Diante das dificuldades em contratar serviço de torno aqui em Brasília, e depois de observar o trabalho de usinagem de um colega, sou mais um a aqui do Planalto Central a comprar um pequeno torno.
Queria um torno miúdo, mas que fosse suficientemente robusto para usinar pequenas peças de aço.
Estava inicalmente tentado a adquirir um da Marca Unimat, cheguei até a particiar de leilões do Ebay (meu lance foi superado naquela chuva de lances dos últimos segundos), mas depois de pesquisar a respeito e pedir a opinião de colegas aqui do fórum resolvi escolher um a venda aqui mesmo no Brasil, que estava anunciado na Internet.
Em Lins-SP, um engenheiro aposentado, resolveu vender um antigo torno Myford ML7 (máquina também aposentada) herdado de seu pai, que nas horas vagas era ourives.
Por se tratar de um torno muto antigo, incicialmente desconfiei do anúncio que dizia que o torno estava em excelente estado, mosca branca, etc. Além do que, as fotos do anúncio estavam bem desfocadas e permitia tirar um coclusão do estado do material.
Achei o preço anunciado, bem salgado, mas como é raro encontrar um Myford a venda no Brasil, resolvi negociar.
Tinha como base de preços, os anunciados no site
http://www.myford-lathes.com/used.htm (Reino Unido) sem considerar os impostos de importação para o Brasil e o frete marítimo.
Depois de telefonemas, ofertas e contra-ofertas chegamos ao finalmente, condicionado à verificação "in loco" das condições da máquina conforme o anunciado.
Outra questão seria sair de Brasília e ir até Lins, com o risco de constatar que o negócio seria uma farsa.
O vendedor, disse que se eu achasse que o torno estivesse diferente do anunciado, que indenizaria todas as despesas da minha viagem até Lins-SP.
Fui de carro, um Honda Fit, e pelas medidas que o vendedor tirou do torno e da bancada, caberiam tudo no carro. Levei de precaução, uma esmerilhadeira com disco de corte e uma serra de arco.
Chegando em Lins, fui bem acolhido pelo vendedor, que me levou até um barraco repleto de ferramentas, a maioria muito antigas e herdadas do pai.
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Olhei o torno e realmente era aquilo que vendedor estava anunciando.
O torno no barraco é o das imagens abaixo.
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Não estava muito limpo. O primeiro detalhe que procurei ver foi o fuso e o barramento. Estavam e bom estado. Girei todos os manípulos, e o movimento foi suave, sem forlgas ou muito apertos.
Quanto aos acessórios, havia muita coisa a mais, e algums a menos. Mas o essencial estava presente e com muita ferramentas e bits de corte.
Se tiver que fazer alguma coisa, e só a pintura e a aquisição de mais acessórios (luneta e fixador, divisor, uma ou duas pontas fixas, etc).
Negócio fechado. Vamos por no carro.
Aí estão as fotos de como ficou a arrumação no interior do Honda Fit.
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Voltei no mesmo dia após degustar um bom lanche feito pela esposa do engenheiro aposentado.
A viagem de retorno foi bem cansativa.
Em casa, com ajuda do porteiro, tirei o torno do Fit e montei-o na área de serviço.
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Detalhe da azeiteira de lubrificação do eixo (spindle) da placa.
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Acessórios e ferramentas
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Ligado, testado e pronto para o uso.