Autor Tópico: Moglice - revestimento deslizante  (Lida 34787 vezes)

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Offline C N C N o w !

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Re: Moglice - revestimento deslizante
« Resposta #30 Online: 22 de Outubro de 2009, 07:06 »

Parabéns pelos netos, Edson ! São quase tão lindos quantos os meus !  ;D ;D ;D

Offline robedany

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Re: Moglice - revestimento deslizante
« Resposta #31 Online: 22 de Outubro de 2009, 09:23 »
Oi Jorge
A frase "quase tão" é típica de avô coruja.!!!

Roberto

Offline mulapreta

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Re: Moglice - revestimento deslizante
« Resposta #32 Online: 22 de Outubro de 2009, 14:51 »

Parabéns pelos netos, Edson ! São quase tão lindos quantos os meus !  ;D ;D ;D

Olha Jorge, com o devido respeito, como o robedany falou sua opinião é de vovô coruja. :) :) :)

Na verdade, de vovô coruja para vovô coruja,  não quis tecer elogios à beleza de meus netos para não deixar ninguém frustrado ;D ;D ;D, pois os meus são os mais lindos do universo. (Peguei pesado, não deixei espaço pra ninguém).  :) :) :)

Falando sério, já vi fotos dos seus netos e realmente são muito lindos.

Grato por comentar, já estava com saudades dos seus comentários aqui no forum.

Abraço

Edson






Offline robedany

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Re: Moglice - revestimento deslizante
« Resposta #33 Online: 22 de Outubro de 2009, 19:48 »
Ja que todo mundo acha que os netos são os mais lindos.
Os meus tem de acrescimo que são um casal, 3 anos de idade, e diferença de 1 mes,e ficam quase todos os dias em casa e se fossem gemeos acho que não aprontavam tanto.
Ao inves eu de ficar mexendo no torno, só da tempo de eu ficar em "torno" deles, hi!!

Roberto

Offline mulapreta

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Re: Moglice - revestimento deslizante
« Resposta #34 Online: 22 de Outubro de 2009, 22:18 »
Deixando a corujice de lado, hoje remontei o torno antes de aplicar o moglice para teste e padronização das medidas para regular a altura dos parafusos de calço do carro. Só deu para testar em um tarugo de alumínio com Ø 50 mm. e comprimento torneável de 115 mm.

Tanto no comprimento como no diâmetro o relógio está zerado após um passe bem fino (1 décimo). Ver Foto.

Depois, peguei um bloco de alumínio (tipo chapéu) com Ø maior 250 mm. e Ø menor 180 mm. alt. uns 10 mm. e como havia um furo central de Ø 30 mm. resolvi colocar o tarugo da foto no centro desse bloco. Usinei o tarugo com 1 Décimo maior que o furo e prensei no furo (Em verde). Dessa forma, acho que terei um padrão faceado e o tarugo usinado, todos zerados no relógio, para usar posteriormente nos ajustes finais. Fiz um desenho meia boca para vocês entenderem.

No momento estou desbastando a parte do diâmetro maior Ø 250 mm. (Em vermelho) por não caber em minha placa, vou igualar com Ø 180 mm.(Em azul)

Amanhã tem muito mais.


Em tempo: robedany, tome cuidado com essa gatinha linda, o meu netinho de olhos azuis, apesar de 1 ano e 10 mêses, já tá de olho. :D :D :D

Abraços

Edson





Offline C N C N o w !

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Re: Moglice - revestimento deslizante
« Resposta #35 Online: 23 de Outubro de 2009, 08:20 »
Olha Jorge, ... sua opinião é de vovô coruja. :) :) :)

Coruja e babão, assumidíssimo !  ;D ;D ;D

Offline C N C N o w !

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Re: Moglice - revestimento deslizante
« Resposta #36 Online: 23 de Outubro de 2009, 08:26 »
Roberto, nós estamos bem de netos, não ?  ;D

Adorei ver que seu netinho já demonstra vocação pra mergulhador ... as sereias que se cuidem ...  ;D ;D ;D

Offline Ivan

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Re: Moglice - revestimento deslizante
« Resposta #37 Online: 23 de Outubro de 2009, 10:52 »
Edson,
não creio que essa peça seja adequada ao teste, acho que só vai atrapalhar.
Fiz um desenhinho com os 2 testes importantes para ficar mais fácil de entender.

O cilindro não é necessário (você não está testando o barramento nem o alinhamento do cabeçote), e vai impedir que o relógio atravesse o centro (ou as proximidades do centro) ao fazer o teste de perpendicularidade no faceamento.
Agora que a peça faceada já tem um buraco central, o relógio precisará ser ajustado abaixo ou acima do buraco, para que possa ser movimentado sem cair no buraco (o que invalidaria qualquer leitura).
Somente reforçando: No teste 1 move-se somente a roda pegamão com o carro superior removido, indicando a parte plana onde monta o carro superuior, e no teste 2 move-se somente o manípulo do carro transversal com o carro longitudinal travado. Neste teste 2 marca-se na peça faceada um ponto onde o relógio encosta, faz-se o movimento transversal do carro com o relógio e gira a placa para o ponto coincidir novamente no relógio, agora do outro lado.

Sugiro que você remova o cilindro central e dê uma refaceada na peça, e faça os testes sem desmontá-la.

Quanto ao teste na usinagem do tarugo, isso indica que seu barramento não está fletido nem torcido, e que o cabeçote está alinhado ao barramento. Mas mesmo que os 2 carros estivessem completamente tortos, ele ainda usinaria o tarugo zerado. Ou seja: se você lambuzar resina de qualquer jeito ou colar calços desiguais no carro, ainda assim ele vai usinar zerado o tarugo.

O que está se buscando com este alinhamento é o seguinte:
Teste 1 - Garantir que ao movimentar o carro superior a altura da ferramenta não mude. Imagine que está torneando um cone morse usando o carro superior (este virado quase a 90 graus) para percorrer o cone. Se a superfície onde monta o carro superior não estiver paralela ao barramento, a ferramenta vai descer ou subir ao longo do trajeto, resultando em um cone barrigudo ou abaulado.
Teste 2 - Garantir que peças faceadas sejam planas, e que qualquer erro (dentro dos limites) seja para deixar a peça côncava - garantindo que uma peça faceada se apóie firmemente sobre uma superfície ou contra outra peça (uma peça convexa é um joao-bobo).
« Última modificação: 23 de Outubro de 2009, 12:59 por Ivan »

Offline mulapreta

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Re: Moglice - revestimento deslizante
« Resposta #38 Online: 23 de Outubro de 2009, 23:14 »
Ivan,

Já havia entendido quando explicou anteriormente. Aquele tarugo teve duas utilidade,

A primeira era verificar alinhamento do carro para usinar e facear.
A segunda, que depois de usado, serraria o tarugo e assim a tal bolacha que tanto fala estaria com o furo tampado e pronta para ser usada como padrão.
(Veja fotos)

“Aproveitei para comprar parafusos de latão 3/16”, porem não achei parafusos comprido o suficiente para nosso trabalho.
Então resolvi colocar "pezinhos" de latão em parafusos comuns. (Ver fotos)

Antes de responder, já aviso que a ponta dos parafusos não transpassam os "pezinhos" e os parafusos não encostarão no barramento, fiz rosca só até a metade da espessura do metal, assim o parafuso fica bem firme nos "pezinhos" e não causará diferenças nas medidas.

Amanhã farei as adaptações para fixar os parafusos no carro.


Abraço

Edson



Offline mulapreta

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Re: Moglice - revestimento deslizante
« Resposta #39 Online: 25 de Outubro de 2009, 00:57 »
Bem, hoje foi um dia de trabalho e muita paciência.

O dia foi dedicado à verificação do Faceamento. Como o Ivan havia relatado, esse é um procedimento extremamente necessário e importante que deve ser feito ANTES de desmontar o carro e prepará-lo para receber o moglice.

Esse processo consiste em facear uma "Bolacha" e depois passar o relógio em toda sua extensão para ver se está zerado no relógio.

Deve-se usar uma ferramenta de acabamento perfeita, pois, não podemos lixar nem fazer nada na peça após o faceamento.

Ao deslizar o relógio desde a borda próxima da peça até o centro, o relógio vai deslizando com o ponteiro no Zero, contudo ao passar do centro da peça até a outra extremidade oposta, aí é que verificaremos se o faceamento está zerado.

Na primeira faceada, deu uma diferença de 8 centésimo, com o relógio parado nessa posição iniciei o ajuste com os dois para fusos que estão fixados na parte detrás do carro (Apertando um e afrouxando outro), até conseguir zerar a "bolacha" na parte da frente, no centro e na parte oposta. (Vejam Fotos)

Agora, com a peça faceada 100% zerada, poderei utilizá-la como referência quando desmontar o carro usando-a para alinhar o carro sobre os parafusos que erguerão o carro do barramento.

Aproveitei para cortar os ferros e fazer os furos para as peças que irão ser usadas para fixar os parafusos com os tais "Pezinhos" de latão.

Antes de fixar essas pecinhas, falta verificar e nivelar o  carro no barramento para que o carro superior (o que fixa o castelo) fique paralelo ao eixo. Mas esse é um serviço para amanhã.

Outra coisa que queria comentar é a verificação do carro em relação ao caimento entre os dois barramentos. Estive estudando uma forma e verifiquei que se o carro estiver bem alinhado, isto é, sem nenhum caimento para a barra chata ou prismática, a Ferramenta de corte, deverá traçar uma reta horizontal na peça faceada.

Hora, como tenho uma fita métrica com 50 cm. colada ao redor da placa (Ver foto), se colocar o ponteiro no ZERO dessa fita e fizer um risco na face da peça bem na beirada dela, e girando a placa para que o ponteiro fique no 25 cm. esse risco irá para o outro lado do torno (Parte detrás),  fazendo outro risco próximo ao risco anterior com a mesma ferramenta, este deverá coincidir com outro risco feito anteriormente com esta mesma ferramenta. Não coincidindo, deveremos proceder ao levantamento o abaixamento de um dos lados do carro (Lado da frente ou lado detrás).


E aí Ivan, por enquanto está tudo correndo bem ou tem alguma sugestão?
Se alguem quizer dar alguma colaboração por favor fiquem completamente à vontade.

Abraços.

Edson


Offline Calixto

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Re: Moglice - revestimento deslizante
« Resposta #40 Online: 25 de Outubro de 2009, 08:28 »
Olá Edson

Na quarta foto, onde foi colocada aquela sapata de latão, analise a possibilidade de colocar uma especie de "limpa barramento" (feltro ou borracha) naquela face do carro principal.
Como o mesmo poderá ser erguido um pouco, haverá a chance de limalhas penetrarem entre ele (o carro principal) e o barramento.

SDS

Calixto Neto

Offline mulapreta

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Re: Moglice - revestimento deslizante
« Resposta #41 Online: 25 de Outubro de 2009, 12:10 »
Olá Edson

Na quarta foto, onde foi colocada aquela sapata de latão, analise a possibilidade de colocar uma especie de "limpa barramento" (feltro ou borracha) naquela face do carro principal.
Como o mesmo poderá ser erguido um pouco, haverá a chance de limalhas penetrarem entre ele (o carro principal) e o barramento.

SDS

Calixto Neto

Muito bem lembrado, assim que desmontar o carro já farei os furos e roscas para os parafusos que prenderão os feltros.

Abs.

Edson


Offline Ivan

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Re: Moglice - revestimento deslizante
« Resposta #42 Online: 25 de Outubro de 2009, 19:51 »
fiz rosca só até a metade da espessura do metal, assim o parafuso fica bem firme nos "pezinhos" e não causará diferenças nas medidas.
Sugiro que aperte bem, use um trava-rosca ou algum outro adesivo para garantir que o calço não mova.

Como o mesmo poderá ser erguido um pouco, haverá a chance de limalhas penetrarem entre ele (o carro principal) e o barramento.
A resina preencherá o vão de ajuste. Na verdade, a fresta entre o carro e o barramento fica menor do que nunca. O feltro continua sendo uma boa idéia como sempre, mas nem mais nem menos por causa da aplicação do revestimento.

Ao deslizar o relógio desde a borda próxima da peça até o centro, o relógio vai deslizando com o ponteiro no Zero, contudo ao passar do centro da peça até a outra extremidade oposta, aí é que verificaremos se o faceamento está zerado.
Edson,
creio que esta verificação está desnecessariamente complicada. Ao não usar uma única "pinta" (um ponto localizado) na peça faceada, você cria algumas complicações adicionais. Usando um único ponto e girando para medir nos dois lados, eliminam-se erros do posicionamento da peça na placa e as exigências de uniformidade da peça.
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Na primeira faceada,
a idéia é facear uma vez só (ou usar uma peça qualquer, como fiz, como uma placa de arraste ou mesmo uma placa de 3 castanhas), e depois vai ajustando e medindo com o relógio.
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deu uma diferença de 8 centésimo, com o relógio parado nessa posição iniciei o ajuste com os dois para fusos que estão fixados na parte detrás do carro (Apertando um e afrouxando outro), até conseguir zerar a "bolacha" na parte da frente, no centro e na parte oposta. (Vejam Fotos)
isso me parece esquisito. Você está fazendo isso com o carro apoiado nos parafusos? Se sim, não é adequado colocar esforços de corte com o carro sobre esses calcinhos. Se não, você está dizendo que está ajustando o carro por esses parafusos traseiros - e com isso inutilizando a guia prismática, que tem papel fundamental (e criando diversos problemas, como desgaste desigual do carro). Recomendo fortemente que você elimine esses parafusos traseiros.
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Agora, com a peça faceada 100% zerada, poderei utilizá-la como referência quando desmontar o carro usando-a para alinhar o carro sobre os parafusos que erguerão o carro do barramento.
somente se você não mexer nela nem na placa até acabar a história toda. Se você usar o método de marcar um ponto e girar, a coisa fica bem mais simples. Qualquer peça chata serve, faceia-se uma única vez (ou nenhuma, se a peça for razoável, como uma placa) e mede-se com o relógio ao ajustar.
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Aproveitei para cortar os ferros e fazer os furos para as peças que irão ser usadas para fixar os parafusos com os tais "Pezinhos" de latão.
pelo que entendi, você pretende usar somente 2 no lado da guia prismática? como pretende fazer o alinhamento longitudinal?
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Outra coisa que queria comentar é a verificação do carro em relação ao caimento entre os dois barramentos. Estive estudando uma forma e verifiquei que se o carro estiver bem alinhado, isto é, sem nenhum caimento para a barra chata ou prismática, a Ferramenta de corte, deverá traçar uma reta horizontal na peça faceada.
Mas horizontal em relação a quê? Isso só tem sentido se você definir um plano horizontal no torno. Este precisaria ser arbitrado em alguma superfície usinada e utilizado como referência. Por exemplo: o par de guias planas (zerado com 2 calços de precisão e um nível de precisão) ou o topo das 2 guias prismáticas (zerado com um nível de precisão) ou o topo da base do cabeçote móvel (também com nível de precisão). Aí sim, a partir deste plano, você nivelaria outras coisas (por exemplo, as guias ou o topo do carro transversal).
Da forma como você está olhando, se alguém calçar os 2 pés traseiros da bancada durante a noite, o seu alinhamento estaria perdido - quando na verdade nada mudou.
Mas reforço que este não é um alinhamento necessário, o torno funcionaria da mesma forma se o carro transversal estivesse inclinado 45 graus para trás ou para a frente. E fazer um ajuste com 3 variáveis interdependentes é muito mais complicado do que ajustar com 2 variáveis.
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Hora, como tenho uma fita métrica com 50 cm. colada ao redor da placa (Ver foto), se colocar o ponteiro no ZERO dessa fita e fizer um risco na face da peça bem na beirada dela, e girando a placa para que o ponteiro fique no 25 cm. esse risco irá para o outro lado do torno (Parte detrás),  fazendo outro risco próximo ao risco anterior com a mesma ferramenta, este deverá coincidir com outro risco feito anteriormente com esta mesma ferramenta. Não coincidindo, deveremos proceder ao levantamento o abaixamento de um dos lados do carro (Lado da frente ou lado detrás).
sugiro que deixe isso de lado. Se realmente fosse necessário este alinhamento, seria necessário o uso de um recurso com mais precisão do que a fita.

Reforçando:
- como vai fazer o ajuste de perpendicularidade no faceamento? 4 parafusos na guia prismática ou pretende usar os parafusos traseiros? Pelo que vi da foto, não seria o mais adequado usar os traseiros (eles só comprimem uma régua fina, não é isto?). E, de uma forma ou de outra, recomendo que elimine esses parafusos.
- sugiro que use o método de assinalar um ponto na peça a ser usada para ajustar o faceamento. Isso diminui muito as exigências sobre ela e aumenta suas chances de sucesso
- não usine nada com o carro sobre os parafusos.
- sugiro que deixe para pensar no suporte para os feltros depois - a empreitada de alinhar decentemente e colocar o revestimento tem complicação suficiente e é muito mais importante do que os suportezinhos.
« Última modificação: 25 de Outubro de 2009, 23:02 por Ivan »

Offline mulapreta

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Re: Moglice - revestimento deslizante
« Resposta #43 Online: 26 de Outubro de 2009, 00:50 »
creio que esta verificação está desnecessariamente complicada. Ao não usar uma única "pinta" (um ponto localizado) na peça faceada, você cria algumas complicações adicionais. Usando um único ponto e girando para medir nos dois lados, eliminam-se erros do posicionamento da peça na placa e as exigências de uniformidade da peça.

Não entendo o que você esta explicando, eu não estou girando a peça para medir os dois lados, esse procedimento de girar e medir os dois lados Será para fazer outro tipo de alinhamento, além de que, será feito muito depois de fazer os alinhamentos necessários para receber o moglice. Quando estou passando o relógio para conferir o faceamento feito, a peça fica paradinha. o relógio corre de um extremo ao outro da peça com a placa paradinha.

Se o carro estiver desalinhado, o relógio fica zerado até o centro da peça (Isto é óbvio, não?), depois seguindo para o outro extremo é que verificamos o desalinho.
Esta explicação eu postei porque alguém poderá querer conferir o faceamento e passar o relógio até o centro e nunca vai perceber desalinhamento do carro se houver.

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a idéia é facear uma vez só (ou usar uma peça qualquer, como fiz, como uma placa de arraste ou mesmo uma placa de 3 castanhas), e depois vai ajustando e medindo com o relógio.

O que estou fazendo é manter o torno montado como se nada estivesse sido feito em relação ao moglice.
Primeiro estou alinhando o carro para que ele usine a face em zero no relógio, independente de usar o moglice ou não. Isso para ter certeza que o carro está zerado antes de desmontá-lo.


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isso me parece esquisito. Você está fazendo isso com o carro apoiado nos parafusos? Se sim, não é adequado colocar esforços de corte com o carro sobre esses calcinhos.

A resposta é óbvia que não estou usinando nada apoiado aos parafusos, inclusive, se estivesse eu seria condenado a ser apedrejado em forum público. :D :D :D

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Se não, você está dizendo que está ajustando o carro por esses parafusos traseiros - e com isso inutilizando a guia prismática, que tem papel fundamental (e criando diversos problemas, como desgaste desigual do carro). Recomendo fortemente que você elimine esses parafusos traseiros.

Esqueça a guia prismática nesse assunto, estamos falando em faceamento e a guia prismática não exerce nenhuma função nessa operação, tanto é que ela fica até travada para não sair do lugar. Meu objetivo nessa etapa é única e exclusivamente obter um faceamento que não seja nem côncavo nem convexo, com as desculpas ao RC.

Esses parafusos servem sim para a regulagem, parece que você não entendeu o espírito deles. Esses parafusos servem para auxiliar a guia prismática e não substituí-la. Ora se vou usar o moglice o mais importante é ter essa base de referência do faceamento zerado.

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somente se você não mexer nela nem na placa até acabar a história toda. Se você usar o método de marcar um ponto e girar, a coisa fica bem mais simples. Qualquer peça chata serve, faceia-se uma única vez (ou nenhuma, se a peça for razoável, como uma placa) e mede-se com o relógio ao ajustar.

Sim, quando tiver os parafusos fixados no carro, e estiver tudo pronto e limpo, aí, darei última conferidas no faceamento e desmontarei o carro sem tocar ou girar a peça padrão.

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pelo que entendi, você pretende usar somente 2 no lado da guia prismática? como pretende fazer o alinhamento longitudinal?

Usarei um parafuso de cada lado na guia chata como mostra a foto do meu post anterior, e mais dois parafusos de cada lado na guia prismática, fixados em cantoneiras  Amanhã postarei fotos dos parafusos.

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Mas horizontal em relação a quê? Isso só tem sentido se você definir um plano horizontal no torno. Este precisaria ser arbitrado em alguma superfície usinada e utilizado como referência. Por exemplo: o par de guias planas (zerado com 2 calços de precisão e um nível de precisão) ou o topo das 2 guias prismáticas (zerado com um nível de precisão) ou o topo da base do cabeçote móvel (também com nível de precisão). Aí sim, a partir deste plano, você nivelaria outras coisas (por exemplo, as guias ou o topo do carro transversal).
Da forma como você está olhando, se alguém calçar os 2 pés traseiros da bancada durante a noite, o seu alinhamento estaria perdido - quando na verdade nada mudou.
Mas reforço que este não é um alinhamento necessário, o torno funcionaria da mesma forma se o carro transversal estivesse inclinado 45 graus para trás ou para a frente. E fazer um ajuste com 3 variáveis interdependentes é muito mais complicado do que ajustar com 2 variáveis.

Em relação às duas guias que fixam o carro transversal do qual estamos discutindo, A guia prismática e a chata.


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sugiro que deixe isso de lado. Se realmente fosse necessário este alinhamento, seria necessário o uso de um recurso com mais precisão do que a fita.

Ivan, sei que no seu tutorial do emprego do moglice você disse que esse alinhamento não é essencial, coisa que também concordo. Mas se você tiver em seu torno um alinhamento também nesse sentido não será muito melhor?

Quanto ao uso da fita, faça isso no seu torno que poderá comprovar que funciona.

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Reforçando:
- como vai fazer o ajuste de perpendicularidade no faceamento? 4 parafusos na guia prismática ou pretende usar os parafusos traseiros? Pelo que vi da foto, não seria o mais adequado usar os traseiros (eles só comprimem uma régua fina, não é isto?). E, de uma forma ou de outra, recomendo que elimine esses parafusos.

Serão usados 4 parafusos na guia prismática, mais os dois parafusos da parte trazeira como reforço.

Se após a aplicação do moglice estiver tudo alinhadinho, realmente esses parafusos
não serão mais necessários. Se não estiver alinhadinho, então teremos que fazer nova aplicação do moglice, mas, agora, com uma camada muito fina só para acerto.

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- sugiro que use o método de assinalar um ponto na peça a ser usada para ajustar o faceamento. Isso diminui muito as exigências sobre ela e aumenta suas chances de sucesso

Farei isso, assim se por ventura esbarras em algo terei o ponto como referência

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- não usine nada com o carro sobre os parafusos.

Nunca, nunca, nunca.  :o :o :o

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- sugiro que deixe para pensar no suporte para os feltros depois - a empreitada de alinhar decentemente e colocar o revestimento tem complicação suficiente e é muito mais importante do que os suportezinhos.


Sim isso vem para quando tudo estiver terminado e OK, somente farei os furos e passarei o macho 3/16" e ficará esperando o término desse calvário.

Grato pelas sugestões e forte abraço

Edson





Offline Ivan

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Re: Moglice - revestimento deslizante
« Resposta #44 Online: 26 de Outubro de 2009, 08:21 »
Não entendo o que você esta explicando, eu não estou girando a peça para medir os dois lados, esse procedimento de girar e medir os dois lados Será para fazer outro tipo de alinhamento, além de que, será feito muito depois de fazer os alinhamentos necessários para receber o moglice. Quando estou passando o relógio para conferir o faceamento feito, a peça fica paradinha. o relógio corre de um extremo ao outro da peça com a placa paradinha.
Oi Edson,
o procedimento é o mesmo que sugeri nos outros posts. Na sua peça faceada na placa, marque um ponto com canetinha na face dela, próximo à borda. Quando você girar o eixo-árvore (por exemplo, com a mão na polia grande), a marquinha vai obviamente girar. Gire o eixo de forma que a marca fique próxima ao operador. Posicione o carro com o relógio para indicar este ponto da marquinha. Mexa na polia também para ajudar a coincidir. Com a ponta indicadora sobre a marquinha, zere o mostrador. Agora avance o carro transversal para o outro lado, passando pelo centro*. O relógio vai estar indicando o lado mais distante do operador, e a marquinha ainda vai estar próxima do operador. Gire a polia manualmente (180 graus), até que a marquinha vá para o outro lado. Sem encostar no relógio, movendo somente a polia e o manípulo do carro transversal, faça com que o relógio e a marquinha coincidam. Essa é a sua leitura.
Desta forma, até uma peça torta pode ser usada para conferir o alinhamento.
*se a peça tiver um furo no centro, como uma placa, é só posicionar tudo abaixo ou acima do furo.
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Se o carro estiver desalinhado, o relógio fica zerado até o centro da peça (Isto é óbvio, não?), depois seguindo para o outro extremo é que verificamos o desalinho.
Esta explicação eu postei porque alguém poderá querer conferir o faceamento e passar o relógio até o centro e nunca vai perceber desalinhamento do carro se houver.
Fazendo do outro jeito, isto pode ser feito sem a exigência de facear uma peça (e não desmontar antes de medir). Claro que se usar uma peça faceada melhor ainda, mas sem essa de ficar refaceando e caçando um zero ao facear.
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O que estou fazendo é manter o torno montado como se nada estivesse sido feito em relação ao moglice.
Primeiro estou alinhando o carro para que ele usine a face em zero no relógio, independente de usar o moglice ou não. Isso para ter certeza que o carro está zerado antes de desmontá-lo.
Mas como você está alinhando? Se é usando os parafusos traseiros, você está criando um alinhamento que sobrepuja a guia prismática, e isso é encrenca, como mencionei.
Fazendo da forma recomendada, você mede o desvio da perpendicularidade, verificando como as coisas estão sem ter que ficar faceando.
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A resposta é óbvia que não estou usinando nada apoiado aos parafusos
Então a conclusão é que está criando outro alinhamento brigando com a guia prismática, como mencionei.
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Esqueça a guia prismática nesse assunto, estamos falando em faceamento e a guia prismática não exerce nenhuma função nessa operação
Exerce a mais importante, a guia prismática é quem dá o alinhamento para o posicionamento transversal. O que entendo que você está fazendo é ajustar os parafusos traseiros, empurrando a traseira da guia em um dos lados e com isso "girando" os carros. Para poder girar, necessariamente o carro trepa na guia prismática, impedindo qualquer chance de alinhamento confiável (além de, no uso, reduzir a rigidez e causar desgaste localizado prematuro).
Aquela guia traseira só tem sentido se ela for um "backup" da guia prismática, como havia mencionado. Se ela passar a ser o encosto primário em qualquer momento, era melhor ela não estar lá.
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Esses parafusos servem sim para a regulagem, parece que você não entendeu o espírito deles. Esses parafusos servem para auxiliar a guia prismática e não substituí-la.
Não entendi mesmo, desculpe se estou equivocado (e também por pegar no seu pé  :) ). Pelo que entendi até agora, isso é como ao fazer a geometria das rodas num carro usar um macaco para auxiliar. Vai levantando/abaixando o macaco até zerar na leitura lá da frente. Mas não vale de nada, pois o ajuste precisa ser feito sobre as rodas. O macaco só serviu para confundir e prejudicar o alinhamento.
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Usarei um parafuso de cada lado na guia chata como mostra a foto do meu post anterior, e mais dois parafusos de cada lado na guia prismática, fixados em cantoneiras
beleza, isso mesmo. Mais um motivo para eliminar os parafusos traseiros.
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Em relação às duas guias que fixam o carro transversal do qual estamos discutindo, A guia prismática e a chata.
A guia prismática com a guia chata não formam um plano, não entendi como você está usando isso como referência.
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Ivan, sei que no seu tutorial do emprego do moglice você disse que esse alinhamento não é essencial, coisa que também concordo. Mas se você tiver em seu torno um alinhamento também nesse sentido não será muito melhor?
Se ele não tem referência nenhuma, ele não é um alinhamento.
E a partir do momento em que esse ajuste complica outros 2 ajustes essenciais (pois se eu mexer nele prejudico os outros 2), só consigo ver como uma complicação desnecessária. Numa situação em que há dúvidas sobre como fazer as coisas, é um prejuízo em potencial.
Se a coisa fosse molezinha, eu também faria um alinhamento adicional, colocando 2 calços iguais sobre as 2 guias planas (1 do carro, 1 do cabeçote) e o nível de precisão sobre estes calços. Ajustando nos pés da bancada faria com que o nível indicasse zero. Este seria o plano de referência. Contra ele seria ajustado o topo do carro transversal. A única utilidade que vejo seria facilitar alinhamentos ao posicionar acessórios sobre o carro transversal - como um dispositivo para fresar no torno, ou um divisor. Mas considero isto uma utilidade muito limitada para compensar o serviço.
O trabalho para fazer decentemente os 2 ajustes que importam já é chatinho - pois ao mexer em um, altera o outro. 3 ajustes interdependentes complicam ainda mais a coisa.
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Serão usados 4 parafusos na guia prismática, mais os dois parafusos da parte trazeira como reforço.
Insisto que use os 4 da prismática e mais 2 na guia chata, e todos estes serão essenciais no alinhamento. Não use os parafusos traseiros neste procedimento.
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Se após a aplicação do moglice estiver tudo alinhadinho, realmente esses parafusos
não serão mais necessários. Se não estiver alinhadinho, então teremos que fazer nova aplicação do moglice, mas, agora, com uma camada muito fina só para acerto.
Edson, calma na história que não é por aí. Este é um procedimento feito de uma vez só.

1 - O carro tem que estar alinhado com os dispositivos de posicionamento usados
2 - Você precisa poder medir isso e confirmar que está dentro das referências que você definiu como aceitáveis
3 - Isto precisa ser confiável e poder ser repetido (ex. medindo várias vezes, tirando e recolocando o carro e verificando se perdeu o ajuste etc)
4 - A aplicação do revestimento precisa manter este alinhamento conferido
5 - Após a aplicação, novas medições são feitas apenas para confirmar o resultado

Se alguma coisa deu errado, entende-se o erro e refaz-se o procedimento. Esses revestimentos (tanto o moglice quanto este) têm uma camada mínima para aplicação, não dá pra querer aplicar novas camadas sem repreparar a superfície. Se ficar um buraco ou bolha dá pra fazer um reparo local, mas isso é outra coisa.

Desculpe se estou pegando no seu pé, estou só tentando evitar que seja feito um procedimento que leve a resultados imprevisíveis.
« Última modificação: 26 de Outubro de 2009, 10:20 por Ivan »

 

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