuma castanha.
Se, por exemplo, colocar o relógio na parte próxima do operador e zerar no mostrador e se quando o relógio chegar no outro lado e ficar sôbre a marquinha (Sei exatamente que é para verificar no mesmo lugar do diâmetro do placa) e o relógio marcar + 0,10. Isso quer dizer que quando erguer o carro tenho que deixá-lo nessa mesma posição de zero e + 0,10?
O que você mede antes de fazer o ajuste com os parafusos
é somente para matar a curiosidade, para saber como estava antes. O ajuste com os parafusos é feito do zero, tem a mesma complexidade para um carro perfeitamente alinhado que só precisa ser levantado e outro completamente desalinhado. No seu caso, pelo que você falou, aparentemente estava com desalinhamento de 8 centésimos em uns (imagino) 200mm. Mas não dá pra ter certeza por causa dos parafusos traseiros, que bagunçaram a história.
Se pudermos considerar que o barramento está em boas condições e não está torcido, e que o cabeçote e o eixo-árvore estão alinhados,
ao medir um mesmo ponto de um lado e de outro, toda e qualquer diferença indicada será causada por desvio de perpendicularidade do carro.
Se indicando em um mesmo ponto nos 2 lados aparecer uma diferença de 10 centésimos, que possa ser lida repetidamente, isto é o desvio de perpendicularidade na distância percorrida. Se a distância percorrida pelo carro for - digamos - 20cm, é um desvio de 0,1mm em 200mm (o aceitável é 0 a 0,02mm côncavo em 300mm)
Essa placa é mesmo torta ou o carro já está com um desalinho transversal?
repetindo, o uso de um mesmo ponto nos dois lados despreza qualquer imprecisão que ela possa ter. A leitura é desalinhamento do carro.
Se o carro estiver já com esse desalinho como proceder?
na hora em que colocar os parafusos, vai ajustando para que a variação de um lado ao outro esteja dentro do aceitável. Ajusta os parafusos e faz a leitura com o relógio movimentando. Não chegou onde queria? Mexe onde aplicável e faz a leitura novamente. Chegou onde queria? Faz o teste do outro alinhamento e vê o quanto saiu. Ajusta pensando em desajustar o mínimo o outro. Testa e verifica se chegou. Quando afirmativo, mede novamente o outro. E vai fazendo isso até os dois testes estarem dentro da tolerância. Neste ponto, trava os parafusos de ajuste (cuidado com as porcas, pode mover o parafuso ao dar aperto), remove e faz a aplicação da resina.
Sem esquecer que tudo isso com o avental montado, verificando posição adequada em relação à cremalheira e ao fuso (estes 2 são muito menos exigentes do que os alinhamentos).