É uma pena que não se conhece a história da máquina
Até interroguei o vendedor para saber mais detalhes, mas apenas que o torno era de seu pai falecido em 1991, e havia adquirido o torno no início da década de 80. O dono anterior era estrangeiro que voltou para a Inglaterra.
Como foi dito anteriormente pelo Ivan e por você, parece que houve uma adaptação nos fusos do carro móvel.
Acho tão estranho fazer certas adaptações como as estão sendo sugeridas, mas e claro que isso pode ter acontecido.
Estou com a dúvida se os fusos e castanhas métricas são da Myford ou foram adaptadas de outros tornos.
Acho difícil a primeira hipótese ter ocorrido, pois havia muita dificuldade em importar peças originais na época. A castanha deve ter desgastado, e aí, resolveu trocar também os fusos por existentes no mercado.
Eu como sou meio purista, prefiro deixar a máquina o mais original possível, mas nesse caso há dois caminhos: deixar a máquina toda em milimetros ou toda em polegadas...
Concordo plenamente. Tenho dois carros jipes, um deles é bem antigo, é um Dacunha Jeg, é raro. Me esforço em mantê-los originais.
Quando comprei o torno, estava pensando mais na utilidade imediata, e depois que o ví, penso muito em deixá-lo como veio de fábrica.
Coloco aqui uma screen do manual, com a relação das peças originais.
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Abaixo coloco um recorte do catálogo com preços atuais do fabricante, das peças que estamos falando.
Fiquei na dúvida sobre o quê seria "Re-settable Micrometer Dial"
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Para mim não faz muito sentido deixá-la em milimetros para tornear e em polegadas para fazer rosca - não se seja um problema - é até mais prático se formos pensar, mas eu penso mais é na originalidade mantida.
Isso é uma coisa que vou descobrir na prática. Ainda sou iniciante.
Por exemplo, acho estranho que uma máquina de 1951 use uma castanha em aluminio - bronze seria o mais comum ao meu ver...
Também achei o alumínio um pouco nobre para o serviço como castanha. Mas esse torno possui outros componentes em alumínio. Como exemplo todas as carenagens são de alumínio.
O uso de alumínio em 1951 era bem restrito, mas vale lembrar que a Inglaterra usou-o muito nas aeronaves da Segunda Guerra.
Embora hoje o Myford tenha a aparência de antiquado, no pós-guerra era Top da categoria pequenos.
Os Myford tinham um alto custo de aquisição, e ainda tem. O modelo Super7 novo (substituto do ML7) é vendido na fábrica por quase 8 mil Libras. Lembrando que uma Libra = R$ 2,66.
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Em tempo
Aproveito e coloco aqui o link de uma reforma completa de um Myford
http://www.lathes.co.uk/myfordrebuild/www.onepoint6.co.uk/Myford/Myford%20ML7%20Page%202.htmAbaixo da linha divisora coloquei o Catálogo 2010 das Peças e a tabela de Preços de Myford novos