Não entendo o que você esta explicando, eu não estou girando a peça para medir os dois lados, esse procedimento de girar e medir os dois lados Será para fazer outro tipo de alinhamento, além de que, será feito muito depois de fazer os alinhamentos necessários para receber o moglice. Quando estou passando o relógio para conferir o faceamento feito, a peça fica paradinha. o relógio corre de um extremo ao outro da peça com a placa paradinha.
Oi Edson,
o procedimento é o mesmo que sugeri nos outros posts. Na sua peça faceada na placa, marque um ponto com canetinha na face dela, próximo à borda. Quando você girar o eixo-árvore (por exemplo, com a mão na polia grande), a marquinha vai obviamente girar. Gire o eixo de forma que a marca fique próxima ao operador. Posicione o carro com o relógio para indicar este ponto da marquinha. Mexa na polia também para ajudar a coincidir. Com a ponta indicadora sobre a marquinha, zere o mostrador. Agora avance o carro transversal para o outro lado, passando pelo centro*. O relógio vai estar indicando o lado mais distante do operador, e a marquinha ainda vai estar próxima do operador. Gire a polia manualmente (180 graus), até que a marquinha vá para o outro lado. Sem encostar no relógio, movendo somente a polia e o manípulo do carro transversal, faça com que o relógio e a marquinha coincidam. Essa é a sua leitura.
Desta forma, até uma peça torta pode ser usada para conferir o alinhamento.
*se a peça tiver um furo no centro, como uma placa, é só posicionar tudo abaixo ou acima do furo.
Se o carro estiver desalinhado, o relógio fica zerado até o centro da peça (Isto é óbvio, não?), depois seguindo para o outro extremo é que verificamos o desalinho.
Esta explicação eu postei porque alguém poderá querer conferir o faceamento e passar o relógio até o centro e nunca vai perceber desalinhamento do carro se houver.
Fazendo do outro jeito, isto pode ser feito sem a exigência de facear uma peça (e não desmontar antes de medir). Claro que se usar uma peça faceada melhor ainda, mas sem essa de ficar refaceando e caçando um zero ao facear.
O que estou fazendo é manter o torno montado como se nada estivesse sido feito em relação ao moglice.
Primeiro estou alinhando o carro para que ele usine a face em zero no relógio, independente de usar o moglice ou não. Isso para ter certeza que o carro está zerado antes de desmontá-lo.
Mas como você está
alinhando? Se é usando os parafusos traseiros, você está criando um alinhamento que sobrepuja a guia prismática, e isso é encrenca, como mencionei.
Fazendo da forma recomendada, você
mede o desvio da perpendicularidade, verificando como as coisas estão sem ter que ficar faceando.
A resposta é óbvia que não estou usinando nada apoiado aos parafusos
Então a conclusão é que está criando outro alinhamento
brigando com a guia prismática, como mencionei.
Esqueça a guia prismática nesse assunto, estamos falando em faceamento e a guia prismática não exerce nenhuma função nessa operação
Exerce a mais importante, a guia prismática é quem dá o alinhamento para o posicionamento transversal. O que entendo que você está fazendo é ajustar os parafusos traseiros, empurrando a traseira da guia em um dos lados e com isso "girando" os carros. Para poder girar,
necessariamente o carro
trepa na guia prismática, impedindo qualquer chance de alinhamento confiável (além de, no uso, reduzir a rigidez e causar desgaste localizado prematuro).
Aquela guia traseira só tem sentido se ela for um "backup" da guia prismática, como havia mencionado. Se ela passar a ser o encosto primário em qualquer momento, era melhor ela não estar lá.
Esses parafusos servem sim para a regulagem, parece que você não entendeu o espírito deles. Esses parafusos servem para auxiliar a guia prismática e não substituí-la.
Não entendi mesmo, desculpe se estou equivocado (e também por pegar no seu pé
). Pelo que entendi até agora, isso é como ao fazer a geometria das rodas num carro usar um macaco para
auxiliar. Vai levantando/abaixando o macaco até zerar na leitura lá da frente. Mas não vale de nada, pois o ajuste precisa ser feito sobre as rodas. O macaco só serviu para confundir e prejudicar o alinhamento.
Usarei um parafuso de cada lado na guia chata como mostra a foto do meu post anterior, e mais dois parafusos de cada lado na guia prismática, fixados em cantoneiras
beleza, isso mesmo. Mais um motivo para eliminar os parafusos traseiros.
Em relação às duas guias que fixam o carro transversal do qual estamos discutindo, A guia prismática e a chata.
A guia prismática com a guia chata não formam um plano, não entendi como você está usando isso como referência.
Ivan, sei que no seu tutorial do emprego do moglice você disse que esse alinhamento não é essencial, coisa que também concordo. Mas se você tiver em seu torno um alinhamento também nesse sentido não será muito melhor?
Se ele não tem referência nenhuma, ele não é um alinhamento.
E a partir do momento em que esse ajuste complica outros 2 ajustes essenciais (pois se eu mexer nele prejudico os outros 2), só consigo ver como uma complicação desnecessária. Numa situação em que há dúvidas sobre como fazer as coisas, é um prejuízo em potencial.
Se a coisa fosse molezinha, eu também faria um alinhamento adicional, colocando 2 calços iguais sobre as 2 guias planas (1 do carro, 1 do cabeçote) e o nível de precisão sobre estes calços. Ajustando nos pés da bancada faria com que o nível indicasse zero. Este seria o plano de referência. Contra ele seria ajustado o topo do carro transversal. A única utilidade que vejo seria facilitar alinhamentos ao posicionar acessórios sobre o carro transversal - como um dispositivo para fresar no torno, ou um divisor. Mas considero isto uma utilidade muito limitada para compensar o serviço.
O trabalho para fazer decentemente os 2 ajustes que importam já é chatinho - pois ao mexer em um, altera o outro. 3 ajustes interdependentes complicam ainda mais a coisa.
Serão usados 4 parafusos na guia prismática, mais os dois parafusos da parte trazeira como reforço.
Insisto que use os 4 da prismática e mais 2 na guia chata, e todos estes serão essenciais no alinhamento. Não use os parafusos traseiros neste procedimento.
Se após a aplicação do moglice estiver tudo alinhadinho, realmente esses parafusos
não serão mais necessários. Se não estiver alinhadinho, então teremos que fazer nova aplicação do moglice, mas, agora, com uma camada muito fina só para acerto.
Edson, calma na história que não é por aí. Este é um procedimento feito de uma vez só.
1 - O carro tem que estar alinhado com os dispositivos de posicionamento usados
2 - Você precisa poder medir isso e confirmar que está dentro das referências que você definiu como aceitáveis
3 - Isto precisa ser confiável e poder ser repetido (ex. medindo várias vezes, tirando e recolocando o carro e verificando se perdeu o ajuste etc)
4 - A aplicação do revestimento precisa manter este alinhamento conferido
5 - Após a aplicação, novas medições são feitas apenas para confirmar o resultado
Se alguma coisa deu errado, entende-se o erro e refaz-se o procedimento. Esses revestimentos (tanto o moglice quanto este) têm uma camada mínima para aplicação, não dá pra querer aplicar novas camadas sem repreparar a superfície. Se ficar um buraco ou bolha dá pra fazer um reparo local, mas isso é outra coisa.
Desculpe se estou pegando no seu pé, estou só tentando evitar que seja feito um procedimento que leve a resultados imprevisíveis.