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MÁQUINAS EM GERAL => Tornos => Tópico iniciado por: pedro luciano em 20 de Março de 2009, 15:26

Título: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: pedro luciano em 20 de Março de 2009, 15:26
    Senhores!. Por favor, comprei um torno Joinville 217 RCN 1987 e tenho dificuldades na troca da correia em V que aciona a árvore principal da cabeçote fixo. Pelo que senti eu terei que desmontar todo o conjunto (polias e engrenagens) desse eixo.  O sentido da retirada é para o lado onde se fixa a placa(lado do barramento)?   Desde já meu obrigado.
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: F.Gilii em 20 de Março de 2009, 15:31
Pedro,

Não conheço este torno, mas acredito que o eixo-árvore deva sair para o lado do barramento.
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Ivan em 20 de Março de 2009, 16:08
Pedro,
tem certeza que é 217 de 1987? não é 1978? Até onde sabia, os 217 (com avanço transversal automatico) e os 117 (sem avanço transversal automático) R (sem caixa) e RCN (com caixa Norton) só foram fabricados até meados da década de 70. Depois, foram substituídos pelo TM127. Eu tenho um 217R.

Agradeço se vc pudesse postar uma foto dele e da plaqueta dele.

Este é o desenho do cabeçote dele (117, 217 e 127, são iguais, só mudou a estética do fundido no 127).
http://images1.fotopic.net/?iid=yudhej&outx=600&noresize=1&nostamp=1

O eixo sai pela frente, sobre o barramento.

1 - Remova as tampas das 2 pontas
2 - Remova o parafuso de trava e solte a porca de aperto do rolamento cônico dianteiro (atrás dos rolamentos dianteiros)
3 - Solte o parafuso da trava da polia/rolamento traseiro (à frente do rolamento traseiro)
4 - Remova o parafuso da polia (na verdade, é um bujão para engraxar, mas só pra garantir)
5 - Bata na bunda do eixo com muito carinho. Use um calço de madeira. NÃO BATA COM A MARRETA NO EIXO. :)

A parte mais chata é uma chaveta que segura a engrenagem grande dianteira, ela vai soltar ao dar encosto na parte da frente. Pode tentar um WD40 nessa chaveta que mal não faz.

Sugestões:
Use uma correia boa (ex. goodyear) pra não se incomodar tão cedo depois.
Inspecione os rolamentos, principalmente o cônico dianteiro, veja se os roletes estão 100% íntegros. Lave os rolamentos com querosene e renove com uma graxa boa (da SKF, NSK, Graxazul etc). Não entupa de graxa, o correto é 1/3 do volume total. Não fique girando sem a lubrificação.
Reengraxe também a parte interna da polia, onde faz contato com o eixo.
Antes de montar, veja se não tem nenhuma sujeira ou rebarba nos alojamentos, e passe um óleo para montar.
No fim da montagem, dê umas pancadas no eixo pela frente (mesmo cuidado) para ele ir até o final.
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: pedro luciano em 20 de Março de 2009, 22:19
Ivan, realmente o ano é l978. Agradeço o auxílio a você e o ao Fgilli. Confrontando com o manual do TM 127, disponibilizado por vc em outro tópico, notei a ausência do  indicador de roscas, da placa 4 castanhas independentes. O indicador de roscas encontrei em uma empresa (Farsil) de SPaulo. Achei meio salgado R$ 270,00. Vou fazer uma pesquisa mais acurada na região da Rua Piratininga e adjacências. Mais uma vez obrigado. Pedro.
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Ivan em 21 de Março de 2009, 07:51
Essa peça não vale isso nem @!#@$.
Fora a engrenagem, a peça é bem fácil de fazer. Mas a engrenagem não é (tbm dá pra fazer no torno, mas essa dá trabalho).
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: mulapreta em 18 de Julho de 2009, 22:57
Essa peça não vale isso nem @!#@$.
Fora a engrenagem, a peça é bem fácil de fazer. Mas a engrenagem não é (tbm dá pra fazer no torno, mas essa dá trabalho).

Ivan, dá pra mandar um desenho ou fotos dessa peça indicadora de rosca para ver se dá para ser fita por mim?

Abs.

Edson S.Garcia

Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Ivan em 18 de Julho de 2009, 23:48
Edson,
é simplesmente uma engrenagem que acopla no fuso, e gira um indicador em cima. Em torno deste, um mostrador com 8 divisões.

O diâmetro da engrenagem é 33,8mm, com 32 dentes. A espessura da engrenagem é 1/2 polegada (12,7mm).

O visual vai do gosto do freguês.

(http://img199.imageshack.us/img199/3923/96677997.th.jpg) (http://www.postimage.org/image.php?v=aV1jyMs0)


(http://img102.imageshack.us/img102/3876/94711119.jpg) (http://www.postimage.org/)



(http://img199.imageshack.us/img199/3815/12420866.th.jpg) (http://www.postimage.org/image.php?v=Pq1SCE1A)

(http://img190.imageshack.us/img190/935/16335005.jpg) (http://www.postimage.org/)


(http://img23.imageshack.us/img23/8185/78853592.jpg) (http://www.postimage.org/)

Uma forma de fazer a engrenagem é esta:
(http://img190.imageshack.us/img190/6802/85384618.th.jpg) (http://www.postimage.org/image.php?v=Pq1SCQvi)
Faz uma cópia curta do fuso (3/4" 8tpi - mas com diâmetro externo 1 décimo maior e interno 1 décimo menor) em aço prata (ou outro temperável), abre os canais, destalona (pra rosca toda não ficar roçando, somente nas arestas de corte), tempera e afia. Usa como um "gear hobber", como na foto.
Não é complicado, mas trabalhoso. Como esta engrenagem não sofre esforço praticamente nenhum, poderia ser de qualquer material razoável (o que talvez até permitisse tentar sem endurecer a ferramenta).
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: mulapreta em 19 de Julho de 2009, 02:10
Obrigado Ivan,

Vou achar material para tentar fazer. Posto resultado e fotos se der certo.

Abs.

Edson

Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: marc0 em 19 de Julho de 2009, 11:51
Olá Edson;
Porque vc não funde uma nesse seu forninho parado que esta aí. eh eh eh...
Abraços....

Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: mulapreta em 20 de Julho de 2009, 02:01
Olá Edson;
Porque vc não funde uma nesse seu forninho parado que esta aí. eh eh eh...
Abraços....

Você é um cara muito perspicaz. Pelo visto você percebeu que eu não postei o meu forninho queimando e está aguardando o resultado. Está se aproveitando da situação para me dar umas alfinetadas em... eh eh eh . Pede dar que eu mereço, estou em falta com você, o Ivan e o Alebe que me ajudaram muito.

Em casa não tenho um quintal grande descoberto e estou receoso de tocar fogo no forninho e depois na casa. Eu já ia consultar você e os outros nossos amigos do forum para perguntar se o forninho esquenta muito a região adjacente (+/- 1 (Um) metro ao redor). 

Mas, com toda razão, já havia pensado nisso, fazer um modelo em cera usando o próprio fuso do torno para modelar os dentes da engrenagem e fundir aqui em casa.

Essa peça é pequena e poderia usá-la para aprender a mexer com fundição na prática.

Aproveitando, qual a temperatura para fundir bronze?
Uma engrenagem de alumínio daria conta do recado?

Abs.

Edson
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: C N C N o w ! em 20 de Julho de 2009, 07:38
Em casa não tenho um quintal grande descoberto e estou receoso de tocar fogo no forninho e depois na casa.

Edson, eu sei que não é lá muito prático transportar o forninho e tb que vc vai querer usar em casa, mas se quiser vir pra cá para os primeiros experimentos, a masmorra está à sua disposição como sempre ...
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Ivan em 20 de Julho de 2009, 08:11
Eu já ia consultar você e os outros nossos amigos do forum para perguntar se o forninho esquenta muito a região adjacente (+/- 1 (Um) metro ao redor). 
Não esquenta não, mas ainda assim precisa de um espaço adequado para movimentar o cadinho, verter etc. - onde possa cair algum alumínio fundido e não destrua nada de valor.
Citar

Mas, com toda razão, já havia pensado nisso, fazer um modelo em cera usando o próprio fuso do torno para modelar os dentes da engrenagem e fundir aqui em casa.
Pode ser ignorância minha, mas não acho que isso vá funcionar desta forma. A única forma que vejo pra fundir a engrenagem seria pegando uma igual, fazendo um molde em silicone, daí um contramolde em cera e fundir por cera perdida, depois rebarbar. Isso desprezaria a contração no esfriamento, mas pra essa finalidade acho que funcionaria. Mas não é a melhor solução, acho eu. Se fosse moldar, eu tentaria uma resina epóxi reforçada com fibra picada.
Citar

Essa peça é pequena e poderia usá-la para aprender a mexer com fundição na prática.

Aproveitando, qual a temperatura para fundir bronze?
Uma engrenagem de alumínio daria conta do recado?
depende da liga, mas coisa de 900 a 1000 graus C. Apesar de alumínio não ser material adequado pra isso, como ali não tem esforço quase nenhum acho que até vai.
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: marc0 em 20 de Julho de 2009, 10:38
Desculpe Edson; eh eh eh
Não estou com essa bola toda não...
Apenas fiz uma brincadeira.

Não recomendo fundir a engrenagem de alumínio, prefiro usar uma engrenagem comercial de aço, mas a carcaça fundida com alumínio ficaria muito boa.

O maior problema de usar um forninho não é ao lado, 1 metro de distância é suficiente, o problema é encima, a fumaça e o fogo. mas como é possível controlar a chama, pode-se ir aos poucos até onde der.

Para fundir uma peça tendo o modelo não precisa de toda essa mão de obra, basta ter uma caixa que caiba o modelo com folga e onde possa socar bem a areia. Dependendo da peça pode ser feito em uma ou duas partes (ou até mais).

Pelo visto o Jorge tem um espaço adequado como área de prova; caberia uma filial da batcaverna? eh eh eh....

Abraços...


 
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Ivan em 20 de Julho de 2009, 11:39
No da 4a. imagem as engrenagens são de alumínio. Não é o mais recomendável, mas funcionaria.
O problema de usar uma engrenagem comercial é que ela precisaria da angulação dos dentes para encaixar adequadamente no fuso, não dá pra ser dentes verticais (a menos que inclinasse o conjunto todo).
E pra moldar uma engrenagem como essa, creio que teria que ser com um molde flexível como silicone, por não ter como tirar a peça do molde de areia (angulos de saída etc.)
Para fazer só o corpo em alumínio, aí é simples.
Mas eu faria por hobbing, talvez até apelando pra um disco de alumínio e a ferramenta não endurecida...
O corpo é fácil de fazer no torno a partir de um tarugo, como o da 5a. imagem.
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: F.Gilii em 20 de Julho de 2009, 11:41
Não seria mais fácil fresar uma engrenagem dessas?
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: mulapreta em 20 de Julho de 2009, 11:47
Edson, eu sei que não é lá muito prático transportar o forninho e tb que vc vai querer usar em casa, mas se quiser vir pra cá para os primeiros experimentos, a masmorra está à sua disposição como sempre ...

Jorge, agradeço muito e estou até propenso a aceitar, vou tentar fazer um experimento aqui em casa e se não funcionar ligo pra você combinando. O maior problema é que o forninho pesa pra cace.., digo pra burro.

Não esquenta não, mas ainda assim precisa de um espaço adequado para movimentar o cadinho, verter etc. - onde possa cair algum alumínio fundido e não destrua nada de valor.

Ainda bem que não esquenta, quanto a destruição de coisas não há nada por perto.
Citar
Pode ser ignorância minha, mas não acho que isso vá funcionar desta forma. A única forma que vejo pra fundir a engrenagem seria pegando uma igual, fazendo um molde em silicone, daí um contramolde em cera e fundir por cera perdida, depois rebarbar. Isso desprezaria a contração no esfriamento, mas pra essa finalidade acho que funcionaria. Mas não é a melhor solução, acho eu. Se fosse moldar, eu tentaria uma resina epóxi reforçada com fibra picada.
Concordo com você, a melhor forma seria esse método que você está indicando, fazendo a partir de uma engrenagem pronta, mas não tenho ela disponível.

Quanto a contração, como se trata de uma peça pequena, penso que não fará muita diferença se fizer o modelo um pouco maior.

Citar
depende da liga, mas coisa de 900 a 1000 graus C. Apesar de alumínio não ser material adequado pra isso, como ali não tem esforço quase nenhum acho que até vai.

Então tentarei primeiro fazer em alumínio 660º.

Desculpe Edson; eh eh eh
Não estou com essa bola toda não...
Apenas fiz uma brincadeira.

É você tá que nem o Ronaldo, dizem que tá gordinho, mas faz cada gol... eh eh eh

Citar
... o problema é encima, a fumaça e o fogo. mas como é possível controlar a chama, pode-se ir aos poucos até onde der.

Esse é exatamente o meu problema. vou tirar umas fotos do local para vocês opinarem.

Citar
Para fundir uma peça tendo o modelo não precisa de toda essa mão de obra, basta ter uma caixa que caiba o modelo com folga e onde possa socar bem a areia. Dependendo da peça pode ser feito em uma ou duas partes (ou até mais).

Tendo o modelo e em função do desenho da peça poderia até ser feita por esse método. Eu tenho Areia Verde bem fina, Bentonita nem precisaria de caixa, poderia fazer até numa lata velha.

Citar
Pelo visto o Jorge tem um espaço adequado como área de prova; caberia uma filial da batcaverna? eh eh eh....
Se der pra  levar as tralhas para a masmorra, eu e o Jorge vamos por fogo no Bairro.

Não seria mais fácil fresar uma engrenagem dessas?

Ah se eu tivesse uma oficina igual a sua com certeza o problema estaria quaze resolvido..., só faltando ter a sua experiência.


Abraços a todos

Edson


Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: F.Gilii em 20 de Julho de 2009, 13:31
Ah se eu tivesse uma oficina igual a sua com certeza o problema estaria quaze resolvido..., só faltando ter a sua experiência.
Mas e se eu oferecesse minha oficina para tentar resolver a pendenga?

Sinta-se à vontade, uai!
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: mulapreta em 20 de Julho de 2009, 22:20
Ah se eu tivesse uma oficina igual a sua com certeza o problema estaria quaze resolvido..., só faltando ter a sua experiência.
Mas e se eu oferecesse minha oficina para tentar resolver a pendenga?

Sinta-se à vontade, uai!

Só se você estiver presente para eu não cometer nenhuma "caca".

Abs.

Edson

Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: mulapreta em 20 de Julho de 2009, 23:02
jorge L.

Hoje tentei levantar o forninho mas "não deu nem pro cheiro" o danado é muito pesado. Com certeza mais de 100 Kg. O local de minha oficina é no 2º andar, com dois lances de escadas. Se aí é a masmorra, aqui seria o calabouço

Mas, e somente mas, eu sou um cara que não desiste tão facilmente.

Tenho meu forninho velho, feito com massa refratária todo quebradiço.
Para fazer o forno novo comprei 2 (dois) sacos de Concreto Refratário e sobrou um bocado.
Peguei o forninho velho desmanchei toda e estrutura defeituosa e concretei novamente ficou ótimo.

Agora é só esperar secar até amanhã, experimentar (o maçarico e a ventoinha serão as mesmas) então ligo para você para marcar uma queimada aí na masmorra, com presença de quem quiser ajudar.

Ver fotos do caçulinha. Esse, mesmo com concreto molhado, dá para erguer.

Aproveitando o embalo, estou postando fotos do local que pretendo destinar para o "setor" de Fundição.

Opinem sobre o espaço de dá ou é pequeno. A altura do Telhado é de 2,30 m.


Abs.

Edson



Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: C N C N o w ! em 21 de Julho de 2009, 07:27
...  então ligo para você para marcar uma queimada aí na masmorra, com presença de quem quiser ajudar.

Tá beleza Edson, quando quiser.

Citar
Ver fotos do caçulinha. Esse, mesmo com concreto molhado, dá para erguer.

Gostei !

Citar
Aproveitando o embalo, estou postando fotos do local que pretendo destinar para o "setor" de Fundição.

Eu tinha imaginado um espaço confinado, mas vendo as fotos não me parece tão ruim, é bem ventilado, acho que dá pra trabalhar aí sim ... imagino que na pior das hipóteses vc possa instalar uma chapa metálica logo baixo do telhado para protege-lo ...
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: marc0 em 21 de Julho de 2009, 10:40
Olá Edson;

Eu recomendaria uma coifa e uma proteção (chapa na parede).
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: mulapreta em 21 de Julho de 2009, 22:10
Eu tinha imaginado um espaço confinado, mas vendo as fotos não me parece tão ruim, é bem ventilado, acho que dá pra trabalhar aí sim ... imagino que na pior das hipóteses vc possa instalar uma chapa metálica logo baixo do telhado para protege-lo ...

Olá Edson;

Eu recomendaria uma coifa e uma proteção (chapa na parede).

Hoje pela manhã li seu post e o do marco, Como vocês opinaram que o espaço era suficiente, "Mandei Bala". Fui prepara o forninho para o teste. No forninho pequeno, bem entendido.

O teste teve início com o uso de gás, funcionou muito bem, sem fumaça e queimando com muita regularidade, sem falhas (soluços). Passados 20 minutos, dei uma olhada no cadinho e notei que o alumínio estava quase derretido.

Nota: para examinar ou retirar o cadinho do forno desliguei completamente o forno.

Reiniciei a operação com Gás, por ser melhor para pegar fogo, e após uns minutos acionei o registro do óleo. O Forno parecia que era turbinado, o fogo aumentou consideravelmente, fui desligando o Gás e aumentando o Ar e o Óleo. A temperatura interna ficou violenta. Com Gás o Forno esquenta, mas com óleo a parede do forno chegou a ficar vermelha. O único inconveniente é um pouco de fumaça com cheiro de óleo queimado, mas nada que não dê para aguentar.

Como estava dando tudo certo, fui parando e colocando mais alumínio para derreter. Como eu tinha feito há uma semana meu primeiro modelo em areia verde com Bentonita, (o modelo nada mais era que um cano grosso enfiado na areia) então, com o alumínio liquido, vazei minha primeira peça Fundida.

É muito legal. Se tiverem oportunidade e condições, façam um forninho que não é nenhum bicho de sete cabeça. O único conselho é para usa CONCRETO REFRATÁRIO, nunca usem Massa Refratária, Cimento Refratário. Eu usei ambos e me arrependi com Concreto Refratário o forninho fica liso e duro sem nenhuma rachadura.

Quanto ao forno grande, acho que unirei as duas opiniões, colocarei uma chapa no telhado e uma chaminé que já tenho instalada na fornalha que está atrás do forninho (A fornalha é o tambor de 200 litros deitado no fundo da foto a chaminé está sobre a fornalha).  Como essa fornalha tem rodinhas e a chaminé é destacável será muito fácil.

Abaixo, as fotos para provar que não estou mentindo sozinho... eh eh eh

Jorge, sua oferta fica suspensa até testar o fornão, a não ser que queira fundir alguma peça para você,aí é só mandar que dou uma chegada aí com o equipamento completo.

Grato a vocês e

Abraços

Edson

Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: marc0 em 21 de Julho de 2009, 23:20
Meus parabéns Edson;
Tiro o chapéu, ficou muito bom; até eu que estou meio aposentado e desistindo do ramo, estou morrendo de inveja e repensando.
Quem sabe eu não construa outro forno para mim em breve, o duro é a fila de coisas inacabadas.
Agora vai ehim !
Um grande abraço....
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Alebe em 22 de Julho de 2009, 00:20

Parabens Edson.
Agora com os 2 fornos ja da pra montar uma fundição. he, he, he

O problema em contruir um forninho, é que vc começa a ver as rodas de liga leve dos carros da região com outros olhos...  ;D
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: mulapreta em 22 de Julho de 2009, 01:41
Meus parabéns Edson;
Tiro o chapéu, ficou muito bom; até eu que estou meio aposentado e desistindo do ramo, estou morrendo de inveja e repensando.
Quem sabe eu não construa outro forno para mim em breve, o duro é a fila de coisas inacabadas.
Agora vai ehim !
Um grande abraço....

Se estiver disposto, tenho um tabor de 50 litros disponível, é só pegar.

Obrigado pelos elogios


Parabens Edson.
Agora com os 2 fornos ja da pra montar uma fundição. he, he, he

O problema em contruir um forninho, é que vc começa a ver as rodas de liga leve dos carros da região com outros olhos...  ;D

É... sem dúvida, a gente olha essas rodas com uma cobiça...

No meu post anterior eu me lebrei de você quando aconselhava a fazer o forninho com concreto refratário, alias, sugestão sua.

Abs.

Edson

 

Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: C N C N o w ! em 22 de Julho de 2009, 07:40

Adorei ! Parabéns Edson !

Fico muito contente que tudo tenha transcorrido tão bem.  ;D

Eu nunca pensei em outro combustível que não gás, mas com sua informação acho que vou considerar a possibilidade de queimar óleo tb ...
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: mulapreta em 25 de Julho de 2009, 01:53
Bem pessoal, como o tópico é sobre Torno, estou postando uma idéia que tive para alinhamento do torno usando RAIO LASER.

Há vários dias atrás, o Lolata postou algo sobre Caneta de Raio Laser e lendo esse poste tive a idéia de usá-lo no alinhamento, que estava me aporrinhando um pouco.

O sistema consiste em 3 (três) peças de alumínio com um furo central de 2,5 mm. (Essa é a broca mais fina que disponho, poderá ser mis fina) que colocadas em linha, duas no eixo árvore, uma na parte de traz e outra (cônica CM3) no furo da frente e a última peça (cônica CM2) no cabeçote móvel do torno.

 
(http://www.postimage.org/aV1QrRgr.jpg) (http://www.postimage.org/image.php?v=aV1QrRgr)

Na peça trazeira foi alojado uma caneta (vagabunda) de Raio Laser, tendo o facho do raio na parte central da caneta.

 
(http://img194.imageshack.us/img194/606/69359680.th.jpg) (http://www.postimage.org/image.php?v=gx9UjDA)

O princípio é o seguinte:
Depois de regular muito bem a posição da caneta na peça para que o raio transpasse o furo central esse raio deverá passar pelo furo central da segunda peça instalada no furo cônico da frente do cabeçote e atingir, também, o furo central da peça colocada no Cabeçote móvel conforme fotos da seguencia.


(http://www.postimage.org/aV1QuPl9.jpg) (http://www.postimage.org/image.php?v=aV1QuPl9)


(http://img194.imageshack.us/img194/5443/11106515.th.jpg) (http://www.postimage.org/image.php?v=aV1QvigS)


(http://img190.imageshack.us/img190/8492/74520599.th.jpg) (http://www.postimage.org/image.php?v=aV1Qvng9)


(http://www.postimage.org/PqwuPWJ.jpg) (http://www.postimage.org/image.php?v=PqwuPWJ)

Alinhamento:
Quanto o Raio estiver passando pelos dois furos do eixo do cabeçote fixo e atingir a peça do cabeçote móvel, gira-se o eixo vagarosamente para ver se o raio permanece no mesmo lugar, se não regula-se a posição da caneta na peça trazeira.

Posteriormente, aproxima-se o cabeçote móvel do cabeçote fixo e verifica se o raio transpassa o furo da peça do cabeçote móvel e se reflita bem no ponto final do canal, por isso a peça é cortada, para se ver onde reflete o raio. Se não estiver exatamente como descrito anteriormente, regula-se o cabeçote móvel para direita ou esquerda até estar bem alinhado.

Por último, verifica-se o alinhamento do barramento, distanciando-se o cabeçote móvel para parte mais distante e o reflexo deverá estar exatamente na mesma posição, se não terá que alinhar o cabeçote Fixo.

Espero que os amigos do forum estudem essa idéia e postem seus comentários. Para mim deu muito certo e o torno ficou bem, mas muito bem melhor que antes de usar esse processo.

Mais tarde vou refazer essas peças com uma caneta  Laser bem melhor e fazer um furo de no máximo 1,5 mm.

Grato

Edson

Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: RAranda em 25 de Julho de 2009, 08:35
Grande Edson.....

E suas idéias mirabolantes. ehehehehe

Tudo isso para alinhar o cabeçote fixo com o móvel...

É muito mais complexo e trabalhoso que com um relógio comparador e uma barra retificada.

Mas com certeza muito mais engenhoso.

Meus parabéns.

Abraços.

Rubens
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: mulapreta em 25 de Julho de 2009, 12:25
Tudo isso para alinhar o cabeçote fixo com o móvel...
É muito mais complexo e trabalhoso que com um relógio comparador e uma barra retificada.

Rubens,
Grato pela sua opinião.

Mas, não é muito mais trabalhoso não, pelo contrário, penso que é muito mais rápido e eficiente também.

Pelo método atual:

Para alinhar cabeçotes fixo e móvel, temos que usinar dois tarugos, um comprido entre postas para o cabeçote móvel e um grosso preso só na placa para alinhar o cabeçote móvel, Alem de realizar o alinhamento de cada parte do torno por vez, temos o trabalho de usinar e conferir, usinar e conferir, usinar e conferir, até atingir o alinhamento satisfatório;

O principal é que enquanto você regula qualquer um dos cabeçotes tem que soltar os parafusos dos cabeçotes, regular no “olhometro” (o relógio serve para ver se está ou não alinhado), não pode ligar o torno para testar o alinhamento, Tem que apertar os parafusos para  testar o alinhamento (Não podemos ligar o torno com qualquer cabeçote solto). Se faltar um tiquinho, tem que realizar novamente a mesma operação. Isso para cada parte independente.

Pelo Raio Laser:

Nesse processo de Raio Laser, tudo é feito com o torno parado e o alinhamento de todas as partes podem ser feitas simultaneamente. O alinhamento do cabeçote móvel, por exemplo, você vai regulando até o raio atingir o ponto certo, e é só.

O trabalho, é fazer as três peças pela primeira vez (Demorei três horas e de torno não conheço quase nada) , mas como estamos aqui para nos divertir e aprender...será mole,  mole.

Lembrando que esse processo se presta também para alinhar a Placa, é só colocar uma quarta peça presa na placa e teremos o alinhamento do conjunto completo.

Pense nisso e responda.

Um grande abraço.

Edson

Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: mulapreta em 16 de Agosto de 2009, 03:17
Este tópico está parado já desde a última postagem.

Então vou complementar informando que terminei hoje de fazer a "bendita" engrenagem para o Indicador de Rosca que pretendo fazer.

Eu havia mencionado que faria a engrenagem fundida em alumínio por cera perdida. Não consegui. Mas, serviu para um bom aprendizado na área de fundição. agora eu já acendo meu forninho como se acende um fogão à gás. Acho que esse tipo de fundição, enquanto não pegar bem a prática, só sera para peças maiores sem muito detalhes.

O processo que resolveu meu problema foi o aconselhado pelo Ivan, Fazer a Rosca em um eixo (8 fp) depois fazer as ranhuras nas roscas na longitude do fuso afiar como se fosse um macho e no próprio torno frezar a engrenagem.

Eu já possuia um fuso de 1" com 8 fpp e foi muito fácil fazer os dentes da engrenagem usando minha esmerilhadeira.
Primeiro enrrolei uma fita de papel na placa do torno e depois estiquei numa mesa e medi, obtendo o diâmetro da placa. Por sorte ou se fabricada de proposito mediu exatamente 50 cm. que dividi em 5 em 5 centímetro. Voltei a fixar a fita de papel na placa. assim tive a marcação exata das ranhuras no fuso.

Os passos posteriores foi adaptar o tarugo do bronze no carro móvel. Essa parte vai depender de cada caso e material disponivel de cada pessoa. Eu usei rolamentos de Costa e arruelas para controlas a altura dos dentes da engrenagem.



 
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: RAranda em 16 de Agosto de 2009, 08:31
Grande Edson...

Esse torninho está dando duro pelo que vemos.

Meus parabens.

E não nos deixe sem notícias desse trabalho que está realizando, realmente é um acessório que servirá muito bem.

Grande abraço.

Rubens

PS. Porque tantas entradas nesse macho? Não poderia ser apenas 3, como nos tradicionais?
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: mulapreta em 16 de Agosto de 2009, 13:09
Grande Edson...

Esse torninho está dando duro pelo que vemos.

Meus parabens.

E não nos deixe sem notícias desse trabalho que está realizando, realmente é um acessório que servirá muito bem.

Grato por seus comentários sempre animadores.
Você é um cara que sempre está ativo no Site comentando e opinando sempre com intuito de incentivo.

Citar
PS. Porque tantas entradas nesse macho? Não poderia ser apenas 3, como nos tradicionais?

Como sou marinheiro de primeirissima viagem, fiz essa "fresa" com todas essas entradas por puro receio da freza ficar batendo na engrenagem. Mas, verifiquei que ficou mais dificel para afiar (Ver desenho "marreta"), tendo pouco espaço para o rebolo.

Os próximos farei como vc. comentou, com menos entradas.

Grato

Edson S.Garcia

Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: marc0 em 16 de Agosto de 2009, 14:55
Olá Edson;
Parabéns pelo resultado, excelente trabalho.
Só lembrando que fresa Caracol não é um macho, e quantos mais arestas cortantes houver, melhor fica o resultado.
Com esse sistema vc pode fabricar engrenagens intercambeaveis no sistema Módulo, basta que o passo do caracol seja o do módulo desejado.
Mesmo que o torno não possua tabela de passos módulo é possível fazer, basta calcular a montagem da grade necessária e possuir as engrenagens para a montagem.
Abraços...
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: mulapreta em 17 de Agosto de 2009, 00:28
Parabéns pelo resultado, excelente trabalho.

Obrigado pelos elogios marco,
 
Citar
Com esse sistema vc pode fabricar engrenagens intercambeaveis no sistema Módulo, basta que o passo do caracol seja o do módulo desejado.
Mesmo que o torno não possua tabela de passos módulo é possível fazer, basta calcular a montagem da grade necessária e possuir as engrenagens para a montagem.
Abraços...

Só que depois você começou a falar em grego. hehehehe Não estou estendendo nada dessa explicação.

Poderia trocar em muidos ou indicar como saber tudo isso. ???

Grato pelo poste e ai vão o resultado da engrenagem depois do acabamento final.

Abraços

Edson




Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: marc0 em 17 de Agosto de 2009, 01:39
Olá Edson;
Me desculpe, vou tentar ser mais claro.
As roscas métricas ou imperial tem passos normatizados conforme o diâmetro do parafuso.
Essas roscas de parafusos tem passos diferentes dos usados para "rosca-sem-fim" dos redutores ou para geradoras de engrenagem (como o caracol que vc fabricou).
Existe as rosca próprias para engrenagens, a rosca Módulo e a rosca Diametral (pouco usada por aqui).

Por exemplo:
Um parafuso "sem fim" ou um caracol com rosca Módulo "1" tem 3,14 mm de passo.
Fica fácil saber qual é o passo em mililitros de qualquer rosca Módulo, basta multiplicar o Modulo por "PI" (~3,14).
Se vc quiser fazer uma engranagem com Modulo 1, o Caracol terá quer ter um passo de 3,14 mm

Nos tornos "mais completos", é possível abrir uma rosca Módulo sem maiores dificuldades, basta verificar nas tabelas qual é a posição das alavancas.
Outros tornos não tem qualquer referência sobre essas roscas, mas mesmo assim é possível confecciona-las com uma montagem "especial" das engrenagens do recâmbio (grade).

Abraços...
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: marc0 em 17 de Agosto de 2009, 01:45
Olá Édson;

Olhado a foto da engrenagem que vc fabricou (parabéns), nota-se que ela esta ligeiramente helicoidal, isso ocorre porque o filete do Caracol tem uma inclinação própria relativa ao seu passo.
Essa inclinação é desejável em coroas de redutor, mas pode ser um empecilho em engrenagens retas, a solução e fixar a engrenagem à fresar num dispositivo que compense esse efeito.

Abraços....
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Ivan em 17 de Agosto de 2009, 02:00
Parabéns Edson, ficou muito legal!
Só complementando o que o Marco falou, nesse caso esse ângulo que a engrenagem pronta apresenta é necessário - como em um conjunto de coroa e sem-fim, em que a engrenagem é helicoidal e côncava. Se fosse reta, o contato do fuso com a engrenagem ocorreria em um ponto só. (Já a concavidade neste caso não é vantagem, dando menos margem pra erro no posicionamento relativo - e em um indicador de rosca é bom ter isso mais flexível, pra facilitar a montagem).
Ou seja, ficou perfeita.
Só checando: o número de dentes bateu? (32)
Quanto ficou o diâmetro externo?
Parabéns mais uma vez.
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: C N C N o w ! em 17 de Agosto de 2009, 08:43

Muito legal, Edson ! Parabéns !

Adorei a documentação do processo e a utilização inteligente de recursos relativamente simples. Uma bela lição !  ;D
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: F.Gilii em 17 de Agosto de 2009, 10:09
... nota-se que ela esta ligeiramente helicoidal.... mas pode ser um empecilho em engrenagens retas, a solução e fixar a engrenagem à fresar num dispositivo que compense esse efeito.

Só complementando o que o Marco falou, nesse caso esse ângulo que a engrenagem pronta apresenta é necessário - como em um conjunto de coroa e sem-fim, em que a engrenagem é helicoidal e côncava. ...

Apenas complementando - já que a idéia é fazer um indicador de início de rosca, é necessário que a inclinação dos dentes seja a mesma dos filetes da rosca do fuso da máquina que será instalado, assim a montagem do eixo fica ortogonal ao fuso, o que me parece correto.
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: F.Gilii em 17 de Agosto de 2009, 10:21
E por falar neste assunto, talvez possam me ajudar a sair da encruzilhada que me encontro.

Eu estou já a algum tempo querendo fazer um indicador de rosca para meu torno, mas tenho um problema:
A transmissão do movimento para a grade não se dá diretamente no eixo-árvore do torno - eu tenho uma redução de 4.5:1 entre a rotação do eixo principal e a tomada de força que faz a transmissão para a grade.

A placa gira 4.5 voltas para uma volta da tomada de força, e é nessa tomada de força que sai a primeira engrenagem da grade.  O fuso é métrico (passo 3)

Então sou obrigado a aplicar um fator de desmultiplicação quando faço os cálculos de grade - por exemplo:

- para fazer uma rosca de passo 2mm, uso a seguinte combinação de engrenagens:

42 - 56 - 80 - 20

O resultado seria:
(42 x 80) / (56 x 20)
3360 / 1120 = passo 3

Como tenho o fator de redução, divido o resultado por 1.5 (4.5 / 3) e o resultado da rosca será o desejado = 2 (3 /1.5)

Qual denverá ser a contagem dos dentes da engrenagem que ficará em contato com o fuso?
E para fazer roscas em polegada - qual será esta contagem? (suponho que eu deva usar duas engrenagens - uma para mm e outra para polegadas)

Alguém se habilita?
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Ivan em 17 de Agosto de 2009, 11:04
Gilii,
numa pensada rápida, acho que a redução de 4.5:1 não tem nada a ver com o indicador - isto é, a montagem que você tem que fazer para girar o fuso na velocidade correta é problema seu  :), o indicador não enxerga isso.
À noite dou uma pensada com mais calma, mas creio que trata-se somente de fazer um indicador para um torno métrico (o que por natureza é mais complicado que um em polegada).

Ainda achei na minha caixa de enviados uma explicação do indicador que escrevi para o Edson há pouco tempo, é para o indicador em polegada, mas a idéia geral vale - talvez seja útil pra entender melhor.
Edson, vamos lá:

Ao abrir uma rosca, são necessários vários passes até chegar à profundidade final. Após cada passe é necessário retornar o carro pelo barramento para iniciar novo passe. E é fácil de perceber que não se pode reiniciar o corte em qualquer lugar, pois o novo passe tem que coindicir com a rosca já iniciada - caso contrário se abriria outra rosca em outra posição, matando a peça.

Assim, é preciso um meio de garantir que o ponto de reinício leve a uma rosca coincidente com a anterior.

A forma mais simples é nunca reabrir a porca bipartida após iniciada a rosca. Desta forma, após cada passe, para retornar o carro, simplesmente liga-se o motor no sentido inverso (recuando a ferramenta antes, obviamente). Desta forma, nunca se perde a rosca. Este método funciona, mas tem algumas desvantagens. Obriga a retornar o carro na velocidade de corte da rosca, ou seja, é demorado. E exige cuidado ao desligar o torno para inverter o sentido - especialmente em peças apertadas - pois a inércia faz com que haja algum movimento após o desligamento, podendo causar "trombadas", danificando peças do torno, ferramentas ou a peça.
Ainda assim, esta é a forma que se usa para abrir roscas métricas na maioria dos tornos em polegada.

Para abrir roscas em polegada em um torno em polegada ou roscas métricas em um torno métrico, usa-se o indicador de rosca, que facilita e agiliza a operação. Trata-se de uma engrenagem montada no avental e engrenada no fuso, para indicar "sincronismo" entre o fuso e o carro. Solidário à engrenagem, encontra-se um indicador na parte superior, normalmente com um mostrador dividido em 4 marcações principais (numeradas) e mais 4 traços intermediários (não numerados).

Tomando os clones South Bend como exemplo, o fuso tem passo 8tpi (threads per inch = fios por polegada) e a engrenagem do indicador de rosca tem 32 dentes. Isso significa que para que a engrenagem dê uma volta completa, o fuso precisa girar 32 vezes. Como cada volta do fuso é 1/8 de polegada, cada volta da engrenagem equivale a 32 * 1/8 = 4 polegadas.

Isso significa que com o torno desligado e a porca bipartida aberta, movimentando o carro 4 polegadas no barramento o indicador de rosca gira uma volta completa.

Todo passo de rosca inteiro em polegada (ex: 10, 11, 12, 13 etc.), por caber em uma polegada, tem obviamente a cada polegada um ponto de repetição. Como cada volta completa do indicador é igual a 4 polegadas, todos estes passos inteiros repetem-se a cada quarto de volta. Ou seja: para passos inteiros, engaja-se o indicador para o primeiro passo e para os subsequentes em qualquer das 4 divisões numeradas.

Todo passo de rosca semi-inteiro (ex. 11,5 - usado em roscas NPT de tubos) repete-se a cada 2 polegadas, ou seja: 2 vezes em cada giro do mostrador. Assim, se engajado primeiro em uma divisao impar (1 ou 3), será necessário reengajar nas próximas vezes em uma divisão ímpar (1 ou 3). Ou então, engaja-se sempre nas divisões pares.

Todo passo de rosca par, além de inteiro, também é divisível por 2. Isso significa que se repetem a cada meia polegada, ou seja, 8 vezes a cada 4 polegadas. Por isso, para passos pares, pode-se engajar e reengajar a porca bipartida em qualquer das 8 divisões, numeradas ou não.

Para usar, configura-se as engrenagens para a rosca desejada, ajusta-se a posição da ferramenta para fazer o corte, leva o carro a um ponto para a área de "escape" - para uma rosca direita, um ponto à direita da rosca (toda rosca exige uma área livre após as 2 extremidades da rosca, com diâmetro menor do que o menor diâmetro da rosca acabada), e fica acompanhando o indicador girar. Quando chegar na posição escolhida (por exemplo, no número 1), fecha a porca bipartida. Enquanto o carro avança com a porca fechada, como o carro está "andando junto" com o fuso, o indicador fica parado. Chegando na outra área de escape, abre-se a porca bipartida. Faz o recuo da ferramenta no carro transversal ou no superior e volta o carro para a outra ponta usando a roda pegamão. Faz o avanço da profundidade de corte e monitora o indicador de rosca. Quando chegar na posição desejada (qualquer número, qualquer divisão ou sempre par ou sempre ímpar, dependendo do passo da rosca), fecha a porca e assim por diante, até concluir a rosca.

Como caso especial, os passos múltiplos do passo do fuso (nestes tornos, roscas 8, 16, 24,...) permitem o engajamento em qualquer ponto - se a porca fechar, a rosca vai coincidir, dispensando o uso do indicador.

Abraço
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: F.Gilii em 17 de Agosto de 2009, 11:15
Ivan,

Obrigado pelo documento...

A princípio parece que não teria importancia, mas há uma diferença entre acionar o fuso diretamente ou através de uma redução.
Mesmo a engrenagem estando em contato com o fuso, terei uma diferença de voltas da placa.

Vou verificar direito a medida do fuso porque passo 3 é quase módulo1, então talvez eu possa brincar um pouco do isso...
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: F.Gilii em 17 de Agosto de 2009, 12:00
Não - falei besteira - o que importa é o que o fuso faz - não a placa...
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: mulapreta em 17 de Agosto de 2009, 13:25
Só checando: o número de dentes bateu? (32)
Quanto ficou o diâmetro externo?
Parabéns mais uma vez.

Ivan,

Sem as dicas dos Senhores especialistas do Forum eu não teria arriscado a fazer essa engrenagem. Agora, estou até mais confiante de fazer outras...

Quanto aos dentes, Sim tem exatamente 32 dentes. No início pensei que seria impossível fazer essa engrenagem, pois comecei com um tarugo de 34 mm. de Ø más, consegui 36 dentes. Então deixei o Ø em 32 mm. e continuou com 36 dentes, ai passei para 30 mm. de Ø e consegui os 32 dentes necessários.
Como o importante são as voltas que o fuso dá a cada (4 voltas) a cada volta da engrenagem, penso que não importa o diâmetro da peça. Estou certo? Tomara que sim...


Muito legal, Edson ! Parabéns !

Adorei a documentação do processo e a utilização inteligente de recursos relativamente simples. Uma bela lição !  ;D

Em primeiro lugar, quero dizer que sem sua ajuda, que disponibilizou seu Indicador de Rosca para eu saber as medidas e o funcionamento seria impossível trabalhar no "escuro" (Alias, essa semana, talvez 5ª feria eu devolvo sua peça). Os agradecimentos serão pessoalmente.


E por falar neste assunto, talvez possam me ajudar a sair da encruzilhada que me encontro.

Eu estou já a algum tempo querendo fazer um indicador de rosca para meu torno, mas tenho um problema:...

...Alguém se habilita?

Pensei que o "louco" era só eu.... ;D ;D ;D ;D

Coitado do Ivan. A gente dá tanto problemas pra ele pensar que acho que nem dorme mais direito...  ;D ;D ;D ;D

Gilli,

A única coisa que me frustrou, foi não precisar usar sua oficina que me foi oferecida em poste anterior. Isso privou-me de um contato mais estreito com você e aprender mais algumas coisas nessa minha vida. Espero não faltar oportunidade.

Tomara que seu problema tenha solução e como sempre documente o resultado.

Abraços a todos

Edson




Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: F.Gilii em 17 de Agosto de 2009, 13:29
Edson,

A oficina está aberta a você ou a qualquer um que queira me fazer uma visita - é só me avisar antes para providenciar a infraestrutura, pois as visitas não podem passar sede.... ;)
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: mulapreta em 17 de Agosto de 2009, 13:37
Edson,

A oficina está aberta a você ou a qualquer um que queira me fazer uma visita - é só me avisar antes para providenciar a infraestrutura, pois as visitas não podem passar sede.... ;)

Sem dúvida, em breve marcaremos

Abs.

Edson

Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Ivan em 17 de Agosto de 2009, 22:29
Gilii,
neste contexto específico, o sistema imperial é uma bênção, pois os passos são divisões simples da polegada - ou seja, todos se encontram na polegada, e mesmo os semi-inteiros coincidem a cada 2 polegadas. Já o métrico é um pesadelo, pois passos como 3mm e 3,5mm vão compartilhar um múltiplo lá no chapéu.

Para saber o que seria o mais adequado, primeiro seria necessário saber quais os passos que você quer "seguir", e quais a limitações de número mínimo e máximo de dentes nas engrenagens.

Mas fazendo uma suposição simples, digamos que os passos que interessam sejam os usados nos parafusos métricos, e indo de 0,5mm a 5mm:
0,5; 0,6; 0,7; 0,75; 0,8; 1; 1,25; 1,5; 1,75; 2; 2,5; 3; 3,5; 4; 4,5; 5

Como o fuso do seu torno tem passo 3mm, todos os passos divisores permitem o fechamento das porcas em qualquer lugar, dispensando o indicador. São eles:
0,5; 0,6; 0,75; 1; 1,5; 3

Fazendo um indicador com engrenagem 20 dentes, uma volta completa do indicador corresponderá a
20 x 3mm = 60mm de deslocamento do carro.
Cada meia volta = 30mm
Cada quarto de volta = 15mm

Com este indicador, faz-se as seguintes roscas:
0,8mm - usando sempre o mesmo ponto (1 por volta)
1,25mm - cada quarto (4 por volta)
2mm - cada meia volta
2,5mm - cada quarto
4mm - cada volta
5mm - cada quarto

Ficaram de fora:
0,7; 1,75; 3,5; 4,5

Fazendo outra engrenagem de 21 dentes,
21 x 3mm = 63mm de deslocamento do carro.
Cada meia volta = 31,5mm
Cada quarto de volta = 15,75mm

Com esta engrenagem no indicador, faz-se as seguintes roscas:

0,7mm - a cada meia volta
1,75mm - a cada quarto de volta
3,5mm - a cada meia volta
(também pode ser usada para alguns dos passos já citados na 20d, é só conferir)

Faltou só o 4,5mm - especialmente para este você faz uma engrenagem de 27 dentes. ;D

Para roscas em polegada, você não abre a porca ;D. É possível fazer um indicador, mas esperando cada repetição da marca dá pra ir à padaria e voltar.

Naturalmente, ao invés de 20 e 21 poderiam ser usados outros números.
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Ivan em 17 de Agosto de 2009, 23:08
Quanto aos dentes, Sim tem exatamente 32 dentes. No início pensei que seria impossível fazer essa engrenagem, pois comecei com um tarugo de 34 mm. de Ø más, consegui 36 dentes. Então deixei o Ø em 32 mm. e continuou com 36 dentes, ai passei para 30 mm. de Ø e consegui os 32 dentes necessários.
Como o importante são as voltas que o fuso dá a cada (4 voltas) a cada volta da engrenagem, penso que não importa o diâmetro da peça. Estou certo? Tomara que sim...
Sim, o importante é o número de dentes. Uma pequena diferença no diâmetro externo neste caso não tem problema - existe uma diferença de mais de 1mm no diâmetro externo da engrenagem do indicador da Joinville pro da South Bend (eu tenho os 2  :) ), e operam no mesmo fuso.
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Ivan em 17 de Agosto de 2009, 23:11
Gilii,
este é um indicador de um Hercus (clone South Bend Australiano) métrico:

(http://img16.imageshack.us/img16/3549/88175415.jpg) (http://www.postimage.org/)

Unlike the South Bend indicator, this has 24T, 33T and 35T gears, and is numbered on top instead of lettered. In early 2007 Phil Frost helped out by providing the engagement chart:
For a Hercus Lathe, 3mm pitch lead screw.
The following pitches can be cut without a dial:
0.20, 0.25, 0.30, 0.50, 0.60, 0.75, 1.00, 1.50, 3.00.
With 24 teeth (pitch, position):
0.40, 3. 0.45, 2. 0.80, 3. 0.90, 2. 1.20, 3. 1.60, 3. 1.80, 2. 2.00, 3. 2.40, 3. 3.60, 1. 4.00, 3. 6.00, 3. 8.00, 3.
With 33 teeth (pitch, position):
1.10, 3. 2.20, 3. 5.50, 3.
With 35 teeth (pitch, position):
0.35, 5. 0.70, 5. 1.25, 7. 1.40, 5. 1.75, 5. 2.50, 7. 3.50, 5. 5.00, 7. 7.00, 5.


Fonte:
http://steammachine.com/hercus/page7.html

Só que essas engrenagens fazem muito passo inútil, creio eu.
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: F.Gilii em 18 de Agosto de 2009, 08:06
Ivan,

Obrigado pelas excelentes explicações - eu cheguei a calcular que justamente iria precisar de uma engrenagem de 20 e uma de 21 dentes, mas não tinha feito a conta para chegar na de 27 dentes...

Adorei também o documento referente ao torno Hercus - vou estudar com carinho e ver como resolver agora a construção do dispositivo, porque meu torno tem uma proteção no fuso, mas nada que um pouco de criatividade e suor não resolvam :)
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Ivan em 18 de Agosto de 2009, 09:53
Gilii,
apenas concluindo o raciocínio do indicador para roscas em polegada no seu torno.

É necessário estabelecer uma distância no barramento que seja múltipla de 1 polegada e do passo do fuso.
O primeiro inteiro em mm perfeitamente divisível por 1 polegada é 127mm (5 polegadas).
Só que para 127mm, seriam necessárias 42,33 voltas do fuso (não é divisível por 3mm).
Como não dá pra fazer uma engrenagem com dentes fracionários, este número não presta. Nem 254mm.
Apenas 381mm é divisível por 25,4mm e por 3mm.
381mm dividido pelo passo do fuso dá, naturalmente 127 - este é o número de dentes da engrenagem do indicador.

Além de ser enorme, ruim de fazer, ruim de montar pelo tamanho (e sem uma guarda pode ser perigosa à masculinidade do usuário :) ), ela seria muito lenta.
Se fossem feitas 15 divisões no mostrador, cada divisão representaria 1 polegada. No entanto, fora a marca original, em nenhuma das outras 14 a porca fecharia exatamente no lugar desejado.
Assim, para fazer certinho seria usada somente uma divisão por volta.

Supondo a abertura de uma rosca em polegada passo 20tpi (a do parafuso 1/4"): as engrenagens da grade/caixa seriam configuradas para que a cada ~2,36 voltas do eixo-árvore, o fuso dê uma volta (configuração da grade, nada a ver com o indicador).

Supondo o torno operando a 100 rpm (que acho até rapidinho para roscas) = 100 rotações da placa por minuto = 42,3 rotações do fuso por minuto.

Como serão necessárias 127 voltas do fuso para voltar à marca, cada volta do indicador levaria 3 minutos.
Vale até usar um despertador pra otimizar o serviço. ;D

Como curiosidade, esta é uma das últimas patentes da South Bend, um indicador de rosca métrico/polegada para tornos em polegada. Saca que coisinha simples. Creio que nem tenha sido produzido comercialmente.
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: F.Gilii em 18 de Agosto de 2009, 10:05
Ivan,

Cheguei à mesma conclusão neste meio tempo - não vale a pena fazer um dispositivo para polegadas...

Tenho este mesmo documento, e cheguei a cogitar a possibilidade de tentar fazer o treco, mas meu torno é tão pequeno que acho que nem caberia nele e não faço tantas roscas em polegadas que mereça algo assim.

De qualquer forma, vou fazer um para milimetros porque sinto falta mesmo, e será o proximo projeto após o términos de algumas pendências.

Mais uma vez obrigado pelas excelentes esplanações e exemplos.
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: C N C N o w ! em 18 de Agosto de 2009, 10:56
Saca que coisinha simples.

Simplérrimo ! Pera aí que tô indo ali fazer meia dúzia ...  ;D

Citar
Creio que nem tenha sido produzido comercialmente.

Ué ... pq será ?  :P

Jogando farinha no ventilador:

Que tal pensar em algo eletrônico ?

Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: F.Gilii em 18 de Agosto de 2009, 11:02
Jorge,

Eu colecionei alguns dos circuitos que tem por aí para fazer uma "rosca eletronica", mas sabe como é - o doido aqui é uma sumidade em eletrônica, então já viu, né?

Para os que se interessam no assunto:
http://www.autoartisans.com/ELS/
http://homemetalshopclub.org/projects/electronic_lead_screw/els.html
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: C N C N o w ! em 18 de Agosto de 2009, 12:46
Eu colecionei alguns dos circuitos que tem por aí para fazer uma "rosca eletronica" ...

Não era bem isso que eu tinha em mente, embora seja o que eu acho mais adequado e de maior alcance ... eu imaginava como ficaria um indicador de rosca eletrônico, particularmente o métrico, o que seria necessário, etc ...
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: F.Gilii em 18 de Agosto de 2009, 13:05
Não era bem isso que eu tinha em mente ... eu imaginava como ficaria um indicador de rosca eletrônico, particularmente o métrico, o que seria necessário, etc ...
Hmmm - e como seria isso?

Dois encoders - um no eixo principal e um no fuso de transporte, e um digital que indicaria a posição?
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: C N C N o w ! em 18 de Agosto de 2009, 15:33
Hmmm - e como seria isso? Dois encoders - um no eixo principal e um no fuso de transporte, e um digital que indicaria a posição?

Não sei, Fábio ... foi apenas um lampejo ... e botei aqui mais como provocação, pra ver o que sai ...

Imaginei sim algo com um encoder e um contador up / down com contagem definida ... pelo menos é assim que vejo o indicador mecânico e apenas me ocorreu que um análogo eletrônico seria factível, possivelmente descomplicando a mecânica, que no caso métrico fica bem pedalativo, como bem demonstrou o Ivan. Creio que a questão principal seria definir a resolução do encoder e verificar se seria algo passível de construção caseira ... vou ter de deglutir o batráquio antes de me arriscar a detalhar algo ...

Acho que vc, o Ivan e o Enoch estão em muito melhor posição pra dar uns pitacos ... eu me reservo o confortável papel de provocador ... he, he, he ...

Acho que pode valer a pena ruminar um pouco ... muita gente deve se defrontar com o mesmo prob ...
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: F.Gilii em 18 de Agosto de 2009, 16:02
Jorge,

Mas você sabe que a idéia não é de toda ruim não, só que de creio que com o dispositivo mecanico creio ser mais fácil de resolver a questão...

"Talvez SE" ele pudesse ser "flex" e mostrar tanto milimetros como polegadas num apertar de botão... ai hmmmmmmm :)

Claro - se a coisa se complicar demasiado, aí parte-se para uma solução mais completa mesmo c0omo as roscas eletronicas, porque aí o céu é o limite.
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: C N C N o w ! em 18 de Agosto de 2009, 16:28
"Talvez SE" ele pudesse ser "flex" e mostrar tanto milimetros como polegadas num apertar de botão... ai hmmmmmmm :)

Foi o que eu pensei ... mais ou menos como um paquímetro digital, escolhe-se a unidade ...
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: marc0 em 18 de Agosto de 2009, 16:33
Sobre fabricar as roscas em polegadas com fuso em milímetros basta inverter a montagem e usar a engrenagem de 127 dentes na árvore, coisa nem sempre factível (muitos usam uma montagem aproximada, coisa que não gosto).

Sobre o indicador , eu não tinha opinado "ainda" porque não tinha uma boa solução mecânica e estava curioso para saber a opinião dos colegas, nunca parei para pensar sobre isso; cojecturei à principio que uma solução eletrônica poderia facilitar o objetivo.
Vou propor uma possibilidade que imaginei como solução para avaliação dos colegas.
Um indicador composto de dois eixos, um engrenado no fuso com uma roda lisa de atrito acionando o eixo do indicador.
Como praticamente não existirá tração creio que se bem construído o escorregamento será insignificante.

Abraços...
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: F.Gilii em 18 de Agosto de 2009, 17:17
Um indicador composto de dois eixos, um engrenado no fuso com uma roda lisa de atrito acionando o eixo do indicador.
Como praticamente não existirá tração creio que se bem construído o escorregamento será insignificante.
A idéia é boa e talvez possa ser implementada...

Se eu entendí bem, a idéia é aproveitar o perímetro ao invés de uma relação mecanica de engrenamento me referindo aos dentes das engrenagens do dispositivo no fuso, já que alí é uma relação de "sem fim e coroa", onde o fuso é como se fosse uma engrenagem de um dente apenas - daí as relações diretas...

Como um disco desses não poderia trabalhar a 90° do fuso, mas necessita estar preso ao carro longitudinal, qual sua idéia de instalação?
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: C N C N o w ! em 18 de Agosto de 2009, 17:24
... cojecturei à principio que uma solução eletrônica poderia facilitar o objetivo.

Vc imagina como isto poderia ser feito ?

Citar
Um indicador composto de dois eixos, um engrenado no fuso com uma roda lisa de atrito acionando o eixo do indicador.

Gostei da idéia ! Se bem entendi, imagino que a roda lisa teria de ser confeccionada com material resiliente, de modo que o perímetro possa ser ajustado pela variação da pressão da roda contra o fuso ... é por aí ?
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: marc0 em 18 de Agosto de 2009, 17:29
Se eu entendí bem, a idéia é aproveitar o perímetro - daí as relações diretas...
Exatamente, Como não existiria dentes na transmissão intermediária ficaria muito facil estabelecer uma relação desejada.
A montagem poderia ser  similar à convencional, mas nada impede variações, uma coisa que colaboraria na ergonometria seria o emprego de cordoalha para transmissão final.

Abraços...
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: F.Gilii em 18 de Agosto de 2009, 17:29
Jorge,

Sei que a questão foi dirigida ao Enoch, mas pensei que poderia opinar também...

Imaginei uma roda de algum material como uma borracha mem tanto macia, pois como o fuso gira em velocidade relativamente baixa não creio que terá uma tendência a escorregar demais.

O que me preocupa é que como há um movimento longitudinal, o rolo sempre terá que escorregar axialmente (e paralelamente) em cima do fuso, e pode haver algum desgaste que aí sim preocupa pois alteraria o diametro que nos interessa.

Mas como a idéia é do Enoch, também estou curioso para ver do que se trata :)
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: C N C N o w ! em 18 de Agosto de 2009, 17:30
... alí é uma relação de "sem fim e coroa", onde o fuso é como se fosse uma engrenagem de um dente apenas ...

Num intindi ... fuso como engrenagem de um dente ? Me explica ?  :P

Citar
Como um disco desses não poderia trabalhar a 90° do fuso, mas necessita estar preso ao carro longitudinal, qual sua idéia de instalação?

Chute 1: Paralelo ao fuso ?

Chute 2: Inclinado no ângulo da rosca ?
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: F.Gilii em 18 de Agosto de 2009, 17:35
Num intindi ... fuso como engrenagem de um dente ? Me explica ?  :P
Jorge, numa transmissão feita por "sem fim e coroa" podemos considerar que o sem fim é uma engrenagem de um dente só...
Veja um exemplo: 30:1, 60:1, 90:1
Todas as relações diretas de transmissão que usam este arranjo podem ser consideradas assim - é a maior redução que se consegue - uma engrenagem (coroa) terá a quantidade de dentes que quiser e a outra engrenagem representada pelo fuso terá a menor contagem de dentes possível = 1...

Citar
Chute 1: Paralelo ao fuso ?

Chute 2: Inclinado no ângulo da rosca ?
Acho que qualquer uma das duas :)
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: marc0 em 18 de Agosto de 2009, 17:42
Vc imagina como isto poderia ser feito ?
Não sei nada de eletrônica aplicada, especulando e em tese, talvez um sensor para contar dentes ou para verifiacar o deslocamento.

Citar
.. imagino que a roda lisa teria de ser confeccionada com material resiliente, de modo que o perímetro possa ser ajustado pela variação da pressão da roda contra o fuso ... é por aí ?

O que imaginei foi uma engranagem no fuso com uma roda lisa no mesmo eixo conectada por atrito em outra roda do eixo indicador.
O material das rodas, para manter a relação deveria ter a maior rigidez possível (ou apenas em uma roda emborrachada se houver escorregamento significativo) a relação seria fixa pré estabelecida (1:25,4) ou outra que queira-se implementar.
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: C N C N o w ! em 18 de Agosto de 2009, 17:45
numa transmissão feita por "sem fim e coroa" podemos considerar que o sem fim é uma engrenagem de um dente só ...

Tá explicado mas não tô convencido ... me soa muito mal, muito forçado ...  :P

Não consigo visualizar um fuso como uma engrenagem neste caso, muito menos como uma de um dente ... tenho a tendência de visualizar engrenagens como alavancas e fusos como cunhas ... talvez eu esteja olhando a coisa a partir de um ponto de vista inadequado ...  :P :P :P
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Ivan em 18 de Agosto de 2009, 17:49
Vc imagina como isto poderia ser feito ?
Por que não uma engrenagem ligada ao fuso (como no indicador comum), ligada a um encoder, ligado a um controlador com um display? Esta relação fuso/encoder seria constante, e no programinha uma tabela das relações.
Para usar, informa a rosca a ser feita, aciona e ele fica indicando uma contagem regressiva para fechar a porca?
(Ou, melhor ainda, exibindo uma imitação de interface analógica, mais amigável para este tipo de operação :) ).
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: C N C N o w ! em 18 de Agosto de 2009, 17:50
... a relação seria fixa pré estabelecida (1:25,4) ou outra que queira-se implementar.

Aaaaahhh !!! Um divisor fracionário ... o engrenamento com o fuso seria convencional, né ? Gostei mais ainda ! Acho que funfa sim ...
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: F.Gilii em 18 de Agosto de 2009, 17:52
... a relação seria fixa pré estabelecida (1:25,4) ou outra que queira-se implementar.
Enoch - Sim - adorei a idéia...

A ideia do Ivan de um mostrador analógico é ótima também...
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: F.Gilii em 18 de Agosto de 2009, 17:57
Tá explicado mas não tô convencido ... me soa muito mal, muito forçado ...  :P
Sim - a explicação não foi grande coisa, mas ela cabe :P

Citar
Não consigo visualizar um fuso como uma engrenagem neste caso, muito menos como uma de um dente ... tenho a tendência de visualizar engrenagens como alavancas e fusos como cunhas ... talvez eu esteja olhando a coisa a partir de um ponto de vista inadequado ...  :P :P :P
Engraçado - para mim é difícil visualizar uma cunha - ou plano inclinado - acionando uma engrenagem num formato de coroa :D

Coinsigo imaginar por exemplo engrenamentos como alavancas simples - de repente pode ser um caminho, já que o sem fim tem uma inclinação de filete em relação ao eixo da coroa...
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: C N C N o w ! em 18 de Agosto de 2009, 18:03
Por que não uma engrenagem ligada ao fuso (como no indicador comum), ligada a um encoder, ligado a um controlador com um display?

Ivan, até onde posso ver, é imprescindível vincular a posição do carro com a do fuso e esse vínculo é perdido quando a porca bipartida é aberta, o carro desacoplado do fuso e movimentado pra outra posição qualquer. Não bastaria conhecer a posição do fuso apenas, é preciso correlacioná-la com a do carro.

Eu estava pensando em algo bem semelhante ao que vc propôs quando cheguei a esta conclusão ... tô falando demais pro meu tamanho ?

De qualquer modo tenho algo no fundo da cachola, ainda nessa linha ... tipo assim, marcas pré definidas para o posicionamento do carro + encoder e contador no fuso. Atrevendo mais, até sem encoder nem contador ... tudo muito incipiente, ainda tenho que entender melhor todas as implicações, tô só começando a arranhar o assunto  ...
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: F.Gilii em 18 de Agosto de 2009, 18:07
Jorge,

Não sei se ajuda, mas sua conclusão está certa - o fuso e o movimento do carro estão ligados sim...

Quando a porca bipartida está aberta, o carro está parado e o fuso girando - o mostrador gira e o operador espera chegar na sua marca de referencia para acoplara a porca.

Quando ele acopla o mecanismo, o carro se desloca na velocidade determinada pelo fuso,  e o mostrador pára de girar.
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: C N C N o w ! em 18 de Agosto de 2009, 18:12
Engraçado - para mim é difícil visualizar uma cunha - ou plano inclinado - acionando uma engrenagem num formato de coroa :D

Pois é disto que se trata ... um fuso é essencialmente uma cunha enrolada em um cilindro ... neste caso acionando alavancas, a engrenagem ...

Pode ser purismo meu, derivado da definição clássica das máquinas simples, alavanca, cunha, roda ... daí que tenho a tendência a ver em um fuso a cunha e nas engrenagens as alavancas e, claro, rodas em ambos ...



Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: F.Gilii em 18 de Agosto de 2009, 18:15
Não é purismo não - eu também gosto muito de fazer estas analogias com as máquinas básicas e realmente é difícil descrever este tipo de acoplamento...

To procurando um excelente artigo feito para leigos (não é seu caso) que mostra bem este tipo de mecanismo, e se me lembro continha uma imagem simples e linda de como se poderia interpretar usando as máquinas básicas...

Se encontrar te mostro, até pela beleza do desenho em bico de pena...
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: C N C N o w ! em 18 de Agosto de 2009, 18:44
... sua conclusão está certa ...

Folgo em saber !  ;D

Uma maneira de implementar a coisa, a mais óbvia pra mim, seria por meio de dois encoders, um pro carro, outro pro fuso ... imagino que um encoder de, digamos, 254 ppr não seja difícil de construir e resolveria o prob das roscas métricas, oferecendo resolução suficiente mesmo pra roscas bem finas ...

Ainda tô longe de saber se é vantajoso comparado ao indicador puramente mecânico, mas ainda acho que a idéia merece amadurecimento ... no mínimo aprendemos alguma coisa e/ou compreendemos melhor o prob ...
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: marc0 em 18 de Agosto de 2009, 18:47
Olá Fábio;
O Acoplamento que propus inicialmente foi axial de relação fixa devido ao reduzido tamanho e simplicidade (mas de acurada tolerância dimensional).
Divagando um pouco mais acho que seria possível uma relação axial variável semelhante às "prensas de fricçào" para ajuste do "passo", como nesse caso o escorregamento seria maior, e um sistema anti escorregamento tenderia complexo, custoso, volumoso e de eficácia duvidosa.
Abraços...
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Ivan em 18 de Agosto de 2009, 19:00
Ivan, até onde posso ver, é imprescindível vincular a posição do carro com a do fuso e esse vínculo é perdido quando a porca bipartida é aberta, o carro desacoplado do fuso e movimentado pra outra posição qualquer. Não bastaria conhecer a posição do fuso apenas, é preciso correlacioná-la com a do carro.
Mas o conjuntinho fica preso ao carro. Quando o carro anda pra lá, acelera o indicador (o contador de ângulo anda mais rápido). Quando o carro anda pra cá, desacelera/volta o indicador. Igual ao indicador convencional, ué.

Digamos que, para a rosca que você escolheu, o encoder tenha que girar 2,13 (qq número) vezes para cada repetição. Ele divide essas 2,13 voltas em um número qualquer (digamos 360) e fica indicando o valor restante (ou um ponteiro). Ao movimentar o carro para a direita, a contagem vai andar mais rápido. Ao movimentar para a esquerda, a contagem irá mais devagar (ou mesmo voltar).
Depois de iniciado, desde que não seja interrompido e nem se mexa na grade de engrenagens, a porca pode ser aberta ou fechada quantas vezes quiser, o carro movimentado para onde quiser, o torno desligado, nada muda. E usa só um encoder.

Na verdade, nada mais é do que um indicador convencional, no qual você "configura" a engrenagem e o mostrador para cada rosca.

Na parte mecânica, seja eletrônico ou não, eu usaria somente engrenagens (ou rodas dentadas etc). Fazer isso com relação de tamanhos acho bem complicado. O erro de posicionamento vai se acumulando, e numa rosca demorada isso pode ir crescendo bastante.
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: F.Gilii em 18 de Agosto de 2009, 19:05
Divagando um pouco mais acho que seria possível uma relação axial variável semelhante às "prensas de fricçào" para ajuste do "passo", como nesse caso o escorregamento seria maior, e um sistema anti escorregamento tenderia complexo, custoso, volumoso e de eficácia duvidosa.

Imaginei que talvez a solução mais simples seria mesmo aquela de interpor um disco que altere a relação para algum multipĺo/submultiplo de 25.4...
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: C N C N o w ! em 18 de Agosto de 2009, 19:48
Mas o conjuntinho fica preso ao carro.

Aaaahhhh bão ! O asno aqui entendeu que vc falava de um encoder externo, só pro fuso ... já tô indo ajoelhar no milho ... ai, ai, ai ...

PS: acho que entendi assim pq tava pensando em como viabilizar a construção de um encoder caseiro ... e como coisas pequenas são mais difíceis de fazer, pensava em um grande, digamos do tamanho de um CD ...
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Ivan em 18 de Agosto de 2009, 21:06

PS: acho que entendi assim pq tava pensando em como viabilizar a construção de um encoder caseiro ... e como coisas pequenas são mais difíceis de fazer, pensava em um grande, digamos do tamanho de um CD ...
Um encoder de prateleira tem custo proibitivo? Tem idéia de ordem de grandeza do preço, pra 8 e 16 bits?
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: C N C N o w ! em 18 de Agosto de 2009, 21:27
Um encoder de prateleira tem custo proibitivo?

O preço intimidaria muitos ... vai de várias centenas a muitos milhares de reais ...

Citar
Tem idéia de ordem de grandeza do preço, pra 8 e 16 bits?

Se estamos falando de encoders absolutos, acho que não valeria a pena, os mais baratos certamente têm preços com quatro dígitos pelo menos... os incrementais, já adequados ao caso em discussão, são bem mais baratos, a partir de algumas centenas de lulas ...

Acho que para a maioria não seria compensador não ...

Existe tb a possibilidade de encontrar na sucata industrial ou de aproveitar encoders de impressoras, por exemplo ...

Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: marc0 em 19 de Agosto de 2009, 00:52
Uma ilustração:

Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Ivan em 19 de Agosto de 2009, 08:35
Há que atentar que não basta converter a indicação no mostrador para polegada, a posição indicada de fechamento precisa ser múltiplo da rosca a ser aberta e do passo do fuso também - caso contrário, na posição marcada a porca não fecha (fecha na próxima, que está fora de lugar e abre uma outra rosca).

Ou seja, até onde entendo, no torno do Gilii para abrir uma rosca em polegada nada muda o fato de que o menor deslocamento entre uma indicação e outra é de 381mm (= 15 polegadas). Esta distância (e o longo tempo de espera) não são alteradas com o desenho mecânico ou eletrônico do indicador.

No exemplo acima, de 20 tpi, há 300 passos da rosca desejada em 381mm, mas há apenas 127 pontos em que a porca bipartida encaixa no fuso. Não dá pra arbitrar pontos intermediários.

Sei que a ilustração acima é só pra dar uma idéia, mas só como exemplo. Supondo que este indicador esteja montado para indicar 1 polegada por volta no mostrador(engrenagem 12 dentes e rodas de deslizamento com relação 1:0,706).
Para abrir uma rosca em polegada, o operador vai ter que contar 15 voltas do mostrador entre cada posição de fechamento.
Nas outras 14 voltas a posição é múltipla da rosca a abrir, mas não é uma posição de fechamento das porcas no fuso.
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Arivaldo em 19 de Agosto de 2009, 09:05
numa transmissão feita por "sem fim e coroa" podemos considerar que o sem fim é uma engrenagem de um dente só ...

Tá explicado mas não tô convencido ... me soa muito mal, muito forçado ...

PITACOS !  PITACOS !  que não são de Piracicaba...

Tentando forçar mais, para tentar "desforçar":  numa relação entre engrenagens, toma-se como referência a "quantidade" de dentes (ou passos), acionados em cada revolução do elemento.

Como um fuso (de uma entrada) "avança" um passo (dente) por cada volta, fica (para mim) fácil de entendê-lo como "uma engrenagem de um só dente", para fins de cálculo da relação de engrenagens.

Desculpe o OFF, mas ficou tão claro como aquele lindo filme que o Nobre Jorge postou sobre o funcionamento do diferencial: bastou reduzir a engrenagem a apenas uma vareta para "clarear" esta cachola obtusa.

Obrigado pela atenção e desculpem o off, pois nem sei do que vocês estào tratando... kkkk
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: C N C N o w ! em 19 de Agosto de 2009, 09:40
Como um fuso (de uma entrada) "avança" um passo (dente) por cada volta, fica (para mim) fácil de entendê-lo como "uma engrenagem de um só dente",

Vindo do meu baiano de estimação fico muito mais propenso a aceitar ... he, he, he ...  ;D ;D ;D
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: C N C N o w ! em 19 de Agosto de 2009, 09:44
Há que atentar que não basta converter a indicação no mostrador para polegada, a posição indicada de fechamento precisa ser múltiplo da rosca a ser aberta e do passo do fuso também - caso contrário, na posição marcada a porca não fecha (fecha na próxima, que está fora de lugar e abre uma outra rosca).

Muito legal Ivan ! Tá ficando cada vez mais claro ...

Se bem tô entendendo, em casos como o do torninho do Fábio o indicador não vale a pena, né ?
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: F.Gilii em 19 de Agosto de 2009, 09:48
Ivan,

Mas e se o tal adaptador de disco, ao invés de ir para os 381mm não vá ao contrário - por exemplo que tente converter o passo de 3mm para 3,175, que é o equivalente a 8 fios/polegada?
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Ivan em 19 de Agosto de 2009, 10:23
Gilii,
não sei se entendi direito, mas acho que esse adaptador que o Enoch sugeriu faria isso mesmo. Cada volta do indicador é 25,4mm (1 polegada), com o mostrador dividido em 8, cada divisão é 3,175mm (8 por polegada).
Mas isso nada faz pela limitação física da necessidade de coincidir o passo da rosca com uma posição de encaixe da porca bipartida no fuso.

Jorge,
não diria que o indicador no torno do Gilii não vale à pena, mas sim que um indicador dedicado para polegada não vale à pena. Eu faria:
- ou um indicador mecânico para mm com 2 engrenagens (20 e 21, desprezando 27d). Este faria somente as roscas em mm mais usuais que mencionei.
- ou um indicador eletrônico que faria todas as roscas em mm com somente uma engrenagem e um encoder. Neste caso, seria pouco serviço implementar adicionalmente as roscas em polegada.

Na segunda alternativa, há formas de reduzir o tempo de espera para uso em polegada - por exemplo, usar a chave de reversão do motor para voltar para a marca, ao invés de esperar a próxima marca.
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: F.Gilii em 19 de Agosto de 2009, 10:35
Ivan,

Sim,mas eu me referia a alguma forma de alterar a quantidade de voltas do fuso por exemplo, que simulasse passo 3,175.

Descuilpe se não consigo me concentrar na conversa porque estou com a cabeça meio bagunçada neste momento, e talvez não tenha entendido exatamente o que o Enoch propôs ou mesmo o que você propôs...
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Ivan em 19 de Agosto de 2009, 11:34
Jorge,
um negócio desses não seria adequado?
http://usdigital.com/products/encoders/absolute/rotary/shaft/ma3/
(tem o preço na página)
Claro que no Brasil é outra coisa.
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: marc0 em 19 de Agosto de 2009, 11:50
Olá Ivan;
Vc esta coberto de razão, não haverá coincidência do passo no fuso no espaço de 25,4 mm...; mas,..... o que impede um fator de X5 ou 127 mm, onde haveria a coincidência do filete; lógico que o dispositivo terá as suas peculiaridades, a medida 25,4 é foi apenas hipotética para ilustrar a minha proposição. Haveria algum tipo de impedimento nesse caso?
Segundo o que entendi, o Fábio queria um indicador para polegadas com um fuso em milímetros, e qual a finalidade disso (para todos compreenderem)?
Retorno rápido para começar um novo passe e marcar a entrada de rosca multipla.
Foi nesse sentido que propus à apreciação de vcs uma idéia verde.

E isso torna bacana esse tipo de debate, pq vão aparecendo detalhes que não tinham sido considerados anteriormente e a coisa vai amadurecendo.

Abraços....


Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Ivan em 19 de Agosto de 2009, 12:17
o que impede um fator de X5 ou 127 mm, onde haveria a coincidência do filete; lógico que o dispositivo terá as suas peculiaridades, a medida 25,4 é foi apenas hipotética para ilustrar a minha proposição. Haveria algum tipo de impedimento nesse caso?
Oi Enoch, entendo que teria que ser x15, pois em 127mm coincide com a rosca mas não com o fuso (127 não é múltiplo de 3, a porca fecha em 126 e 129). Neste caso, nada impediria, mas entendo que a vantagem seria somente (o que não necessariamente é pouco) um mecanismo mais compacto.

Citar
Foi nesse sentido que propus à apreciação de vcs uma idéia verde.
E isso torna bacana esse tipo de debate, pq vão aparecendo detalhes que não tinham sido considerados anteriormente e a coisa vai amadurecendo.
Com certeza, eu também estou formando conclusões conforme a discussão avança, nunca vi isso discutido em nenhuma das coisas que li (indicador para rosca em polegada em torno métrico).
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Ivan em 19 de Agosto de 2009, 15:46
Uma outra discussão bem interessante (para um indicador eletrônico) é trabalhar com um erro máximo de posicionamento aceitável - ou seja, pontos em que a porca bipartida fecha e o erro no posicionamento da rosca sendo aberta está dentro de um valor aceitável.
Ainda no exemplo de 20 tpi, se usado um erro de posicionamento aceitável de 5 centésimos de mm em relação à rosca "original", passa de 1 ponto de fechamento a cada 381mm para uns 10.
Mas isso olho com calma à noite. ;D
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: C N C N o w ! em 19 de Agosto de 2009, 16:25
um negócio desses não seria adequado?

Seria sim. Que belezinha, hein ? Ainda não tinha visto pequenino assim ... e o preço tá ótimo.
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Ivan em 20 de Agosto de 2009, 00:52
Mesmo que essa discussão fique só na teoria, é um quebra-cabeças divertido. ;D

Como exercício de raciocínio, fiz uma planilhinha com pontos de fechamento da porca do torno do Gilii para as roscas em polegada mais usuais, aceitando erros de 5 centésimos em uma tabela e de 3 centésimos na outra.

Pra tentar facilitar a visualização da coisa, é só imaginar 2 barras horizontais paralelas: o fuso embaixo com um fio a cada 3mm e a peça roscada em cima com um fio a cada fração de polegada - por exemplo, a cada 1,27mm (20 tpi).

Para ilustração, a porca bipartida fecha somente em cada "crista" do fuso (inferior) - ou seja, a cada 3mm.

Então, os pontos de fechamento teórico ocorrem somente quando 2 cristas das 2 roscas coincidem perfeitamente - e isto ocorre somente nas posições 0mm e 381mm.

Mas se para cada crista do fuso traça-se uma linha até a peça roscada, e mede a distância até a crista mais próxima, em alguns pontos o erro será menor que um valor arbitrado, e a porca poderia ser fechada ali.

Os "X" indicam os locais em que o erro é menor do que o limite arbitrado. Para uma rosca 20 tpi, ao invés de 1 ponto a cada 381mm, passa a haver 10 pontos com erro inferior a 5 centésimos de mm e 7 pontos com erro inferior a 3 centésimos. Ou seja, um indicador eletrônico que levasse isso em consideração tornaria essa operação muitas vezes mais prática e ágil.

Como trata-se de uma rosca sendo cortada, em que cada passe consiste em um avanço para corte (que pode ser entendido como um "erro posicional proposital para remoção de cavaco"  :) ), desde que o erro seja pequeno o suficiente ele pode até ser vantajoso (!) ao corte, já que a formação do cavaco mais concentrada em um flanco só é melhor do que distribuída nos 2.

Claro que as 2 peças estão girando (e os fios "andando"), mas a relação de engrenagens da grade faz com que eles estejam "imóveis" um em relação ao outro (os fios andam juntos).
Deu pra visualizar?
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: F.Gilii em 20 de Agosto de 2009, 06:42
Desculpem se não acompanho tão ativamente este tópico, mas vou procurar ficar mais atento e aprender com vocês... :)

Copiei a planilha e em breve vou dar uma olhada nisso que me interessa.

Um forte abraço em todos.
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: marc0 em 20 de Agosto de 2009, 15:06
Ivan;
Brilhante!
Muito interessante usar o "erro" para promover o avanço no flanco, com usualmente nas roscas (a maioria delas, direitas) um avanço no flanco esquerdo é desejável.
A melhor aproximação é dentro faixa da variação natural da ponta da ferramenta entre os passes, principalmente nos passes finais.
 -^-
_ ^ _

Abraços...
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: viumau em 20 de Agosto de 2009, 15:34
Meninos me digam uma coisa olhando os dados deste encoder magnético me atentei a uma dúvida (12-bit PWM output - 4096 positions per revolution, 250 Hz), então se dividirmos 360° (graus) ou seja uma volta completa por 4096 que são 12 bit, teriamos 0,087, aí vem a pergunta não é uma resolução muito chinfrim ???
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Ivan em 20 de Agosto de 2009, 15:34
A melhor aproximação é dentro faixa da variação natural da ponta da ferramenta entre os passes, principalmente nos passes finais.

Essa é a idéia mesmo. Achei que vc ia gostar, hehe  :)
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Ivan em 20 de Agosto de 2009, 16:26
Meninos me digam uma coisa olhando os dados deste encoder magnético me atentei a uma dúvida (12-bit PWM output - 4096 positions per revolution, 250 Hz), então se dividirmos 360° (graus) ou seja uma volta completa por 4096 que são 12 bit, teriamos 0,087, aí vem a pergunta não é uma resolução muito chinfrim ???
Não creio, porque o fechamento da porca é discretizado (feio, né?  :) ) pela coincidência dos fios entre a porca bipartida e dos fios no fuso. E esta coincidência só se dá a cada 3mm longitudinais (no torno do Gilii).
No meu indicador com 32 dentes, há somente 32 angulos do ponteiro no mostrador onde esse fechamento ocorre.
É como uma escada rolante, em que você sobe "neste" degrau ou espera o próximo. Desde que a indicação não permita a confusão, ela atende.

Só pra ilustrar melhor, pegue um torno parado e vá movendo o carro e tentando fechar a porca. Vai ver que ela não fecha em todos os lugares, ela encaixa a cada passo do fuso.

A resolução do posicionamento na prática depende também da quantidade de dentes da engrenagem em contato com o fuso e da existência (ou não) de uma redução adicional (além da concepção do display).

Eu arriscaria dizer que mesmo no caso que imagino mais simples - indicador arranjado de forma que 1 giro do encoder (absoluto, mais fácil de implementar do que o incremental?) corresponda a 381mm no barramento, mesmo com 10 bits de resolução (1024) e considerando o erro do conjunto, creio que ainda estaria de bom tamanho.

Se fizer cada giro do encoder para percusos menores (mais parecido com um indicador mecânico), até o de 8 bits poderia ser usado sem problema.

Naturalmente o primeiro passo da operação é fechar a porca com o torno desligado e zerar o indicador.
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: mulapreta em 21 de Agosto de 2009, 01:14
Ivan,

Só uma pergunta, talvez idiota, mas, minha curiosidade está insistindo nela:

Quais as diferenças entre um torno milímitro x polegada, em relação aos conjuntos de engrenagens e Caixas Norton uma vez que já sabemos sobre as diferenças entre os fusos?


Grato

Edson

Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: viumau em 21 de Agosto de 2009, 10:06
Obrigado pelo esclarecimento amigo Ivan...
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: F.Gilii em 21 de Agosto de 2009, 11:05
Edson,

Usando meu torno como exempo:
tenho 16 engrenagens para fazer roscas métricas e algumas em polegadas.
São elas: (dentes)
20, 21, 28, 30, 35, 40, 42, 45, 50 (2x), 54, 64, 70, 75, 80, 90, 100

Num mesmo torno britanico:
24, 32, 36, 38, 40, 44, 48 (2x), 49, 56, 60, 63, 64, 68, 85, 90, 96, 120

A gama de roscas variam de passo 0,4 a 3mm, e de 8 a 32 fios/polegada
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: mulapreta em 21 de Agosto de 2009, 12:40
Gilli,

Obrigado pela informação.

E quanto a Caixa Norton quais as diferênças?  ???

Abs.

Edson


Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: F.Gilii em 21 de Agosto de 2009, 14:35
Edson,

Eu não tenho muito material sobre isso, e penso que o Ivam ou o Enich que tem muito mais prática que eu poderão te ajudar melhor...

Sei que a Caixa Norton é uma forma de trocar avanços de forma bem mais ágil que a troca pela grade, mas não saberia descrever por exemplo as diferenças em termos de engrenamentos.

O que sei é que para fazer passos em polegadas e milimetros alguns tornos precisam ainda de alguma alteração na grade mesmo tendo caixa Norton.
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: mulapreta em 14 de Setembro de 2009, 14:52
Não é costume nesse Site, infelizmente, postar os resultados dos experimentos, consertos e outras tentativas de solução de problemas que temos e que consultamos possíveis solução com os membros desse forum.

Poucas são as pessoas que apos consultas e discussões nos forum de repente encerram o assunto, deixando os outros membros sem saber qual a solução adotada e se o problema foi resolvido. (ex.; Nosso amigo LuthierX que tinha um problema sério com seu Ciclone e até agora não sabemos como solucionou seu problema).
http://www.guiacnc.com.br/index.php?topic=764.705 (http://www.guiacnc.com.br/index.php?topic=764.705)

Muito mais importante que postar o problema, é postar a solução deste.

Portanto, estou postando aqui a solução do meu problema da falta do Verificador de Rosca em meu torno.

Após obter um Verificador de Rosca original com o jorge L., tentei por várias vezes fazer a engrenagem pelo método de fundição por cera perdida. mas em virtude da precisão da engrenagem, não fui bem sucedido em virtude da contração do alumínio após a fundição.

Consegui fazer a engrenagem no próprio torno, como postado anteriormente nesse tópico (página 2).

http://www.guiacnc.com.br/index.php?topic=4013.15 (http://www.guiacnc.com.br/index.php?topic=4013.15)

Após confecção da engrenagem, passei a fazer o corpo do verificador:

Primeiramente fiz um modelo em madeira (MDF) porque não consegui desmontar o verificador do Jorge L. e não queria forçar para não danificar a peça (que não era minha). (Ver foto).

Depois, fundi o corpo em alumínio (Na primeira tentativa a peça já saiu muito boa)
Depois usinei, lixei furei, fiz o eixo utilizando um parafuso cabeça francesa. Risquei o mostrador no torno, utilizando um Bits e montei. (Ver fotos).

Grato aos amigos que colaboraram com material e informações importantes para eu terminar minha peça.

Abs.

Edson

Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: F.Gilii em 14 de Setembro de 2009, 14:58
E ficou "chique no úrtimo" !

Parabéns e obrigado por ter dividido com a gente seu sucesso na conclusão do tento...
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Ivan em 14 de Setembro de 2009, 15:22
Que legal, parabéns!!
Na hora de usar, pode ser necessário ajustar a posição do mostrador giratório, para que quando os riscos coincidirem a porca realmente feche.
No meu, estava de uma forma que quando as linhas coincidiam a porca não fechava - foi só girar um pouquinho o mostrador ou a engrenagem em relação ao eixo.
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: mulapreta em 14 de Setembro de 2009, 15:29
E ficou "chique no úrtimo" !

Parabéns e obrigado por ter dividido com a gente seu sucesso na conclusão do tento...

Gilli,

Na verdade, quando pensamos em fazer alguma peça, ficamos um pouco receoso quanto ao resultado. Aí, postamos nossas dúvidas aqui no forum e rapidamente os companheiros nos dão varias informações e incentivo. Só então nos enchemos de coragem e prosseguimos no intento e no final nos enchemos de orgulho por conseguir fazer algo que pensávamos jamais ter capacidade de fazer.


Que legal, parabéns!!
Na hora de usar, pode ser necessário ajustar a posição do mostrador giratório, para que quando os riscos coincidirem a porca realmente feche.
No meu, estava de uma forma que quando as linhas coincidiam a porca não fechava - foi só girar um pouquinho o mostrador ou a engrenagem em relação ao eixo.

Realmente, quando fixei no torno percebi isso. Pensei que tinha errado em todo o projeto, ai pondo a cuca pra funcionar, percebi que girando a engrenagem consegui cravar o risco com o fechamento da porca.

Grato pelos elogios e principalmente pelas ajudas.

Edson

Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: RAranda em 14 de Setembro de 2009, 16:08
Edson.....

Meus parabéns.

E quando esteve por aqui fez pose de desentendido. ehehehehe

Vejo que é um expert na área.

O resultdo ficou muito bom, quase uma original.

Rubens
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: C N C N o w ! em 14 de Setembro de 2009, 19:06
Parabéns Edson ! Ficou muito legal !
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: mulapreta em 14 de Setembro de 2009, 21:44
Edson.....

Meus parabéns.

E quando esteve por aqui fez pose de desentendido. ehehehehe

Vejo que é um expert na área.

O resultdo ficou muito bom, quase uma original.

Rubens

Mais importante de tudo é vc. voltar a participar...

Parabéns Edson ! Ficou muito legal !

Não ficou igual a sua, mas me esforcei o máximo.

O Carro transversal do meu torno tem uma folga no fuso de 2,00 mm. e não estou gostando disso. Quando faço algum faceamento, é perigoso quebrar a ferramenta quando ela chega no centro da peça. Como há essa folga, o carro adianta um pouco sozinho e passa para o lado em que a peça gira a favor do corte da ferramenta, podendo aí quebrar a ponta da ferramenta.

Desmontando o carro, notei que o fuso (na região central)  e a porca estão um pouco gastos (o torno foi fabricado em 1973). A solução simples é trocar o fuso e a porca. Mas ai eu só estarei aprendendo a soltar e apertar parafusos, coisa que já faço a bem mais tempo que quase a totalidade dos amigos desse forum.

Resolvi seguir o caminho mais longo, fazer uma porca auto ajustavel, sem nessecidade de troca de fuso, já que a porca se ajustará em toda a extenção do fuso, independente das regiões, gastas ou não.


Hoje iniciei a operação e irei postando os resultados, se alguem tiver uma idéia para ajudar, favor postar.

A porca será de Poliacetal e terá o mesmo princípio da porca que postei em outro tópico muito conhecida pelo Jorge L. e o Gilli tambem ja a viu é só lembrar.

http://www.guiacnc.com.br/index.php?topic=3372.msg69489#msg69489 (http://www.guiacnc.com.br/index.php?topic=3372.msg69489#msg69489)

Já fiz o macho igual ao fuso original Ø ext. 11 mm.  Ø rebeixo 8 mm. rosca trapezoide passo 2,5 mm. (er foto do torneamento do fuso).


As Três ranhuras para fazer o macho foram feitas no mesmo processo com a merilhadeira fixa no carro movel postado nesse mesmo tópico em paginas anteriores.

Amanhã postais mais fotos.


Abs.

Edson

Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: mulapreta em 14 de Setembro de 2009, 21:49
Esqueci um fato importantissimo:

A rosca do fuso é "Mão Esquerda"

Edson

Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Ivan em 14 de Setembro de 2009, 22:57
Resolvi seguir o caminho mais longo, fazer uma porca auto ajustavel, sem nessecidade de troca de fuso, já que a porca se ajustará em toda a extenção do fuso, independente das regiões, gastas ou não.
Edson,
não sei se você já está com a cabeça feita, mas ouso dar uma opinião.
O desgaste no fuso ocorre - como você mesmo notou - de forma desigual em seu comprimento. Qualquer solução que conviva com isso vai ser limitada - ou fica justa em um ponto e frouxa no outro ou fica justa no outro e nem passa no um. Mesmo a solução com a mola é uma concessão, e com rigidez inferior à de uma porca rígida de bronze.

Já a porca, por seu pequeno comprimento, está desgastada por igual em toda a sua extensão.

Assim, por que não fazer um fuso novo, com o mesmo passo mas com flancos mais largos, de forma que entre justo em toda a sua extensão na porca? A menos que os fios da porca já estejam quebrando de finos, ficaria justo em todo o comprimento e duraria até (2009 - 1973) + 2009 = o ano de 2045, pelas minhas contas. ;D

Sei que você já está craque com os machos (no bom sentido  ;D), mas fazer um fuso novo é o mesmo serviço que fazer o macho.

Outro comentário: o fuso tem 2,5mm de passo e vc está vendo uma folga de 2mm. A menos que os fios da rosca do fuso e da porca estejam extremamente finos, a ponto de quebrar, essa folga vem (ao menos em parte) de outro lugar, e refazer o fuso ou a porca não vai resolver.
Desculpe se já checou isso, mas dê uma conferida no seguinte:
- desmonte a porca e o fuso. Com as 2 peças na mão (fora do torno), monte a porca no fuso e avalie novamente a folga. Se a folga diminuiu, ela vem de outros locais. Se for este o caso, os mais prováveis são
a) jogo na fixação da porca no carro (folga no diâmetro da parte cilíndrica e/ou naquele parafuso que fixa por cima do carro)
b) jogo na bucha do colar micrométrico, resolvido afrouxando o parafuso acessado pelo furo do colar, empurrando o conjunto para zerar a folga e reapertando o parafuso.
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: mulapreta em 15 de Setembro de 2009, 01:51
É Ivan,

Sabia que esse tipo de problema cabeludo ia atiçar você.

Respondendo, você está dando a melhor solução do problema. Contudo, estou num dilema crucial. Esta minha solução vem de encontro a resolver um outro problema num futuro bem próximo.

Esse tipo de porca surgiu em um encontro que tive com o Jorge L., que me mostrou uma porca auto ajustavel do fuso de uma máquina. Decidi usar esse tipo de porca na minha CNC (que por sinal está bem atrazada) em um fuso de rosca comum.

Fiz uma amostra da tal porca e mostrei para o Jorge, para o Alebe e o Gilli que ficaram admirados com a precisão e deslisamento do fuso (Sem nenhuma folga).
Só não sabemos o comportamento dela durante os trabalhos de força realizados por ela na CNC, e para saber teremos primeiro que utilizala propriamente dito.

Com essa folga no meu torninho, surgiu a oportunidade de testar essa idéia.
Se ela se comportar bem no torninho, certamente fará o mesmo na CNC.

Se tudo correr bem, Ela será uma grande solução para as CNC's, pois é de baixissimo custo e qualquer um poderá fazê-la.

Não esquecendo, é claro, que se não der certo (espero que dê), poderei repor a porca antiga e aí sim fazer um novo fuso e nova porca.

Quanto às causas das folgas citadas por você, nenhuma delas existem. O que há é realmente desgaste da porca e dos fios do fuso (na parte central).

A folga existe quando se aciona o manete para a direita e para a esquerda. Quando estou usinando eixo ou furo, a marcação milimetrica esta correta.

Mas fique acompanhando essa loucura e postando para me manter centrado no projeto.

Abs.

Edson


 

 
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: mulapreta em 15 de Setembro de 2009, 22:44
Bem, Hoje iniciei a confecção da porca pretendida.

Como ela será feita em Poliacetal, acho que a fixação dela no furo do carro não ficará muito forte e poderá quebrar em curto espaço de tempo. Então resolvi fazer uma peça em alumínio e fixar a porca nessa capa de alumínio que penso terá maior firmeza.

Usinei a peça no próprio torno e tive que desmontar e montar o carro algumas vezes para conferir o resultado a medida que ia fazendo.

Estou postando as fotos.

Na foto de comparação, dá para notar que a nova peça é mais robusta que a original, Estopu tentando aproveitar todo o espaço livre do canal do fuso.

O encaixe ficou bem justinho e creio não terá problema.

As fotos do fuso são especialmente para o Ivan tentar verificar e avaliar o estado dele. Sei que êle recomendará fazer outro e com razão. Quando terminar essa "maluquice" prometo pra êle que farei um novo fuso.

Amanhã, é dia de Médicos e visita aos netinhos (tenho um casal gêmeos), portanto, infelizmente não vou poder cheirar um pouco de graxa e lambuzar as mãos.

Aguardem-me...

Abs.

Edson

 
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Ivan em 15 de Setembro de 2009, 23:38
Bacana seu arrastador.

As fotos do fuso são especialmente para o Ivan tentar verificar e avaliar o estado dele.
Tem gente muito mais experiente e capacitada do que eu aqui, mas já que você pediu pra mim, vamos lá.
Após uma longa e cuidadosa avaliação das fotos anexadas, afirmo que o fuso aparenta estar...GASTO NO MEIO.  ;D ;D ;D
E está bem gastinho mesmo.

Citar
Sei que êle recomendará fazer outro e com razão. Quando terminar essa "maluquice" prometo pra êle que farei um novo fuso.
Recomendo sim, mas com certeza o experimento da porca com mola servirá pra no mínimo aprender várias coisas.  :)
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: mulapreta em 28 de Setembro de 2009, 23:16
Há umas semanas atrás postei sobre a porca do carro transversal de meu torninho. Ela estava com uma folga exagerada e o fuso está gasto.

Eu havia dito que faria uma porca em poliacetal auto ajustável. Aconselhado pelo Ivan a fazer um fuso novo que em verdade, é a melhor opção, uma vez que o fuso está gasto e por vezes perde a precisão, mas, como meu objetivo atual não seria a correção do problema e sim testar essa nova opção para porcas de fusos de movimentação, decidi deixar o fuso para depois e continuar na experiência da porca.

Terminada a peça e colocada em uso, fiquei muito surpreso com o resultado, pois eliminou completamente a folga além de manter o giro do fuso completamente macio.

Para aumentar a resistência coloquei a porca de poliacetal em uma "Jaqueta" de alumínio.

Trabalhei um pouco com o torno fazendo algumas operações para testar o comportamento da nova porca e tudo funcionou melhor que antes.

A resistência de muitos é mais no uso do poliacetal como peça de esforço, apesar de até agora estar respondendo satisfatoriamente, resolvi aprofundar mais na minha experiência.

Fiz uma Porca em metal para ver se o comportamento seria igual. E para minha surpresa esse método poderá ser usado também em porcas construídas em metal ou bronze. A única diferença é  que para porcas em metal a mola deverá ser um pouco mais forte que na de poliacetal.

Seria bom se todos os colegas que tiverem suas cnc's com fusos e porcas em bronze que pensassem seriamente nessa solução para eliminar possíveis folgas.

Próxima etapa: Fazer um novo fuso e uma porca auto ajustável em metal. Fico imaginando um fuso novo com uma porca deslizando completamente sem folga.
E indo um pouco mais além, será possível aplicar o mesmo princípio na Porca Bi-Partida eliminando a folga existente?


Abaixo fotos das porcas em Poliacetal e de Metal (a porca de poliacetal está com uma mola espiral e a porca de metal tem uma mola em lâmina.


Abs.

Edson
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Ivan em 28 de Setembro de 2009, 23:38
Que legal Edson, parabéns pelo trabalho caprichado e - principalmente - por mais uma vez ter materializado uma idéia.
Se for pra usar a sério, entendo que a pré-carga da mola precisa ser maior do que os esforços axiais a que a porca estará sujeita. Caso contrário, ela cederá durante a usinagem (de forma variável, com as variações inerentes à usinagem), causando variação no diâmetro da peça usinada.
Essa pré-carga aumentará a força necessária para girar o fuso, mesmo que em condições sem carga. E, dependendo dos materiais, pode acelerar o desgaste do fuso (não que seja uma preocupação nesse seu caso  :) )
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: mulapreta em 29 de Setembro de 2009, 22:44
Que legal Edson, parabéns pelo trabalho caprichado e - principalmente - por mais uma vez ter materializado uma idéia.


Grato pela atenção de comentar.


Citar
Se for pra usar a sério, entendo que a pré-carga da mola precisa ser maior do que os esforços axiais a que a porca estará sujeita. Caso contrário, ela cederá durante a usinagem (de forma variável, com as variações inerentes à usinagem), causando variação no diâmetro da peça usinada.
Essa pré-carga aumentará a força necessária para girar o fuso, mesmo que em condições sem carga. E, dependendo dos materiais, pode acelerar o desgaste do fuso (não que seja uma preocupação nesse seu caso  :) )

Agradeço suas observações, contudo, queria lembrar que essa porca é construída com 2 (duas) secção.

Uma secção trata-se de uma porca comum (3/4 do tamanho da porca original) sem cortes longitudinais.
A segunda secção trata-se da continuação da porca com diâmetro externo menor e com os cortes longitudinais para que ela se torne flexível na ponta da porca total.

Ora, se as partes (porca e fuso) que se encostam são os flancos das roscas, só a primeira secção já daria conta do recado (todas as porcas dos torninhos Joinvile são iguais). O problema é que essas porcas têm uma folga própria da construção (é só pegar o fuso introduzir na porca e verificar que existe certo jogo entre eles).

Essa minha porca, que somente adicionei uma secção com rosca cortada na longitude, elimina esse "jogo", deixando a porca e o fuso mais firme e o que é muito importante também, o fuso passa a girar mais macio.

Dessa forma, penso que o esforço mencionado só se daria se a porca fosse feita unicamente com a segunda secção.

Gostaria que comentasse esse poste, visto que essa porca esta em experiência e suas observações são muito importantes.


Grato

Edson

Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: minilathe em 30 de Setembro de 2009, 02:51
Vendo a solução da porca em poliacetal, conforme o Ivan comentou, acredito que possa apresentar algum tipo de imprecisão devido a deformação com esforços mais intensos.

Assim, segue uma sugestão baseada em algumas fresadoras chinesas, uma porca de bronze ou latão bipartida no sentido transversal ao eixo do fuso (bloco central na foto). A porca é provida de um ou dois parafusos, para eliminar a folga no fuso.
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Ivan em 30 de Setembro de 2009, 13:59
Edson,
Não vi como você fixou a peça de poliacetal na casinha de alumínio, mas entendo que o comentário abaixo está valendo.
Não estou "vendo a porca com a mão" (que, para estas coisas, enxerga muito melhor do que o olho  :) ), mas este é meu entendimento da coisa:

Imagine que você pegou a parte sólida da porca (sem cortes longitudinais) e cortou fora a rosca dela. Ou seja, agora só tem rosca na parte fendida onde age a mola. Desde que a peça de poliacetal esteja fixada no alojamento de alumínio (e este ao carro), ela continua funcionando como uma porca - mas os esforços fazem com que haja compressão da mola, e alguma abertura da porca - causando deslocamento da peça.

Agora coloque de volta as roscas na parte sólida. Ainda assim, ela continua funcionando como acima, pois a mola faz com que os fios da parte fendida da porca centralizem nos fios da rosca do fuso, encostando dos dois lados dos flancos.
A parte sólida só aparece quando há um esforço que faça com que a mola ceda - aí os flancos do fuso vão dar encosto na porca sólida. Só que com isso o carro se moveu (simplificando ao extremo, uma distância igual à metade da folga da parte sólida da porca). Pode parecer pouco ou imperceptível, mas se for qualquer coisa maior que um centésimo de mm entendo que é uma "pioria", pois é comum trabalhar com tolerâncias inferiores a 5 centésimos (sem falar em possíveis reflexos no acabamento superficial).

Se você conseguir garantir que  os flancos da porca sólida são o batente de um lado e os flancos da porca fendida são o batente do outro, e de modo que os flancos da porca sólida segurem os esforços de torneamento contra o operador (principais), e se usar um material que resulte em uma rigidez da parte sólida da porca comparável à de uma porca também sólida de bronze, aí entendo que se trata de uma melhoria em relação à condição original do torno - mesma rigidez no sentido dos esforços principais e algum ganho de rigidez no oposto (pois só havia folga).

Mas a forma mais simples de obter isso é com uma porca de bronze com 2 partes (sem cortes longitudinais), separadas ou por mola (para fusos desgastados) ou por parafusos de afastamento (mais rígida, mas com variação de folga em um fuso desgastado). Aí se garante que cada pedaço seja encosto em um lado dos flancos.

Não sei se consegui me expressar, se quiser quando tiver tempo tento fazer um desenhinho.

Gil,
essa solução da porca seccionada sem molas é a de que mais gosto, é usada em várias máquinas. Mas prefiro ela seccionada por inteiro, e não só parcial como no post. Anexo um procedimento de ajuste da porca de uma Bridgeport. Existem esquemas ainda mais simples de adaptar, como uma seção menor da porca fixada por 3 parafusos com mais 3 parafusos de afastamento.
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Ivan em 30 de Setembro de 2009, 21:54
Vale lembrar que você tem aí a coisa em mãos. Mais vale uma avaliação prática do que uma masturbação aristotélica. :)
Se funcionar bem, funciona bem, ué.

Já tentou alguns passes em diferentes profundidades de corte, e avaliar a uniformidade do diâmetro? O inconveniente disso é que o correto seria repetir com a porca antiga, para separ imprecisões do torno das possíveis consequências da porca.

Para mim, quanto mais duro o material (1045 pra cima) e mais profundo o passe, melhor para avaliar.
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: mulapreta em 01 de Outubro de 2009, 01:28
Ivan,

Após ler seu comentário, vou responder agora as partes mais fáceis as mais difíceis vou respondendo a medida da conclusão das etapas dos testes:

A porca foi presa à jaqueta por compressão e um pino transpassando a jaqueta e a própria porca na parte sólida.

Com relação ao esforço da parte fendida, que poderá causar desgastes e até "saltos". Isso poderá acontecer, porém, como o poliacetal é um material novo e pelas informações favoráveis motivou-me a colocar em prática esse material para testar sua aplicação nesse tipo de peça que exige esforço.

Como eu disse anteriormente testei esse processo fazendo uma amostra de porca em metal, que se mostrou bem satisfatória. Isso aumentaria a segurança de não causar "pulos" ou desgastes na porca ou fuso.

Como sabemos desgastes sempre haverá de existir, mas será muito, mas muito mais fácil fazer uma nova porca em poliacetal que uma nova igual a original (sabemos que a fábrica não mais existe). o problema é saber o quanto essa porca durará? Isso só o tempo dirá.

O importante mesmo é fazer como você disse: Trabalhar com  o torno esforçando o máximo para ver até onde vai a precisão e confiabilidade do material

Citar
e se usar um material que resulte em uma rigidez da parte sólida da porca comparável à de uma porca também sólida de bronze, aí entendo que se trata de uma melhoria em relação à condição original do torno - mesma rigidez no sentido dos esforços principais e algum ganho de rigidez no oposto (pois só havia folga).


Esse será meu objetivo posterior. Farei uma porca igual a que fiz de poliacetal e trocarei para ver como é que ela se comporta.


Grato pelas informações e continuarei os testes e informando os resultados.

Edson
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: mulapreta em 08 de Outubro de 2009, 22:19
Finalmente terminei de fazer o novo fuso.

Como o Ivan havia dito anteriormente, o velho estava bem gasto mesmo.

Agora testarei o novo fuso com a porca de Poliacetal para ver no que dá.

Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Ivan em 08 de Outubro de 2009, 22:40
Legal,
você fez com flancos mais largos para entrar justo na porca de bronze ou tentou fazer similar ao original?
Você usou a luneta móvel ao abrir a rosca? Qual material foi usado no fuso?
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: mulapreta em 09 de Outubro de 2009, 00:47
Legal,
você fez com flancos mais largos para entrar justo na porca de bronze ou tentou fazer similar ao original?
Você usou a luneta móvel ao abrir a rosca? Qual material foi usado no fuso?

Saiu mais largo porque sou marinheiro de primeira viagem. É a primeira rosca Trapezoidal e contraria (Mão esquerda) que faço, nem sei como saiu mais ou menos bem feita. O problema foi afiar a ferramenta. Procurei um Escantilhão trapezoidal de 30º mas não achei. Usei mesmo o transferidos mecânico que você postou em outro tópico, mas como estou meio velho a vista não mais ajuda, assim a ferramenta de corte saiu meia boca.

Experimentando a porca original parece que ficou muito melhor assentada e com pouco "jogo". mas vou insistir na porca de Poliacetal, pois, como lhe falei, será uma experiência. depois voltarei a usar a original.

Para fazer, retirei o fuso velho e travei o carro transversal com os parafusos de regular a régua e utilizei o carro porta ferramentas, também chamado de luneta composta como se fosse o carro transversal. Como você sabe, nosso torno faz rosca em milímetro e polegadas e direita e esquerda. Fui dando passes de 0,10 mm. utilizando fluido de usinagem.

O que eu chamo de Luneta Móvel é aquela peça que é fixada no carro móvel que tem dois encosto para evitar que os eixos compridos flambem, essa eu não usei porque conforme ia usinando a peça ficava com muita rebarba e danificava a ponta de bronze do encosto da luneta. (estou pensando em adaptar um pequeno rolamento no lugar da ponta  de bronze).

Outra coisa: Como não tenho prática em tornearia, depois de ajustar as peças e engranar a porca bipartida, amarrei um cordão na alavanca para evitar que eu desengatasse a porca em lugar de desligar o motor quando a ferramenta chegava no final e começo da rosca.





Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Arivaldo em 09 de Outubro de 2009, 10:36
Você usou a (edit: serra circular) ao abrir a rosca? Qual material foi usado no fuso?

Poxa, eu nem sabia que era possível fazer roscas e fusos usando numa serra circular...
Ensina aí, Edson.

Brincadeira (eu não resisti!), mas estou acompanhando com atenção, desde que vi a tal rosca, auto-ajustada, do Jorge CNC (calma... é a de plástico, não a outra...)
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Ivan em 09 de Outubro de 2009, 21:24
Edson,
nos primeiros que tentei abrir sem usar luneta, tive dificuldade com rebarba e com uniformidade. Como a seção do cavaco é muito grande - pois avançando perpendicular com ferramenta única, corta ao mesmo tempo os dois flancos e o "vale" - a peça fica tentando escapar do corte, especialmente no meio. E quando corta, tira um bife enorme que deixa rebarba e um acabamento muito irregular de que não gostei.
Fiquei satisfeito com os resultados usando aço 1213 (ressulfurado), custa quase o mesmo que 1020, tem as mesmas propriedades mecânicas e é de corte fácil. Não gosto de apelar  ;D, mas pra essa finalidade a vantagem é que ele usina em cavacos curtos, sem deixar rebarba. Aí você pode usar a luneta seguidora (ou luneta móvel), que garante uniformidade na rosca inteira.
Como você está em São Paulo, deve até conseguir 12L14, de corte ainda mais fácil (ressulfurado e com chumbo - atente para o L) ou o 1144, um médio carbono de corte fácil, com propriedades mecânicas similares às do 1045, aceita até têmpera - esses eu não encontro por aqui.

Gostei do cordão, é realmente difícil evitar a ação condicionada de abrir a porca... :)
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: mulapreta em 10 de Outubro de 2009, 00:24
Ivan,

Exatamente como você falou, sem a luneta a peça tem tendência a querer remontar na ferramenta na metade da rosca. Como fiquei com receio disso acontecer dei passo de 0,10 mm., mas mesmo assim, quando chegava no meio eu escutava uns "trac's" meio esquisito (Dava até para ver, nessa hora, a peça querer subir na ferramenta). Aí lembrei que tenho uma lata de fluido (muito fedida) para fazer roscas e usinagem e passeia a pingar um pouco na peça, então houve uma transformação no corte, não fez mais os "trac's" e o corte passou a ser mais macio, mas continuei nos 0,10 mm. (Foram quase 30 passadas de vai-e-vem).

Não tive problemas de flambar, talvez por não forçar muito no corte. A rebarba debito mais na conta da má afiação da ferramenta.

Vou procurar esses materiais que você indicou e fazer uma nova rosca para o carro superior ((Luneta Composta ou Carro porta Ferramenta) sei lá o nome certo dessa peça) que também precisa de reparos.

Com relação ao cordão, foi de uma ajuda extrema porque no início ao invés de mover a alavanca da chave do motor eu abria a porca bi-partida, aí você sabe como é trabalhoso regular a posição certa da rosca.

Como tive que regular a posição da rosca várias vezes, e não podia regular manipulando o carro superior tive que descobrir outro método para isso. Então , recolhia um pouco o contra ponta, folgava, também, um pouco as castanhas, ligava o torno e ia acompanhando a posição da ferramenta em relação à rosca e ia girando o contra ponta, afundando a peça na placa até as posições da ferramenta e rosca coincidirem, aí parava o torno, apertava bem as castanhas e assim conseguia regular a posição certa da rosca.


Poxa, eu nem sabia que era possível fazer roscas e fusos usando numa serra circular...
Ensina aí, Edson.


Por incrível que pareça você quase acertou, no fuso eu não usei a serra circular não, mas na porca de poliacetal eu usei sim para fazer os cortes transversais. (espero que ninguém faça isso. É muito perigoso)


Abrigado por acompanhar com interesse essa loucura...  :D :D :D


Abraços

Edson

Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Dv em 20 de Novembro de 2009, 17:44
Pedro,
tem certeza que é 217 de 1987? não é 1978? Até onde sabia, os 217 (com avanço transversal automatico) e os 117 (sem avanço transversal automático) R (sem caixa) e RCN (com caixa Norton) só foram fabricados até meados da década de 70. Depois, foram substituídos pelo TM127. Eu tenho um 217R.

Agradeço se vc pudesse postar uma foto dele e da plaqueta dele.

Este é o desenho do cabeçote dele (117, 217 e 127, são iguais, só mudou a estética do fundido no 127).
http://images1.fotopic.net/?iid=yudhej&outx=600&noresize=1&nostamp=1

O eixo sai pela frente, sobre o barramento.

1 - Remova as tampas das 2 pontas
2 - Remova o parafuso de trava e solte a porca de aperto do rolamento cônico dianteiro (atrás dos rolamentos dianteiros)
3 - Solte o parafuso da trava da polia/rolamento traseiro (à frente do rolamento traseiro)
4 - Remova o parafuso da polia (na verdade, é um bujão para engraxar, mas só pra garantir)
5 - Bata na bunda do eixo com muito carinho. Use um calço de madeira. NÃO BATA COM A MARRETA NO EIXO. :)

A parte mais chata é uma chaveta que segura a engrenagem grande dianteira, ela vai soltar ao dar encosto na parte da frente. Pode tentar um WD40 nessa chaveta que mal não faz.

Sugestões:
Use uma correia boa (ex. goodyear) pra não se incomodar tão cedo depois.
Inspecione os rolamentos, principalmente o cônico dianteiro, veja se os roletes estão 100% íntegros. Lave os rolamentos com querosene e renove com uma graxa boa (da SKF, NSK, Graxazul etc). Não entupa de graxa, o correto é 1/3 do volume total. Não fique girando sem a lubrificação.
Reengraxe também a parte interna da polia, onde faz contato com o eixo.
Antes de montar, veja se não tem nenhuma sujeira ou rebarba nos alojamentos, e passe um óleo para montar.
No fim da montagem, dê umas pancadas no eixo pela frente (mesmo cuidado) para ele ir até o final.

Ola a todos, eu confesso nao conhecer muito de tornearia, mas eu começo um curso de torneiro, pelo senai aqui da minha cidade em janeiro...

o detalhe é que eu já comprei de um amigo um Joiville 217 rcn, que estava pararado a mais de 3 anos, completamente empoeirado. com a ajuda dos colegas, com informaçoes postadas aqui estou fazendo a limpeza, pois quero deixa-lo prontinho para treinar o que será aprendido no curso...

o detalhe é que constatei algumas irregularidade: 1º a engrenagem maior aquela que trava na polia escalonada, na arvore do cabeçote fixo, está com alguns dentes quebrados, entao eu vou fazer a subistituçao da mesma, porém nao estou conseguindo retirar a placa, juntamente com o flage para ter acesso a tampa do rolamento frontal....

2º como mensionado sobre a engrenagem com os dentes quebrados, possui outra nemor que tambem esta com alguns dentes quebrados, é a do carritel que é paralela ao eixo arvore, presa a uma alavanca, tambem nao estou conseguindo soltar o eixo com a alavanca e o carritel...

3º a guia do carro porta ferramenta possui uma folga, alias ferias, de mais ou menos 3mm, no carro trasnversal eu observei que ela tambem possia um folga mas foi consertada com uma pequena haste usinada preenchendo toda folga onde eu peço para consertar esse problema? alias como se chama o conserto?

4º eu nao sei para o que serve um parafuso, que ja veio solto. fica localizado na sup. e de engrenagem (avental do torno) enfrente ao parafuso allen da direita, que fecha a caixa e do lado esquerdo proximo do indicador de rosca... hje é o primeiro dia que eu uso o forum e nao sei ainda como postar fotos, enfim mas prometo daki alguns dias saber manejar melhor o forum... pois o adorei!!!

peço ajuda a todos, para meu começo na area de tornearia, e prometo a iniciar o novo ano, terei mais capacidade de discutir com clareza as minhas dúvidas no forum.... desde já agradeço.
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Ivan em 20 de Novembro de 2009, 21:28
1º a engrenagem maior aquela que trava na polia escalonada, na arvore do cabeçote fixo, está com alguns dentes quebrados, entao eu vou fazer a subistituçao da mesma,
olá Diego, compre na riosulense que é a solução mais econômica. Os contatos e manual vc já deve ter visto em tópicos por aqui. Conte o número de dentes e confira se as engrenagens têm dentes retos ou helicoidais - até dada altura (fins déc. 60?) as engrenagens eram de dentes retos.
Citar
porém nao estou conseguindo retirar a placa, juntamente com o flage para ter acesso a tampa do rolamento frontal....
Se tiver meios para isso, aqueça a flange - pra evitar problema, algo delicado, como um soprador térmico ou um maçarico de gás usado com muita delicadeza. Trave o eixo-árvore acionando a alavanca de redução mas não liberando o pino da engrenagem grande. Se tiver uma chave de corrente ou de correia (aquelas usadas pra soltar filtros etc) passe em volta da placa e gire. Se não tiver, remova as castanhas da placa e coloque alguma coisa de metal macio no canal de uma castanha faça alavanca. Há jeitos mais broncos, como usar uma barra de aço travada lateralmente nas castanhas, ou enfiar a chave na placa e socar a marreta, mas há risco de forçar a espiral da placa ou danificar uma engrenagem cônica.
Citar
2º como mensionado sobre a engrenagem com os dentes quebrados, possui outra nemor que tambem esta com alguns dentes quebrados, é a do carritel que é paralela ao eixo arvore, presa a uma alavanca, tambem nao estou conseguindo soltar o eixo com a alavanca e o carritel...
O eixo é travado com pinos cônicos, já removeu?
Citar
3º a guia do carro porta ferramenta possui uma folga, alias ferias, de mais ou menos 3mm, no carro trasnversal eu observei que ela tambem possia um folga mas foi consertada com uma pequena haste usinada preenchendo toda folga onde eu peço para consertar esse problema? alias como se chama o conserto?
Não sei se é isso, mas se for uma peça chata e comprida é a régua do carro, e pelo que vc descreve talvez esteja faltando a régua do carro superior. Deveria haver uma em cada, é a forma mais comum de ajustar folgas em guias rabo-de-andorinha. Não tente colar os parafusos pra tirar a folga, vai machucar a guia. Seria bom se vc colocasse fotos.
Citar
4º eu nao sei para o que serve um parafuso, que ja veio solto. fica localizado na sup. e de engrenagem (avental do torno) enfrente ao parafuso allen da direita, que fecha a caixa e do lado esquerdo proximo do indicador de rosca...
Se for o que estou pensando, esse parafuso puxa um bloco que monta por baixo, e serve para travar o carro longitudinalmente (para operações de faceamento).
Se não conseguir postar fotos, sugiro que baixe os manuais do TM127 e do TR600, assim fica mais fácil falar na peça tal do desenho tal.
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Dv em 23 de Novembro de 2009, 16:35
1º a engrenagem maior aquela que trava na polia escalonada, na arvore do cabeçote fixo, está com alguns dentes quebrados, entao eu vou fazer a subistituçao da mesma,
olá Diego, compre na riosulense que é a solução mais econômica. Os contatos e manual vc já deve ter visto em tópicos por aqui. Conte o número de dentes e confira se as engrenagens têm dentes retos ou helicoidais - até dada altura (fins déc. 60?) as engrenagens eram de dentes retos.
Citar
porém nao estou conseguindo retirar a placa, juntamente com o flage para ter acesso a tampa do rolamento frontal....
Se tiver meios para isso, aqueça a flange - pra evitar problema, algo delicado, como um soprador térmico ou um maçarico de gás usado com muita delicadeza. Trave o eixo-árvore acionando a alavanca de redução mas não liberando o pino da engrenagem grande. Se tiver uma chave de corrente ou de correia (aquelas usadas pra soltar filtros etc) passe em volta da placa e gire. Se não tiver, remova as castanhas da placa e coloque alguma coisa de metal macio no canal de uma castanha faça alavanca. Há jeitos mais broncos, como usar uma barra de aço travada lateralmente nas castanhas, ou enfiar a chave na placa e socar a marreta, mas há risco de forçar a espiral da placa ou danificar uma engrenagem cônica.
Citar
2º como mensionado sobre a engrenagem com os dentes quebrados, possui outra nemor que tambem esta com alguns dentes quebrados, é a do carritel que é paralela ao eixo arvore, presa a uma alavanca, tambem nao estou conseguindo soltar o eixo com a alavanca e o carritel...
O eixo é travado com pinos cônicos, já removeu?
Citar
3º a guia do carro porta ferramenta possui uma folga, alias ferias, de mais ou menos 3mm, no carro trasnversal eu observei que ela tambem possia um folga mas foi consertada com uma pequena haste usinada preenchendo toda folga onde eu peço para consertar esse problema? alias como se chama o conserto?
Não sei se é isso, mas se for uma peça chata e comprida é a régua do carro, e pelo que vc descreve talvez esteja faltando a régua do carro superior. Deveria haver uma em cada, é a forma mais comum de ajustar folgas em guias rabo-de-andorinha. Não tente colar os parafusos pra tirar a folga, vai machucar a guia. Seria bom se vc colocasse fotos.
Citar
4º eu nao sei para o que serve um parafuso, que ja veio solto. fica localizado na sup. e de engrenagem (avental do torno) enfrente ao parafuso allen da direita, que fecha a caixa e do lado esquerdo proximo do indicador de rosca...
Se for o que estou pensando, esse parafuso puxa um bloco que monta por baixo, e serve para travar o carro longitudinalmente (para operações de faceamento).
Se não conseguir postar fotos, sugiro que baixe os manuais do TM127 e do TR600, assim fica mais fácil falar na peça tal do desenho tal.
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Ivan em 23 de Novembro de 2009, 17:00
Saque o pino pequenino, pino de Belém...

(http://s2.postimage.org/wSoS.jpg) (http://www.postimage.org/image.php?v=TswSoS)

Há também um parafuso nessa orelha do cabeçote onde a peça com a alavanca encosta, passe a mão nessa orelha e vá descendo (cuidado com o arrepio) que vc acha. Ele faz o batente do carretel e encaixa em uma ranhura na peça com a alavanca, afrouxe/remova para sacar a peça da alavanca.

Se me lembro bem a peça da outra ponta sai pela frente com o eixo interno, e o carretel sai para cima. Como as 2 peças que vão nas extremidades são excêntricas, vai ter que ir girando e movimentando. Um desengripante ajuda.
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Dv em 23 de Novembro de 2009, 17:11
Saque o pino pequenino, pino de Belém...

(http://s2.postimage.org/wSoS.jpg) (http://www.postimage.org/image.php?v=TswSoS)

Com ele fora, tire a peça com a alavanca, se me lembro bem a peça da outra ponta sai pela frente com o eixo interno, e o carretel sai para cima. Como as 2 peças que vão nas extremidades são excêntricas, vai ter que ir girando e movimentando. Um desengripante ajuda.

Há Ivan, e ja ia me esquecendo, me mande por favor o manual tr600, eu ja possuo a copia do tm 127, mas esta um pouco inlegível os numeros que dao referencia as peças...

muito obrigado pela atençao...
esse forum é d+
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Ivan em 23 de Novembro de 2009, 17:31
Diego,
observe que eu editei a mensagem, não esqueça de tirar o parafuso que entra por baixo.

No carro superior está faltando uma régua, ela vem de fábrica. Observe a tal peça comprida do outro carro, precisa fazer uma correspondente para ele. Com um pedaço de algum metal (de preferência latão ou bronze, mas aço 1020 serve perfeitamente), uma lima, uma morsa e um pouco de força de vontade você faz uma. Ou meça a espessura e mande fazer uma. As extremidades superior e inferior precisam ser anguladas, como na outra. E é preciso fazer uns rebaixos onde os parafusinhos (3/16") vão encaixar.

O parafuso misterioso é para travar o carro, como eu havia mencionado. Por baixo dele deveria montar um calcinho. Ao apertar o parafuso, o calcinho sobe e aperta o barramento por baixo. Mas isso dá pra você fazer alguma hora, é só pegar um pedaço chato de ferro fundido ou bronze e abrir uma rosca (3/8", se não me engano). Esse parafuso é usado ao facear, quando vc não quer que o conjunto mova ao longo do barramento.

As engrenagens banguelas vc compra na riosulense, acho que as 2 juntas vao sair uns 200 reais ou menos.
Aqui o manual do TR600, se não conseguir baixar coloque o seu e-mail.
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Dv em 23 de Novembro de 2009, 17:46
Diego,
observe que eu editei a mensagem, não esqueça de tirar o parafuso que entra por baixo.

No carro superior está faltando uma régua, ela vem de fábrica. Observe a tal peça comprida do outro carro, precisa fazer uma correspondente para ele. Com um pedaço de algum metal (de preferência latão ou bronze, mas aço 1020 serve perfeitamente), uma lima, uma morsa e um pouco de força de vontade você faz uma. Ou meça a espessura e mande fazer uma. As extremidades superior e inferior precisam ser anguladas, como na outra. E é preciso fazer uns rebaixos onde os parafusinhos (3/16") vão encaixar.

O parafuso misterioso é para travar o carro, como eu havia mencionado. Por baixo dele deveria montar um calcinho. Ao apertar o parafuso, o calcinho sobe e aperta o barramento por baixo. Mas isso dá pra você fazer alguma hora, é só pegar um pedaço chato de ferro fundido ou bronze e abrir uma rosca (3/8", se não me engano). Esse parafuso é usado ao facear, quando vc não quer que o conjunto mova ao longo do barramento.

As engrenagens banguelas vc compra na riosulense, acho que as 2 juntas vao sair uns 200 reais ou menos.
Aqui o manual do TR600, se não conseguir baixar coloque o seu e-mail.


valeu Ivan... muito obrigado pela atençao, eu moro e BH e olhei pela net e ano achei riosulense aqui, vc conhece alguma aqui na região? e se eu mandar fresar iguais? há e o link do manual funcionol direitinho, e me descupem a todos pelo "talvez mal uso nas postagem, daqui alguns dias fikarei bom"

att Diego
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: mulapreta em 23 de Novembro de 2009, 21:58
Diego,

O Ivan é uma pessoa muito educada e talvéz não quizesse mencionar que o porco que usava esse torno, devia engrenar o carretel com o torno em funcionamento. Por isso as engrenagens estão desse jeito...

Além do mais, quando engrenar esse carretel, com o torno parado,  você deve puxar o pino que engata a engrenagem grande às polias da árvore.

Abs.

Edson



Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Ivan em 23 de Novembro de 2009, 22:46
e ano achei riosulense aqui, vc conhece alguma aqui na região?
é porque só tem na minha região. ;D
A Riosulense fica na cidade de Rio do Sul, a uns 40km de onde moro. O telefone é 47 3521-3256, fale com o "Seu" Osni, eles enviam pelo correio (vou começar a pedir comissão pra eles  :) ). Use os números do manual do TR600 para pedir as peças. Pode pedir sem medo, no seu as engrenagens já são helicoidais (dentes inclinados).
Citar
e se eu mandar fresar iguais?
Provavelmente vai sair muito mais caro, e pode ter problemas de montagem. Com a Riosulense oferecendo essas peças a preços razoáveis, não creio que valha à pena.

A engrenagem que fica atrás das polias está inteira?

Como lembrou o Edson, esse acoplamento/desacoplamento deve ser feito somente com o eixo parado.
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: mulapreta em 24 de Novembro de 2009, 21:08
Ivan,

Você disponibilizou o manual no joinvile 127 e eu passei em branco. Agora, tentei baixar mas o link não funcionou, poderia mandar-me.

Abraço

Edson

Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Ivan em 24 de Novembro de 2009, 22:12
Agora, tentei baixar mas o link não funcionou, poderia mandar-me.
Panhou?
(este é o scan do Viumau, que fez um serviço mais decente do que o meu)
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: mulapreta em 24 de Novembro de 2009, 22:25
Panhou?
(este é o scan do Viumau, que fez um serviço mais decente do que o meu)

Manual baixado e funcionando.

Grato ao viumau que fez um ótimo trabalho de scaneamento assim nos "viubem" eheheh.


Abs.

Edson

Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Dv em 25 de Novembro de 2009, 12:12
Diego,

O Ivan é uma pessoa muito educada e talvéz não quizesse mencionar que o porco que usava esse torno, devia engrenar o carretel com o torno em funcionamento. Por isso as engrenagens estão desse jeito...

Além do mais, quando engrenar esse carretel, com o torno parado,  você deve puxar o pino que engata a engrenagem grande às polias da árvore.

Abs.

Edson

Olá Edson, espero que esteja bem
Realmente nao tiveram os cuidados necessários, mas posso lhe dizer a verdade? esse torno veio de uma corporação militar, o que leva a cre, que era igual uma meretriz, ou seja, um decia e outro subia...rrsrsr

mas por falar em cuidados necessários, como eu manipulo o processo de engrenamento? é com ele parado ou funcionado? poderá funcionar travado na polia? ou nao, tem que ser sempre destravado?
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Dv em 25 de Novembro de 2009, 12:17
Diego,

 o porco que usava esse torno, devia engrenar o carretel com o torno em funcionamento.

Além do mais, quando engrenar esse carretel, com o torno parado, 

Edson

Me desculpe pela citaçao anterior, na dúvida de com engrenar corretamente o carritel... é que eu me perdi entre as duas afirmações.....
me de um forcinha aí, aliás eu peço a todos....
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Ivan em 25 de Novembro de 2009, 12:25
Me desculpe pela citaçao anterior, na dúvida de com engrenar corretamente o carritel... é que eu me perdi entre as duas afirmações.....
me de um forcinha aí, aliás eu peço a todos....
Agora eu fiquei na dúvida se você ainda está na dúvida. ;D

Caso ainda esteja, do manual do TM127:

"O conjunto de redução fica atrás da árvore: ao ser trazido à frente pela alavanca de redução - com a árvore parada - o conjunto engrena-se com a polia e a engrenagem da árvore. Ao mesmo tempo, o pino desta deve ser puxado para fora, soltando a polia."

Se ainda não deu uma lida, sugiro que leia.
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Ivan em 25 de Novembro de 2009, 12:28
A propósito, árvore é o eixo-árvore, o eixo principal do torno, onde é montada a placa e as peças a tornear.

Se alguma outra árvore não estiver parada, não opere máquinas. ;D
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: mulapreta em 25 de Novembro de 2009, 12:49
Olá Edson, espero que esteja bem
Realmente nao tiveram os cuidados necessários, mas posso lhe dizer a verdade? esse torno veio de uma corporação militar, o que leva a cre, que era igual uma meretriz, ou seja, um decia e outro subia...rrsrsr

mas por falar em cuidados necessários, como eu manipulo o processo de engrenamento? é com ele parado ou funcionado? poderá funcionar travado na polia? ou nao, tem que ser sempre destravado?

Esse pino que trava a polia na engrenagem que fica no eixo central, é para ficar travado sempre. Só deve ser destravado quando você engrenar aquele carretel que fica entre o cabeçote e o motor.

Na verdade, esse carretel quase nunca é usado, êle é utilizado quando fazemos uma rosca e o torno tem que girar na mais baixa velocidade para a ferramente não ultrapassar o limite do fim da rosca. Quando fazemos rosca, temos que fazer várias manobras no torno e se êle funcionar em velocidade normal não dará tempo de fazer essas manobras.

Desculpe a letra de forma, mas é só para nunca mais esquecer.

NUNCA ENGRENE OU DESENGRENE NENHUMA ENGRENAGEM OU ALAVANCA DO TORNO COM ÊLE FUNCIONANDO, INCLUSIVE CAIXA NORTON.

Abraço

Edson

Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Ivan em 25 de Novembro de 2009, 13:05
Edson,
se me permite complementar:

MENOS A PORCA BIPARTIDA E A ALAVANCA DO AVANÇO TRANSVERSAL, PORQUE ESSAS PODE.

 ;D ;D
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Dv em 25 de Novembro de 2009, 15:13
Diego,

O Ivan é uma pessoa muito educada e talvéz não quizesse mencionar que o porco que usava esse torno, devia engrenar o carretel com o torno em funcionamento. Por isso as engrenagens estão desse jeito...

muito obrigando pelas letras em destaque, realmente nao vou mais esquecer...srsrsrs e detalhe eu ja estou me familiarizando com as peças, estou ficando viciado no forum, e ja li muitas coisas semelhantes...
o que eu nao estava entendendo é que o Ivan citou "...que usava esse torno, devia engrenar o carretel com o torno em funcionamento..."

nao ficaria mais facil de enteder se fosse assim: ... que usava esse torno, nao, jamais, deveria ter engrenado o carretel com o torno em fucionamento....

me desculpem, eu nunca fui bom em interpletaçao de texo...
por isso dependendo do que eu leio entendo de outra forma...
mesmo assim nao vou esquecer mais.....

Além do mais, quando engrenar esse carretel, com o torno parado,  você deve puxar o pino que engata a engrenagem grande às polias da árvore.

Abs.

Edson
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Dv em 25 de Novembro de 2009, 15:32
e ano achei riosulense aqui, vc conhece alguma aqui na região?
Use os números do manual do TR600 para pedir as peças. Pode pedir sem medo, no seu as engrenagens já são helicoidais (dentes inclinados).
Citar

Realmente, eu entrei em contato com a Riosulense, e contei as peças, a engrenagem redutora R$108,36 + 5% de ipi, o Carretel R$ 163,33 + os 5% do ipi..., e a regua de ajuste do carro porta ferramentas, R$ 15,00. o frete eu ainda nao sei, mas estou aguardando resposta, esta cotaçao eu fiz hoje...

o detalhe é o seguinte, no aguardo do contato da Riosul..., para valor do frete, fui orçar as mesmas peças em outro site, e me responderam que as peças do tr600, nao tem nada a ver com a do tm 217 rcn, em relaçao a medidas...

querido Ivan, ou outro que se abilite, posso comprar os mesmo do tr600? pq o preço das peças segundo o suposto golpista, é R$290,00 a Engrenagem, e R$340,00 o carritel e R$ 75,00 a regua de ajuste do carro porta ferramenta... particulamente, acho que é golpe para vender.....
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Ivan em 25 de Novembro de 2009, 15:32
Diego,
para facilitar a leitura, permitindo diferenciar o que você está escrevendo e o que você está citando, escreva
[ /quote] (sem o espaço)
para interromper uma citação,

e escreva o seu texto e escreva
[ quote] (sem o espaço)
para retomá-la.

A propósito, quem mencionou foi o Edson, não eu.
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Ivan em 25 de Novembro de 2009, 15:44
querido Ivan
Opa, chega essa mão suja de graxa pra lá!  ;D
Citar
posso comprar os mesmo do tr600?
Pode sim. A engrenagem grande é igual. O corpo do carretel é um tantinho mais comprido (uns 5mm), mas se precisar vc põe na morsa e desbasta com uma lima ou um esmeril. Não é na parte da engrenagem. Eu troquei no meu (tinha reparado os dentes quebrados na solda, mas como podia colocar original e o preço estava bom, não resisti  ;D )
Na dúvida, comente com o Sr. Osni que você tem um Joinville, ele vai confirmar que as peças servem.
Citar
particulamente, acho que é golpe para vender.....
Você esperava que o sujeito falasse o quê? "_Compre lá com o Seu Osni, que é a metade do preço."?  ;)
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Dv em 25 de Novembro de 2009, 16:03
Diego,
para facilitar a leitura, permitindo diferenciar o que você está escrevendo e o que você está citando, escreva
[ /quote] (sem o espaço)
para interromper uma citação,

e escreva o seu texto e escreva
[ quote] (sem o espaço)
para retomá-la.

A propósito, quem mencionou foi o Edson, não eu.

me desculpe Ivan, por ter confundindo a sua citaçao com a do Edson, ha e muito obrigado, realmente eu estava apanhando nesta hora de citar...
só para comentar as peças ficaram em torno de R$479,00 com o frete incluso...

até[/quote]
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: mulapreta em 25 de Novembro de 2009, 16:42
Edson,
se me permite complementar:

MENOS A PORCA BIPARTIDA E A ALAVANCA DO AVANÇO TRANSVERSAL, PORQUE ESSAS PODE.

 ;D ;D

Permissão total para completar consedida. Só não quiz escrever sobre a porca para não confundir mais por enquanto, visto que, se engatar a porca bipartida com o torno parado, não fará mal nenhum.

me desculpe Ivan, por ter confundindo a sua citaçao com a do Edson, ha e muito obrigado, realmente eu estava apanhando nesta hora de citar...
só para comentar as peças ficaram em torno de R$479,00 com o frete incluso...

até

Qual o tipo de encomenda será o transporte. Sedex, PAC ou outro tipo de encomenda?

Comprar direto na Riosulense é muito mais barato.

Com referência ao devia ou não devia, ou ainda deveria, o importante é que êles f... com o torno e cometeram um crime que nós aqui do Site não podemos tolerar.



Abs.

Edson

Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Ivan em 25 de Novembro de 2009, 16:58
só para comentar as peças ficaram em torno de R$479,00 com o frete incluso...
Tudo isso? Ou você encheu a cestinha ou esse frete é com a Miss Rio do Sul trazendo pra você, né?
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: robedany em 25 de Novembro de 2009, 18:51
Saudações aos mestres.

Alguem poderia, se tiver as dimensões da(s) reguas de ajuste.
No manual não achei
A que preciso é aprox 14 x 300mm, para o torno revolver.

grato

Abraços  Roberto

Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Dv em 25 de Novembro de 2009, 19:20
Tudo isso? Ou você encheu a cestinha ou esse frete é com a Miss Rio do Sul trazendo pra você, né?
[/quote]

pois sim, eu tambem achei o muitissímo caro esse tal de frete, e detalhe a tal atendente da Riosulense, Caroline, disse que poderá ficar isso ou um pouquinho mais caro pelo peso, detalhe ela vai me mandar pelo sedex, e seu eu fechar o negocio vao me mandar só na 2ª, confesso ter desanimado!!!! so para nao esquecer eu orcei, o carritel, a engrenagem redutora e uma regua de ajuste de apenas 15,00 reais, o frete esta mais caro que a engrenagem...
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: robedany em 25 de Novembro de 2009, 20:36
Fazendo mais ou menos um calculo do correio, da quase 68%
O preço de correios é de lascar

De Rio do Sul(SC)  a Sarzedo(MG)
Não contando o custo da embalagem
Sedex 16Kg(???)   R$ 178,..  Prazo  3 dias
Pac(Encomenda)    Embalagem 40 x30 x 20   R$ 54,..  Prazo  8 dias (acho de demora quase o dobro)
Apenas uma suposição de preço, mas se vc tem as peças, calcule o peso e dimensão da embalagem e calcule no site do correios, o preço mais real

Roberto


Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Ivan em 25 de Novembro de 2009, 21:30
Diego,
por que não manda por PAC? Normalmente as coisas que peço por PAC chegam em 1 semana ou menos.

Roberto,
qual a espessura da régua?
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: C N C N o w ! em 25 de Novembro de 2009, 21:32
Uma alternativa menos cômoda mas mais econômica poderia ser o frete rodoviário, não ?

As empresas de ônibus costumam prestar este serviço ...
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Ivan em 25 de Novembro de 2009, 21:39
Tem algo errado aí. Essas 3 peças juntas não pesam mais de 3kg - o que daria R$22 de PAC e R$62 de SEDEX, ambos incluindo seguro de R$300.
Tem alguém comendo bola ou de sacanagem.
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: robedany em 26 de Novembro de 2009, 00:03
Achei estranho o preço do correio.
Por isso fui colocando o peso até chegar em R$178,00, que seria a diferença do preço das peças + 5% do ipi + correio.
Quanto ao seguro , se não me engano o valor é 1% do valor declarado, Se não fizer seguro o valor assegurado era R$ 257,00, não tenho certeza se ainda vale essa regra.

  Professor Ivan
A espessura da devia ser 3,5mm, mas como esta desgastada não tenho parametro, agora esta com 3,17. e não medi o angulo .
A pergunta é apenas para ter noção das medidas , e de repente valha a pena tentar modifica uma regua dos joinville, já que o preço parece baixo.

Abraços  Roberto

Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: mulapreta em 26 de Novembro de 2009, 03:02
Achei estranho o preço do correio.
Por isso fui colocando o peso até chegar em R$178,00, que seria a diferença do preço das peças + 5% do ipi + correio.
Quanto ao seguro , se não me engano o valor é 1% do valor declarado, Se não fizer seguro o valor assegurado era R$ 257,00, não tenho certeza se ainda vale essa regra.

  Professor Ivan
A espessura da devia ser 3,5mm, mas como esta desgastada não tenho parametro, agora esta com 3,17. e não medi o angulo .
A pergunta é apenas para ter noção das medidas , e de repente valha a pena tentar modifica uma regua dos joinville, já que o preço parece baixo.

Abraços  Roberto

Tão logo êle colocou o preço com frete achei que algo esteja errado errado.

O Jorge indicou um meio de transporte pouco usado mas extremamente eficaz e barato. (Quantos dias demora uma viagem de Rio do Sul até São Paulo, adicione mais 2 dias que será o prazo de entrega do material por Ônibus)

Roberto,

Quanto à régua creio que não tem os 300 mm. de comprimento nem os 14 de largura que necessita. Nem vou me preocupar em medir por saber que o Ivan vai postar, amanhã, as medidas certinhas da  régua  para você.


Abs.

Edson

Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Ivan em 26 de Novembro de 2009, 07:55
Mandar de ônibus é uma boa alternativa, quando possível. O problema é que exige a existência de uma linha e boa vontade do remetente, pois a maioria das empresas não coleta (ao menos em cidades menores).

Eu ia sugerir por transportadora também, mas enviar um pacote pequeno de uma cidade de 40 mil habitantes para uma de 20 mil, mais de mil km distante, me parece um trabalho com a cara dos Correios.

Roberto,
as réguas do TM127 são pequenas, talvez do J35 (TM150/170), mas não creio. E adaptar uma vai ser quase o mesmo serviço que fazer uma.
Se você conseguir ver direitinho as dimensões, quem sabe esbarro em alguma coisa.
O comprimento é 300mm.
A largura é 14mm, mas de onde até onde? (pontas opostas do paralelogramo ou lados menores opostos?)
E a espessura precisa ver direitinho. O ideal é montar o carro sem a régua, empurrar para o lado oposto à régua e tentar enfiar um calcinho (calibrador de folga, se tiver) nas 2 pontas do vão. A espessura da régua deve ser esta medida menos alguns décimos (pra entrar fácil).
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Ivan em 26 de Novembro de 2009, 08:01
Quanto ao seguro , se não me engano o valor é 1% do valor declarado, Se não fizer seguro o valor assegurado era R$ 257,00, não tenho certeza se ainda vale essa regra.
É isso mesmo, mas esse seguro padrão só existe no SEDEX. No PAC, se não fizer e perder, um abraço. Sempre que mando algo de algum valor por PAC faço o seguro. No caso, R$3 adicionais pagam R$300 em caso de perda.
No SEDEX, a regra é a mesma, mas se soma ao seguro padrão. Pagando R$3 a mais, o seguro vai pra R$550.
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: mulapreta em 19 de Março de 2010, 17:07
Pessoal, estou ativando esse tópico por achar que meu assunte tem a haver com ele.

Hoje estive na Rua gasômetro para comprar uns parafusos para móveis, e como essa Rua está muito próxima a Rua Piratininga, dei uma passadinha na loja mais preferida do Rubens (Raranda) na Rua Paraná.

Sem pretensão de comprar nada, só dar uma espiada, primeiro vi o prisma que estava faltando na minha furadeira. Depois, encontrei a ponta fixa CM3 que tb. faltava no meu torninho.

Aí dando uma olhada pelo resto da loja, vi várias e várias engrenagens (Se algum colega estiver precisando, dê uma passadinha por lá) e lembrei da minha indicadora de que fiz tempos atrás em alumínio, como estava pensando e fazer outra, procurei entre essas engrenagens uma que seria possivelmente usada no novo Indicador de Rosca. Procura daí, procura dalí, de repente me deparei com um indicador de Rosca igualzinho ao do Jorge Luiz, que havia me emprestado para modelo na confecção do primeiro Indicador. Perguntei o preço R$ 20. não restou dúvida ta’qui a foto do danadinho.

Essa loja tem muito material e não são nada exploradores nos preços.


Abs.

Edson


Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: RAranda em 19 de Março de 2010, 19:46
È isso ai meu nobre amigo Edson.

Para não pagar caro nessa loja, o Sr. Maurício precisa estar de bom humor. ehehehe

Conheço bem essas peças que comprou, em especial o prisma com essa ponta quebrada, rsrsrsrsrs

Abraços.

Rubens.
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: mulapreta em 20 de Março de 2010, 00:22
Conheço bem essas peças que comprou, em especial o prisma com essa ponta quebrada, rsrsrsrsrs

Rubens, na verdade não se trata de ponta quebrada. Isso é um furo quadrado que se destina a fazer alguma operação que nem desconfio o que seja. Se alguem souber para que serve favos informar.

É realmente já comprei algumas coisas nessa loja, hoje em especial parece que estava de bom humor.

Abraços

Edson

Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: RAranda em 20 de Março de 2010, 07:53
Nobre Edson...

Escrevi "ponta quebrada. rsrsrsrsr" só pra te sacanear.

Quando a ví, também não entendi para que sever esse "furo quadrado".

Imaginei na época que era somente para usar como fixação, mas vamos deixar os "experts" escreverem, quem sabe aprendemos mais uma. ehehehehe.

Grande abraço.

Rubens
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: marciocastanho em 12 de Agosto de 2010, 18:31
Sr. Edson, muito bacana este tópico, já li interio. E o sr tem notícias atualizadas das porcas antifolgas em poliacetal, após esse tempinho passado???



Ivan, o mestre dos tornos pretendo aplicar o moglice no meu assim que tiver "tempo" pra retificar o barramento.
Após tanto tempo (nem sei se vc se lembra) troquei a polia motora de 100 para 65 e o resultado ficou surpreendente, parece outro torno. O meu é um sanches b.

Agora pretendo fazer uma nova bancada em madeira e instalar o motor por dentro da bancada, abaixo da cx de engrenagens.

Segue fotos de ex.

Por acaso alguém já criou um tópico sobre isso?

E se vc tiver um manual do SB poderia me passar?
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: mulapreta em 13 de Agosto de 2010, 01:58
Sr. Edson, muito bacana este tópico, já li interio. E o sr tem notícias atualizadas das porcas antifolgas em poliacetal, após esse tempinho passado???

Sim, tenho novidades. No tópico que você soube da porca em questão, há também um assunto sobre o fuso do carro transversal do meu torno que estava um pouco gasto. A porce original em bronze também estava gasta, mas o torno ainda entava trabalhando a contento.

Aí, resolvi, para treinamento, fazer um novo fuso e aproveitei para fazer uma nova porca em poliacetal exatamente como havia cogitado anteriormente, só alterando as medidas.

Trocado o fuso pelo novo e a velha porca pela de poliacetal, já faz um bom tempo e até agora não houve problema algum. a folga que existia não mais existe e o avanço avanço do carro está excelente. Creio que nem seria necessário trocar o fuso, bastaria somente adaptar a nova porca e o resultado seria o mesmo.

Citar
Ivan, o mestre dos tornos pretendo aplicar o moglice no meu assim que tiver "tempo" pra retificar o barramento.

Quanto ao moglice, também usei no meu torno e ficou surpreendente. valeu 1000% a experiência. Faça exatamente como o Ivan recomendou que não dá erro.

O maior problema que tive foi achar a posição certa do carro sobre os parafusos de latão. Quando pensava que estava tudo certo, retirava o carro e voltava a colocar o carro novamente no prisma para conferir já não estava mais correto, saia do lugar.

A solução que encontrei foi muito simples: Regulei corretamente o carro usando os parafusos de latão com o relógio comparador. quando tudo estava certinho, "zerado", peguei uma caixinha de durepox, desses de construção, fiz quatro "minhoquinhas" e encaixei nas pontas das guias do carro. essas cobrinhas, depois de endurecidas, alem de manter o carro sempre alinhado, mesmo tirando e colocando o carro várias vezes, ainda serviu de base para o preenchimento de todo o moglice nas guias do carro.

Para evitar que o moglice cole no barramento, passe CERA DE ASSOALHO COM SILICONE, funciona muito bem. 


Citar
Após tanto tempo (nem sei se vc se lembra) troquei a polia motora de 100 para 65 e o resultado ficou surpreendente, parece outro torno. O meu é um sanches b.

Não lembro não, é uma pena não me lembrar, dê mais detalhes de quais polias está falando.

Citar
Agora pretendo fazer uma nova bancada em madeira e instalar o motor por dentro da bancada, abaixo da cx de engrenagens.

Colocar o torno sobre uma bancada é super maneiro e dá outra vista à máquina, além de ser muito útil.

Se você conseguir instalar o motor sobre o torno como o exemplo da foto, vai dar muita inveja ao pessoal aqui do forum, até em mim, no bom sentido é claro.

Citar
E se vc tiver um manual do SB poderia me passar?


Infelizmente não tenho manual do meu xará SB, mas acredito que no máximo em dois dias alguém aqui do forum vai arranjar pra você.

Abraços e bom trabalho no seu bichinho...

Edson Sanches (sem Blanes)
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: marciocastanho em 14 de Agosto de 2010, 14:17
É verdade, li sobre sua aplicação de moglice, mas na época que li o sr estava ocupado com alguma outra coisa e (me parece que com seu neto) e não estava mexendo no torno...  Mas bom saber que deu certo e que ficou bom.
Depois vou reler o seu tópico do moglice pra ver as novidades.

Então, sobre a polia 65, o Ivan tinha comentado que era a correta para esse torno e só agora pude trocar.

Meu torno fica muito tempo parado e com coisas por cima, que as vezes desanimo de arrumar, e o barramento está muito gasto da metade pra placa que até desanimo de fazer as coisas nele e acabo fazendo uns biquinhos no meu trabalho. Mas o ideal é ter em casa mesmo.

Já estou bolando um dispositivo pra adaptar o motor em baixo da bancada, coisa simples mas demorada, que pretendo postar aqui no forum o resultado.

Enquanto isso vamos trocando ideias e se alguém tiver uma boa sugestão será bem vinda

Um abraço
Márcio

Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Maquete em 14 de Agosto de 2010, 19:44
Catálogo Sanches Blanes

Boa noite amigos,
Não sei se estou postando no lugar correto, mas acredito que isso não seja problema. A pedido do amigo Márcio Castanho, disponibilizo à ele e todos que interessar o Catálogo SB que adquiri. Não me recordo exatamente de onde peguei, de repente até foi aqui mesmo no fórum.
Um abraço à todos,
Maquete (Carlos)
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: mulapreta em 14 de Agosto de 2010, 23:14
Catálogo Sanches Blanes

Boa noite amigos,
Não sei se estou postando no lugar correto, mas acredito que isso não seja problema. A pedido do amigo Márcio Castanho, disponibilizo à ele e todos que interessar o Catálogo SB que adquiri. Não me recordo exatamente de onde peguei, de repente até foi aqui mesmo no fórum.
Um abraço à todos,
Maquete (Carlos)

Maquete,

Parabéns pela colaboração.

Abraços

Edson

Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: marciocastanho em 18 de Agosto de 2010, 11:35
Carlos,
Obrigado pelo catálogo. Eu já tinha baixado esse pdf aqui no forum mesmo, mas valeu pela ótima intenção.

O manual que eu queria é o de operação do SB. Por exemplo, agora estou precisando fazer uma rosca em um cano de ferro de 1/2 pol. desses comuns de água, para fazer uma rede de ar até a oficina, e não sei qual a posição das alavancas e qual a engrenagem.

Alguém sabe como se faz esse tipo de rosca?

Um abraço 
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Ivan em 19 de Agosto de 2010, 07:56
O Sanches Blanes é uma cópia fiel do South Bend. E o "manual" do South Bend é o Manual do Torneiro.
http://www.wewilliams.net/docs/1953%20-%20Manual%20del%20Tornero%20-%2052nd%20Ed.pdf
Assim, pode-se dizer que este é o manual do Sanches Blanes.
Só que na versão em Português ele mostra a tabela de roscas da versão métrica do torno. Como o Sanches Blanes era em polegada, para estas informações olhe o original "How to Run a Lathe".
http://www.wewilliams.net/docs/How%20to%20Run%20a%20Lathe%20-%2015th%20ed.pdf

Para roscas NPT, consulte uma tabela, como esta.
http://www.engineeringtoolbox.com/npt-national-pipe-taper-threads-d_750.html
Para 1/2", a rosca é 14 fios por polegada (se ela precisar ser cônica, a coisa complica um pouco).
Procurando 14 na tabela do Sanches Blanes (aqui em versão Clovis Bornay)
(http://s3.postimage.org/ngE_J.jpg) (http://www.postimage.org/image.php?v=PqngE_J)
vai ver que é a posição A8 - atente para as engrenagens que devem estar na grade: 20 em cima e 56 em baixo.
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: rodrigo w em 21 de Agosto de 2010, 07:55
Voltando ao assunto do indicador de rosca, meu torno é um xingling e veio com tal acessório, nunca tirei da caixa pra uso, recentemente tive um desgaste na porca bipartida e nesse monta e desmonta para as medições acabei conheçendo melhor meu torno e fiquei com a pulga atrás da orelha.

Minhas dúvidas são em relação ao uso do indicador de rosca  no feitio de rosca metricas, pesquisei no são google a respeito da minha máquina que tem a denominação de 9x30, as respostas que encontrei falam que e a linha 9x20 e 9x30 tem o fuso em polegada como a maioria dos chineses, logo não poderia desengrenar o carro durante a rosca metrica, aconteçe que minha maquina tem fuso métrico 1,5mm o que já contraria tudo o que encontrei e outro dado curioso, é que no manual mesmo fala que durante roscas metricas não pode haver o desengrenamento, aconteçe que:  o manual descreve sobre uma tabela Thread Dial e na figura correspondente a citação são para roscas polegadas e no meu torno essa tabela cita roscas em milimetros apenas, então a  pergunta que não quer calar:  Seria meu torno capaz de usinar roscas métricas , desengrenar o carro e novamente acertar a entrada da rosca atraves da posição do indicador?
Complementando, junto com o indicador vieram duas engrenagens juntas , 56 e 60 dentes,....

abs
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Ivan em 21 de Agosto de 2010, 22:27
Rodrigo,
quantas divisões há no mostrador do seu indicador? Quais são numeradas? Se tiver uma foto dele, ajuda.
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Ivan em 22 de Agosto de 2010, 00:21
Supondo que a face do indicador tenha 8 divisões (mais provável) e que o fuso seja realmente passo 1,5mm, seria como indica a tabela anexada.

As assinaladas em amarelo são os menores valores em que uma marcação do indicador é um múltiplo do passo.

Por exemplo:
- para rosca passo 0,7mm, use a engrenagem 56d e pode fechar a porca nas indicações 1,2,3,4,5,6,7,8 do mostrador (oitavos de volta).
- para rosca passo 1mm, use engrenagem 56d e feche a porca nas indicações 1,3,5,7 (ou 2,4,6,8) - ou seja, quartos de volta.
- passo 4mm, engrenagem 56d e somente em uma única marca do indicador (sempre na 1 ou outra que você escolher)
- passo 1,25mm, engrenagem 60d e qualquer indicação.
- passo 5mm, engrenagem 60d e 2 indicações por volta (ex. 1 e 5) - ou seja, a cada meia volta.
e assim por diante.

É fácil vc juntar isso depois em uma minitabelinha.

De todos os passos em mm usados em parafusos métricos, o único em que não será possível abrir a porca e usar o indicador é 5,5mm - que já está bem fora da faixa de uso normal num torno deste tamanho.
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: rodrigo w em 25 de Agosto de 2010, 08:33
Olha aqui a tabela do torno e o contador de rosca

(http://i45.photobucket.com/albums/f69/rwf30/DSC03921.jpg)
(http://i45.photobucket.com/albums/f69/rwf30/DSC03920.jpg)


A maior passo de rosca métrico capaz por essa máquina são 3mm, nas andanças pela net encontrei num site que se colocar a engrenagem reserva de 80 dentes, consegue-se fazer a rosca de passo 4, o que pra mim já é um senhor adianto pois meu eixo arvore usa esse passo de rosca para prender as flanges,...


abs
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Ivan em 25 de Agosto de 2010, 10:09
Rodrigo,
esta tabela do torno está correta, mas não completa.
Veja que todas as opções dela estão na tabela que postei, mas há outras que não estão ali.
Segue a tabela resumida no mesmo formato da do torno.
Título: Re: Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: rodrigo w em 25 de Agosto de 2010, 12:02
Muito obrigado pela tabela Ivan, copiada.
Título: Re:Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: vilque em 30 de Outubro de 2014, 10:42
Bom dia!
Também tenho um Torno Joinville 217 RCN, mas ele está sem Alavanca norton graduação alfabética, Preciso com urgência de uma ou de fotos dela (da parte de baixo acoplada na caixa) para fazer uma! Se alguém puder ajudar, agradeço! :'(
Título: Re:Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: Jorge_BH em 30 de Outubro de 2014, 11:30
Favor postar sua dúvida/sugestão somente uma vez.
Abraço.
Jorge
Título: Re:Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: mulapreta em 30 de Outubro de 2014, 13:02
Bom dia!
Também tenho um Torno Joinville 217 RCN, mas ele está sem Alavanca norton graduação alfabética, Preciso com urgência de uma ou de fotos dela (da parte de baixo acoplada na caixa) para fazer uma! Se alguém puder ajudar, agradeço! :'(

Já procurou pelo MANUAL aqui no Fórum? Eu mesmo já postei várias vezes...

Edson
Título: Re:Troca da correia em V do torno Joinville 217 RCN ano 1987
Enviado por: hederx em 05 de Janeiro de 2016, 16:19
Boa tarde....bem primeiramente quero dizer a todos que fiz uma pesquisa sobre a troca da correia "V" de um torno Joinville e me pareceu ser este o tópico mais adequado para a minha dúvida, até porque foi com base nas informações aqui postadas que consegui realizar a troca da correia de meu torinho Joinville 117-RCN...e digo de foi de muita valia estas informações, porém minha dúvida é quanto ao aperto da porca que prende os rolamentos (axial e de rolos cônicos) no eixo árvore (frontal).... "o quanto devo apertar????" ou seja, qual a folga mínima devo deixar para evitar desgaste prematuro e/ou travamento por dilatação?
Poderiam me ajudar?

Já deixo meus agradecimentos!!!!